Monday 28 June 2010

DUQUES DE BRAGANÇA E OS PRIMOS HABSBURGOS VISITAM ÉVORA


A família Bragança encontrou em Évora os primos Habsburgo, com os quais foi fotografada. Atrás: Johanna e Margareta de Habsburgo, D. Duarte e Afonso de Bragança, Joseph de Habsburgo (filho) e Joseph de Habsburgo (pai). À frente: Paulo e Elisabeth de Habsburgo, D. Isabel, Francisca e Dinis de Bragança, Frederic e Matias de Habsburgo

Duques de Bragança: Visita à cidade de Évora com os filhos

D. Isabel de Bragança passeou com os filhos, Francisca, Dinis e Afonso, pelo centro histórico de Évora e aproveitou também para visitar o Museu de Évora.

A família Bragança encontrou em Évora os primos Habsburgo, com os quais foi fotografada. Atrás: Johanna e Margareta de Habsburgo, D. Duarte e Afonso de Bragança, Joseph de Habsburgo (filho) e Joseph de Habsburgo (pai). À frente: Paulo e Elisabeth de Habsburgo, D. Isabel, Francisca e Dinis de Bragança, Frederic e Matias de Habsburgo
João Lima
Como representantes da Casa Real Portuguesa, é natural que D. Duarte e D. Isabel de Bragança sintam particular orgulho em falar sobre a História do nosso país. Assim, e aproveitando a realização da XII Tourada Real, os duques de Bragança foram com os três filhos, Afonso, de 13 anos, Francisca, de 12, e Dinis, de nove, até à histórica cidade de Évora.

Apesar dos compromissos já agendados não permitirem à família ficar mais do que dois dias, os duques fizeram questão de passear com os filhos pela cidade, como partilhou com a CARAS D. Isabel, durante a inauguração da exposição de Maria Sobral Mendonça - Arte & Toiros - que decorreu no Hotel M'Ar de Ar Aqueduto: "É sempre um prazer voltar a Évora, que é um local muito bonito e bem preservado. Hoje andámos a passear e gosto de ver a harmonia e a beleza desta cidade. Também fomos ao Museu de Évora e fiquei muito impressionada com todo o trabalho que fizeram. Sempre que podemos, aproveitamos para conhecer melhor o País e para estar com as pessoas."

Para além de todos os elementos históricos que tornam esta cidade alentejana emblemática, D. Duarte tem um outro elemento, talvez mais afectivo, que o liga a Évora. Há pouco mais de um ano, acompanhou a duquesa Diana de Cadaval até ao altar da Sé Catedral de Évora, no dia do seu casamento com o príncipe Charles-Philippe d'Orléans. Por isso, foi com natural apreço que o pretendente ao trono português falou desta cidade, que tem várias características que a distinguem das demais: "Évora está a tornar-se um centro cultural muito interessante e dá o exemplo a Portugal de como se pode ter uma cidade com progresso e que mantém a sua arquitectura e beleza. A área dentro das muralhas está muito bem preservada. E a população tem muito amor à beleza da sua cidade. É um óptimo destino para um programa em família."

E não foi apenas um programa para o núcleo familiar mais restrito. A acompanhar os duques de Bragança estavam os seus primos Joseph e Margareta de Habsburgo e os seus filhos destes, Johanna, Frederic, Joseph, Matias, Paulo e Elisabeth.

À semelhança de muitos aristocratas europeus, Joseph de Habsburgo é um apaixonado por Portugal e todos os anos vem ao nosso país passar férias, aproveitando para estar com alguns familiares, como é o caso de D. Duarte e D. Isabel de Bragança. Apesar de já conhecer Évora, Joseph avançou que é sempre um prazer voltar a um local com tanta História para contar: "É uma cidade muito bonita e muito famosa. Somos alemães, mas falamos muito de Portugal. E tanto eu como os meus filhos adoramos cá vir passar férias. Gosto muito da vida, do ritmo do dia-a-dia e das pessoas deste país. E tem coisas muito bonitas, como toda a costa litoral e as corridas de touros."

