Friday, 27 August 2010

LUSO-AMERICANO CONDENADO A 17 ANOS DE PRISÃO

Tribunal de Mangualde também põe tio na cadeia

Luso-americano Allan Sharif condenado a 17 anos

O luso-americano Allan Guedes Sharif foi hoje condenado pelo Tribunal de Mangualde a 17 anos de prisão efectiva pelos crimes de burla qualificada, extorsão e branqueamento de capitais que lesaram instituições financeiras de vários países.

Do grupo de oito arguidos deste processo, que começou a ser julgado em Janeiro, apenas foi condenado também a prisão efectiva o tio de Allan Sharif, José Guedes, na pena única de 12 anos, pelos mesmos crimes.

No total, Allan Sharif e seu tio José Guedes cometeram 10 crimes de burla qualificada, nalguns dos casos em co-autoria com os filhos e o genro deste e um amigo da família, Horácio Sousa. Quanto aos 17 crimes de extorsão cometidos, apenas ficou provado o envolvimento do sobrinho e do tio.

Os filhos de José Guedes Nuno, Marisa, Carla e o seu marido Carlos Oliveira foram condenados a um ano e três meses de prisão suspensos por igual período, enquanto à filha Cláudia o tribunal aplicou, em cúmulo jurídico, uma pena de três anos e oito meses de prisão suspensa, mas sob regime de prova. Horácio Sousa foi condenado a três anos de prisão suspensa.

Uma vez que não houve apresentação de queixa, todos os arguidos foram também condenados a pagar ao Estado, solidariamente, 193 278 euros. Allan Sharif terá ainda de pagar ao Estado 96 050 euros e José Guedes 171 661 euros.

O tribunal considerou que os arguidos "não colaboraram de forma à descoberta da verdade", uma vez que José Guedes e Horácio Sousa não prestaram depoimento e os restantes "se limitaram à confissão dos factos já evidenciados por outros meios de prova".

Em declarações aos jornalistas, o advogado de Allan Sharif considerou que, "tendo em conta o que se passou ao longo das várias sessões", a pena do seu cliente foi "demasiado excessiva".

"O acórdão é demasiado extenso, foi lido de forma resumida, vamos analisá-lo", afirmou, garantindo, no entanto, que o recurso é certo.

CORREIO DA MANHÃ 27-08-2010

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