Showing posts with label ADVOGADOS OFICIOSOS. Show all posts
Showing posts with label ADVOGADOS OFICIOSOS. Show all posts

Wednesday 29 December 2010

ADVOGADOS A MAIS EM PORTUGAL

Oito mil advogados deixaram a profissão nos últimos seis anos
Marinho e Pinto justifica a suspensão das inscrições na Ordem dizendo que “não há clientes para tantos advogados”. Só em 2004, houve 1982 advogados que abandonaram a profissão.
Este ano segundo o jornal Público, até ao passado dia 22 de Dezembro, foram registadas 809 suspensões de inscrições na Ordem dos Advogados, o que ainda assim representa uma diminuição significativa face a anos anteriores. Só em 2004, houve 1982 advogados que abandonaram a profissão.

O bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho e Pinto diz que “não há clientes para tantos advogados", e considera que esta situação é "um exemplo típico da massificação da advocacia"."Não há trabalho para os 27.500 advogados que exercem em Portugal", diz.

Pedro Miguel Branco é de outra opinião. O advogado do Porto afirma que o atraso no pagamento das defesas oficiosas é um dos problemas que tem levado muita gente a "ponderar deixar a profissão" e a "enviar currículos para novos empregos".

O jornal refere ainda que os advogados têm de adiantar, do seu bolso, as despesas relacionadas com os processos dos cidadãos que não têm meios para assegurar a sua defesa em tribunal, entre as quais se incluem transportes para deslocações, fotocópias e custas de outros documentos. Compete, depois, ao Ministério da Justiça reembolsá-los desses gastos, o que, ao longo dos anos, tem sido feito com atrasos significativos. Uma situação considerada "insuportável" por quem sobrevive praticamente apenas à custa das defesas oficiosas: muitos jovens advogados sem clientes.

Pedro Miguel Branco disse ainda que "Os defensores e patronos oficiosos têm em atraso os honorários e despesas devidos dos últimos três meses", notando que o Instituto de Acesso ao Direito informou que "não existe qualquer data ou previsão para que sejam regularizados tais incumprimentos". Segundo este advogado, "centenas" de colegas "já deixaram de exercer nos últimos meses, dado os atrasos nos pagamentos de honorários e despesas por parte do Estado", a que se acrescentam "os incumprimentos por parte dos cidadãos particulares que a eles recorriam para resolver litígios judiciais e extrajudiciais". Para Miguel Branco, o início de 2011 "será desastroso para muitos jovens advogados que terão de procurar emprego noutras profissões, dado dependerem das verbas provenientes do Sistema de Acesso ao Direito para poderem continuar a exercer". E acusa os responsáveis da Ordem de exigirem o pagamento e de "nada fazer para criticar a inacção do Ministério da Justiça" quanto ao pagamento aos advogados.

O Ministério da Justiça, em declarações ao jornal Público, não confirma o atraso de três meses no pagamento aos advogados, salientando que o Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça "já pagou as despesas e honorários remetidos pela Ordem dos Advogados através do seu sistema informático até final do mês de Setembro", encontrando-se "para processamento as despesas e honorários remetidos durante os meses de Outubro e parte de Novembro". O Ministério assegura ainda que "tem vindo a desenvolver esforços no sentido de reduzir os prazos de pagamento, melhorando e agilizando os procedimentos".

A insatisfação e o desencanto relativamente à profissão resultam, insiste o bastonário Marinho e Pinto, do número excessivo de advogados em Portugal. Segundo os dados da Ordem, são 43.868 no total. Destes, 27.533 estão inscritos e exercem a profissão, o que se traduz na existência de um advogado por 243 habitantes. Com a inscrição suspensa há 15.612 advogados, 14.706 dos quais a título voluntário. Os restantes deixaram de exercer por reforma ou por questões disciplinares.

Fonte: Público
29-Dez-2010
http://www.advocatus.pt/content/view/3440/11/
http://www.publico.pt/Sociedade/em-seis-anos-oito-mil-advogados-deixaram-a-profissao_1472898

Thursday 21 October 2010

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA RESPONDE À NOTÍCIA DO DN



Esclarecimento sobre Apoio Judiciário
Em referência à notícia de hoje do Diário de Notícias sobre o Apoio Judiciário, o Ministério da Justiça esclarece que:

O relatório a que a notícia se refere é um documento datado que não tem em consideração as alterações efectivadas. O Relatório da Comissão de Monitorização do acesso ao Direito é de Agosto de 2009 e foi publicamente divulgado na Internet (http://www.dgpj.mj.pt/sections/noticias/1-relatorio-de)

Em 8 de Agosto do presente ano foi publicada uma Portaria (Portaria 654/2010), em Diário da República, que fixou um conjunto de soluções que dão resposta às questões mais importantes identificadas no relatório da comissão de acompanhamento do sistema de acesso ao direito

O IGFIJ desenvolveu iniciativas no sentido de controlar as despesas pagas aos advogados, apenas pagando as que têm despacho de autorização do juiz (e a partir da entrada em vigor da portaria, de homologação da OA).

O IGFIJ tem auditado e continua a auditar diversas contas de pedidos de honorários (as mais elevadas) de forma a aferir se existem ou não irregularidades nesses pedidos. Quando são detectadas irregularidades, o IGFIJ comunica à OA e à PGR. Salientamos que o IGFIJ está a desenvolver novos mecanismos que permitam criar automatismos no cruzamento de informação, de modo a validar os dados constantes dos pedidos de honorários (nº processo, nº incidências, nº sessões, espécie do processo, etc.).

Em especial, e ao contrário do que é referido na notícia, a portaria mencionada prevê um mecanismo de controlo efectivo dos pagamentos das consultas jurídicas efectuadas, obrigando o advogado a inserir no sistema um código único, gerado no momento do pedido de apoio judiciário, sem o qual não é processado o pagamento. Visa-se evitar pagamentos de consultas jurídicas sem a certeza de que o beneficiário contactou, efectivamente, com o advogado.

Gabinete de Imprensa do Ministério da Justiça
19 de Outubro de 2010