Para além da beleza e da História do País, Joseph confessou que muitas das suas memórias familiares foram construídas em Portugal. Tal como aconteceu com vários nobres durante o período da II Grande Guerra, alguns antepassados do primo de D. Duarte encontraram refúgio em terras lusas: "Durante a Guerra, alguns membros da minha família deixaram os seus países e vieram para cá. Foi o caso do rei de Itália, de Simeão da Bulgária e do rei Juan Carlos, que são meus primos. E penso que posso afirmar que todos foram felizes em Portugal."



Autor: Marta Mesquita
20 de Jul de 2009 às 14:37

AGULHAS VITIMAM ENFERMEIROS


Saúde

Agulhas vitimam 1900 enfermeiros


Média de 13 acidentes de trabalho por dia. Há casos de Hepatite B e Sida. Na última década quase duplicaram os acidentes com os profissionais. Em 2007 houve 5063 incidentes que levaram à perda de 52 mil dias de trabalho.

Os enfermeiros são as maiores vítimas de acidentes de trabalho no sector da Saúde e a principal acção causadora de acidente é a picada de agulha. Há dois anos, 1991 profissionais foram picados. Estas são as conclusões do último Relatório de Acidentes de Trabalho, do Ministério da Saúde.

O documento revela que, em 2007, registaram-se 5063 acidentes de trabalho, o que dá uma média de 13 acidentes por dia, dos quais 1632 foram picadas de agulha. Perderam-se, nesse ano, um total de 52 702 dias de trabalho devido a ausência por doença.

Há casos de enfermeiros que foram contaminados pelos vírus da sida ou da hepatite B após a picada de agulha ou corte com ferramenta ou utensílio e posterior contacto directo com um doente.

Segundo o relatório, os hospitais foram as unidades com maior número de acidentes de trabalho (4593), em especial nos internamentos e nos Serviços de Urgência.

O número de acidentes de trabalho nos hospitais e centros de saúde quase duplicou na última década, registando-se 3042 acidentes em 1997, enquanto em 2007 esse número atingiu os 5063.
No total, o mês de Março é o que regista maior número de acidentes (463), sendo o dia da semana mais atingido a segunda--feira (925) e o período horário mais afectado o das 08h00 às 12h00 (1734).

Guadalupe Simões, vice-coordenadora nacional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) afirmou ao CM que este tipo de acidentes só tenderá a aumentar.

'As picadas ocorrem não por descuido, mas por falta de recursos. O ministério tenta manter a qualidade dos cuidados com menos custos e não admite mais profissionais, mais enfermeiros, obrigando a mais horas e sujeitando o profissional e o doente a um maior risco de acidente.'

Segundo a responsável, 'perante a falta de 25 mil enfermeiros nos hospitais e de cinco mil nos centros de saúde, não se pode pedir mais aos enfermeiros'. 'Em média, cada um faz o trabalho de dois profissionais', diz.

APONTAMENTOS

MÉDICOS EM 3.º LUGAR

Os médicos ocupam a terceira posição dos profissionais mais afectados pelos acidentes de trabalho, com 571 casos. Em primeiro estão os funcionários dos serviços gerais, com 1541 acidentes.

INCAPACIDADES

A maioria dos acidentes não provocou qualquer tipo de incapacidade. No entanto, houve um elevado número de incapacidade temporária (1581 casos) e doenças crónicas.

ERRO AUMENTA COM MUDANÇAS NA ORGANIZAÇÃO

O Relatório dos Acidentes de Trabalho constata que 'as profundas mudanças na organização dos processos de trabalho, visando o aumento da produtividade, flexibilidade e redução de custos nem sempre vêm acompanhadas das melhorias das condições de trabalho'. Assim, a percepção das incapacidades e limitações para terminar as tarefas dentro dos prazos gera um ambiente de stress e conduz, por vezes, a um desempenho profissional deficiente, aumentando as possibilidades de erro e a ocorrência de acidentes.

DISCURSO DIRECTO

'NÃO FOI FÁCIL PROVAR O ACIDENTE DE TRABALHO', Fátima Reis, Enfermeira do Hospital de Santa Maria

Correio da Manhã – Foi infectada pelo vírus da hepatite B depois de se ter cortado numa lâmina. Como aconteceu?

Fátima Reis – Uma técnica deixou uma lâmina no ambiente de trabalho e eu cortei a mão. Andei a trabalhar uns dias com a ferida, não fiquei em casa à espera que cicatrizasse.

– Como ocorreu então a contaminação? E sabe quem a infectou?

– Sei, foi por contacto directo a introduzir agulhas e soros para canalizar uma veia a um doente, um toxicodependente.

– Fez logo análises quando soube que foi infectada?

– Há seis ou sete anos não se faziam de imediato análises ao profissional picado e ao doente, como agora se faz. Durante uma semana senti um cansaço fácil e reparei na urina escura. Desconfiei. Fiz análises que acusaram hepatite B.

– Foi indemnizada? Contou com o apoio da administração do hospital?

– Não há indemnização. A classificação de acidente de trabalho só foi aceite pela junta médica na terceira exposição.

– Foi difícil provar o acidente?

– Não foi fácil, mas acabaram por classificar o acidente de trabalho. O que não aconteceu com uma colega.

– O que é que lhe aconteceu?

– Uma enfermeira que trabalhava no sanatório do Hospital de Torres Vedras foi infectada com a tuberculose e morreu meses depois de uma junta médica não reconhecer o acidente de trabalho e ter negado o direito à reforma por invalidez.

– Alguma vez se sentiu discriminada no local de trabalho?

– Não. O acidente ocorreu quando trabalhava na Urgência e já saí, fui trabalhar para outro serviço mas a saída não tem ligação com o acidente e nunca fui discriminada.

– Toma mais precauções?

– Sim, para minha protecção e do doente.

Exclusivo Correio da Manhã 28 de Junho 2010

ALBERTO DO MÓNACO VAI CASAR


O Governo do Mónaco anunciou, esta quarta-feira, o noivado do príncipe Alberto com Charlene Wittstock, antiga campeã sul-africana de natação.

Laetitia Pierrat, porta-voz da Casa Real, frisou que este "será o primeiro casamento de um príncipe reinante" desde que Rainier III casou com Grace Kelly, em 1956.

Quarta-Feira, 23 de Junho de 2010

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Sábado, 26 de Junho de 2010


Príncipe D. Afonso vai estudar em Colégio inglês

O Infante D. Afonso deixará o Colégio de S. João de Brito, em Lisboa, indo estudar em Setembro num prestigiado colégio interno inglês.
O primogénito dos Duques de Bragança tem 14 anos e concluiu o ensino básico com boas notas.

"Achámos que seria útil fazer esta experiência numa escola tradicional inglesa, marcadamente católica e com uma forte componente de formação militar".

Os duques de Bragança optaram por não colocar o Infante em nenhum dos mais prestigiados colégios britânicos, Eton ou Harrow, onde estão os filhos das mais conservadoras famílias reais europeias, preferindo um colégio católico. SAR D. Duarte não quis revelar o nome da escola por razões de segurança e por ter feito esse compromisso com o director da escola. Contudo, será nas proximidades de Londres, onde poderá contar com o apoio de dois primos , da linha Liechtenstein da família, que também estudam no mesmo colégio.

D. Afonso de Bragança optou pela área científica ,"é um jovem muito interessado em Biologia marítima e acredita que o futuro de Portugal está no mar", explicou SAR D. Duarte. "Tanto eu como a minha mulher e ouvindo o meu conselho privado achámos que seria útil experimentar a escola inglesa. O objectivo é que o Infante tenha uma visão mais internacional".

Os restantes príncipes D. Maria Francisca e D. Dinis, têm pena de que o irmão mais velho vá estudar para longe, dado que são muito próximos e unidos. O Sr. D. Duarte já lhes respondeu que "hoje em dia é fácil ir a Londres, sobretudo porque há muitas viagens baratas".

No colégio jesuíta de Lisboa o Infante era bom aluno, não sendo o melhor da turma. "É muito bom naquilo que gosta e menos empenhado nas restantes disciplinas. Apesar de estar contente por iniciar uma nova etapa da sua vida académica, fica com pena de deixar o Colégio e o grupo de amigos que reuniu" explicou SAR D. Duarte de Bragança, Duque de Bragança.

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ADVOGADOS E SOLICITADORES COM ACESSO A DADOS DO FISCO

Advogados e solicitadores com acesso a dados do Fisco
ADVOCATUS 28-Jun-2010

Fisco mostra dados de mais de 200 mil contribuintes a advogados e solicitadores nos casos em que estes tenham em mãos contribuintes devedores e seja necessário proceder à penhora ou arresto dos seus bens. Para o fiscalista, Tiago Caiado Guerreiro, esta é uma medida destruidora total da privacidade dos cidadãos.

De acordo com o Diário Económico (DE), o número de consultas directas às bases de dados do Fisco, para obtenção de informações de contribuintes devedores por parte de agentes de execução, está a disparar em 2010. Entre Janeiro e Maio, mais de 200 mil contribuintes viram alguns dos seus dados, à partida protegidos pelo sigilo fiscal, consultados por solicitadores e advogados sem a autorização judicial que costumava ser necessária. Objectiva: rápida identificação de bens de devedores para o pagamento de dívidas através de penhoras ou arrestos. Para o fiscalista, Tiago Caiado Guerreiro, as mais de 200 mil consultas directas a determinados dados protegidos pelo sigilo fiscal revelam que, "quanto mais difícil é a situação económica, maior é o incumprimento". Situação que, continua o especialista, é agravada pelo prolongamento da crise e do desemprego, pelo que "é para agravar" a tendência de extracção de dados da administração tributária. "Está a criar-se, em Portugal, a destruição total da privacidade. O Estado degradou o sistema a um nível, que vale tudo para o acesso à informação", remata Tiago Caiado Guerreiro.

BASTONÁRIO ADMITE CONTRARIAR A DECISÃO DOS TRIBUNAIS


Bastonário admite contrariar decisão dos tribunais
ADVOCATUS 28-Jun-2010

Marinho e Pinto garante que não vai desistir de obrigar os novos licenciados a fazerem um exame de acesso à Ordem dos Advogados (OA).
O bastonário da OA, não desiste e garante que qualquer candidato ao estágio de acesso à advocacia terá de fazer um "exame de aferição seis meses depois" de se inscrever na Ordem, independentemente da decisão dos tribunais. A afirmação de Marinho e Pinto foi proferida este fim-de-semana, no Encontro Nacional dos Advogados de Empresa, em resposta aos estudantes que contestam, em tribunal, a prova criada pelo bastonário, para impedir os licenciados de Bolonha, de se inscreverem directamente na OA.

Recandidatura a bastonário apresentada hoje
Marinho Pinto apresenta hoje, Segunda-feira, 28, nas instalações do Conselho Distrital do Porto, a sua candidatura a Bastonário da Ordem dos Advogados. Esta será a apresentação nacional da recandidatura do actual bastonário da OA, agendada para as 18h30, na Rua Gonçalo Cristóvão, 347-R/C Fracção B (Centro Empr. Mafre).

BISPOS BELGAS EM ISOLAMENTO DURANTE BUSCAS POLICIAIS


Bélgica: Raides em casas e gabinetes de bispos suspeitos de pedofilia


Papa denuncia acção “deplorável”

O Papa Bento XVI considerou ontem "surpreendentes e deploráveis" os raides de quinta-feira a casas e gabinetes de bispos da Igreja belga, durante os quais foram violadas, pelo menos, duas sepulturas de prelados.


Em carta ao líder da Conferência Episcopal belga, o Santo Padre exprimiu "solidariedade" aos bispos visados e criticou a "forma deplorável como as buscas foram levadas a cabo". Bento XVI fez votos para "que a Justiça siga o seu curso", mas lembrou a necessidade de "assegurar os direitos de indivíduos e instituições, respeitar as vítimas e reconhecer o esforço dos que aceitam colaborar".

O Vaticano havia já confrontado a Bélgica com os abusos "sem precedentes até mesmo em regimes comunistas". A operação foi levada a cabo durante uma reunião dos bispos belgas, que ficaram em isolamento durante nove horas, até ao final das buscas.

Correio da Manhã 28 de Junho 2010

Saturday 26 June 2010

ENTREVISTA A D. JANUÁRIO TORGAL FERREIRA


Entrevista

"Concordo e aceito um homem que viva com um homem"

por Rosa Ramos, Publicado em 26 de Junho de 2010 Actualizado há 6 horas


Polémico e desassombrado, critica Cavaco Silva, mas não acredita que a Igreja procure um candidato alternativo


D. Januário, 72 anos, recebeu o i em sua casa, em Lisboa


No Natal, e apesar de "conhecer mal" os vizinhos, distribui postais pelas caixas de correio do prédio, no centro de Lisboa. Diz que é o único bispo "a morar num andar" e tranca-se a sete chaves em casa, mesmo de dia. "Fui assaltado, sabe? Mas só me levaram uma máquina fotográfica digital", conta, antes de nos fechar à chave dentro do apartamento. O bispo das Forças Armadas e de Segurança, D. Januário Torgal Ferreira, é assim: nunca faz cerimónias e recusa-se a fazer fretes. Vive em Lisboa há 22 anos, mas jura que ainda tem o Porto no coração. Na sala, há um quadro gigantesco com um poema de Eugénio de Andrade e várias fotografias da mãe - "uma das primeiras mulheres a formar-se em Portugal". No escritório tem pilhas de livros até ao tecto. Devem ser uma dor de cabeça para a empregada que lhe limpa a casa duas vezes por semana. D. Januário reformou--se o ano passado da vida militar e deixou de ter gabinete no Ministério da Defesa, mas ainda faltam mais de três anos para acabar o "mandato" de bispo. Provavelmente, continuará a ser inconveniente e polémico até ao fim. Defende Saramago e os homossexuais, elogia as manifestações da CGTP, critica o mediatismo da sociedade. Mas depois fala do amor e do mundo com a ingenuidade e a emoção de uma criança. O bispo das Forças Armadas vai à praia de calções e diz que se irrita com "críticas gratuitas". Aos 72 anos, confessa que odeia autobiografias: "São detestáveis. Ontem já não era eu."

Costuma googlar o seu nome?

Uma ou outra vez. A primeira foi há mais de dez anos, no estrangeiro, por sugestão de um padre meu amigo. Na altura tinha seis páginas de resultados, fiquei muito admirado. Hoje devem ser mais de 30! É uma ferramenta interessante, porque permite medir as animosidades e as simpatias que vamos suscitando. De vez em quando, lá vou ver o que se escreveu de novo. E a informação nunca se perde, eterniza-se. Por exemplo, agora com a morte do Saramago, lembrei-me das críticas que recebi na altura em que ele recebeu o Nobel...

Por causa de o ter defendido?

Sim. Quando comecei a lê-lo tive dificuldade em entrar no estilo. Não foi daquelas pessoas com quem simpatizasse muito, no início, do ponto de vista literário. Mas acabei por ir descobrindo e compreendendo a sua obra que, de facto, é genial. E isto escandalizou muitas pessoas.

Não ficou chocado quando leu o "Evangelho segundo Jesus Cristo"?

Não. A mim o que me chocou foi perceber que muita gente o atacava só por ser comunista e por não ser católico. Isso não tem nada a ver com a qualidade da sua produção literária. Nessa altura, falava--se de como ele era demoníaco por ter escrito uma obra sobre Jesus Cristo, desumanizando-o e humanizando-o ao ponto de tudo aquilo ser uma ficção, uma mentira. Era uma negação, um Cristo grotesco. Eu pensei muitas vezes: "Este homem diz-se ateu e tem expressões terríveis sobre Deus, mas ao mesmo tempo tem conceitos extremamente humanizadores quanto à figura de Cristo." Saramago não era de Deus, mas passava a vida a falar de Deus. Ele, no fundo, tinha interesse por Deus! E deve merecer respeito pelo seu ponto de vista. A única coisa que me entristece e me distancia de certas leituras é a agressão gratuita, a calúnia, o banditismo mental, a inquisição ao contrário.

Na semana passada, o "Osservatore Romano" chamava Saramago de "populista e extremista". Revê-se nisto?

[Olha para o exemplar do jornal do Vaticano que tem em cima da mesa] Eu não! Eu pensei que esse extremismo já tivesse passado, esse radicalismo. Não ficava mal mostrar alguma sensatez - mantendo a verdade - diante de uma pessoa que já cá não está para se defender. É claro que discordo de muitas interpretações de Saramago e tenho pena que ele tenha demonstrado um conjunto de desconhecimentos em relação às estruturas bíblicas, mas dou-lhe o mérito de se ter interessado por Deus. Talvez ele não gostasse que eu dissesse isto, mas não sei se esse interesse não esconderia uma grande inquietação dele, uma grande procura de Deus. Só que o procurava ao contrário. Uma coisa é a interpretação estético-literária. Outra coisa é a interpretação exegética ou espiritual. Não separar as duas vertentes mostra uma crise de cultura.

Normalmente a Igreja é um pouco inflexível nestas matérias...

O que eu acho, então, é que há uma soma de pessoas, e digo-o com respeito, que ficaram perfeitamente analfabetas, cheias de complexos, de maldade, de sensualidade, quase castradas. Quem conhece o mundo e o adora, olha-o de forma límpida e feliz. Eu dou graças à vida e aos educadores que tive, por olhar para o mundo de forma descomplexada e desinibida. É como quando me dizem: "Ah... você vai para a praia e para a piscina de calções." E então? Qual é o problema? Sou um cidadão como outro qualquer!

Mas já lhe disseram isso?

Directamente, não. Mas as pessoas encontram--me na praia. Vamos imaginar a seguinte situação: "Então você estava ali deitado, ao lado de uma rapariga a fazer topless?" E então? Que mal teria? Só um tarado é que vai para a praia pensar nessas coisas. Por vezes, a maldade está na forma como se pensa o mundo. E veja lá onde a conversa já foi parar... [risos]

Então vamos voltar ao Google. Sabe que os primeiros resultados que aparecem são coisas pouco simpáticas a seu respeito?

Não sei... hum...

Criticam-no por ser de esquerda, por exemplo...

Isso para mim até é muito simpático. Se as pessoas entenderem que ser de esquerda é falar dos problemas sociais, defender gente desempregada, demonstrar diante de sistemas governamentais a sua inutilidade, desvarios e erros... Tenho-me batido por isto e até dada altura parecia estar sozinho na luta. Fiquei contente quando ouvi, recentemente, o grande bispo do Porto, D. Manuel Clemente, falar sobre as Scut. É importante um bispo alertar para as condições sociais das populações. Foi o grito de um cidadão bom, inteligente, educado, que lança um alerta. Acho que o governo lhe devia agradecer.

Também se diz que é comunista...

Pronto. Ora aí está... As pessoas partidarizam tudo. Eu digo, realmente, que foi o Partido Comunista que devolveu a voz ao Alentejo...

Mas é?

Não. Toda a gente sabe que não tenho nenhum enquadramento partidário. Mas escolho, naturalmente, o meu voto no dia em que há eleições e sei em quem tenho votado. Ora mais à direita, ora mais à esquerda.

E ultimamente?

Nos últimos longos anos, mais à esquerda do que à direita. Mas já votei à direita. Eu não devo é entrar, publicamente, enquanto bispo, em atitudes partidárias. Já as tive, mas não como bispo. Toda a gente sabe que estive muito ligado, em tempos, a determinados aspectos da social--democracia. Dei-me muito bem com o Sá Carneiro. Mas, para mim, o espectro político não acaba aí. Desde que vim para Lisboa, comecei a ver e a descobrir os interesses, as podridões, as lutas pelo poder. Não entro em questões partidárias. Mas ponho uma tónica na doutrina social da Igreja. E hoje, mais do que nunca, fala-se do desemprego, do défice, das dificuldades e das desigualdades sociais.

Também existem essas lutas pelo poder dentro da Igreja?

Não, embora não diga que não haja diferenças dentro da Igreja. No entanto, eu às vezes até acho que somos demasiado afinados. Eu não quero a anarquia, mas...

Discute-se pouco, é isso?

Eu gostaria de ouvir outras vozes.

Recordo-me que há tempos, quando Obama esteve na China e falou dos direitos humanos, disse que um líder não pode ter medo. Considera que Cavaco Silva teve medo quando decidiu promulgar o casamento entre homossexuais?

Não o quero interpretar. Só posso interpretar o texto que ele publicou. A mim o que me impressionou negativamente nem foi o facto de ter promulgado o casamento, apesar de ser um casamento com o qual eu não concordo e que entendo como união. Fiquei, sim, muito admirado com a produção cultural insuficiente da argumentação usada: dizer que não veta por causa da situação crítica que estamos a atravessar? Mas há aqui alguma relação de causa e efeito? Vetar daria origem a manifestações gigantescas, descontentamento? Se ainda há dias houve uma manifestação espectacular, como todas as da CGTP, e Lisboa foi invadida por pessoas de todo o país, que quiseram protestar por estarem em causa o pão, os salários... Assumiram a defesa dos seus direitos... E houve alguma escaramuça? Qual mal-estar? Felizmente já demos vários passos na democracia!

O que é certo é que mesmo sendo vetada, a lei voltaria ao Parlamento e...

[Interrompe] Por isso mesmo! Ele sabia que o próprio ciclo da legalidade seria suficientemente rápido e teria um determinado efeito. Por isso, para que é que vem com uma explicação que é perfeitamente inadequada, inconveniente, injustificada e incoerente? A sério que não vejo como é que uma situação crítica do ponto de vista económico-financeiro pode ser agravada com a legalização de um homem casar com um homem ou de uma mulher com uma mulher.

Portanto, o que o aborreceu não foi a aprovação do casamento, mas sim a fraca argumentação de Cavaco Silva?

Há coisas que não se podem misturar e que eu não quero misturar. Cavaco Silva não precisava de invocar a sua posição católica a primeira vez, nem justificar se agora tem uma posição diversa, ou não. Eu faço uma análise independente das minhas convicções católicas. Não me parece que pegue, vindo de uma pessoa minimamente apetrechada do ponto de vista cultural, a explicação do senhor Presidente da República. Mas não me compete julgar. Nem analisar ou comentar.

Mas o assunto caiu mal na igreja. O cardeal-patriarca foi muito explícito nas críticas e a Igreja até estará à procura de um candidato alternativo...

Caiu mal, sim. Mas não acredito nisso de se procurarem candidatos. As pessoas sabem que, eventualmente, podendo haver um candidato à direita de Cavaco Silva... será difícil encontrar alguém capaz de o vencer. Mas isto são assuntos da política. A crítica a Cavaco Silva tem o seu fundamento. Para mim, independentemente do conteúdo - eu não concordo com a noção de casamento -, concordo e aceito um homem que viva com um homem e uma mulher que viva com uma mulher.

Isso não o choca?

É evidente que não. A atitude que tenho de ter é a respeitabilidade.

E há mesmo um guião de homilias contra Cavaco Silva?

É uma grande novidade, em absoluto, que me está a dar. Ignoro isso em absoluto.

Vai votar nele?

Vou votar naquele em que achar que devo votar.

Mas uma vez que o desiludiu...

O facto de ele ter dado uma má lição ou ter feito uma má redacção não quer dizer que eu não possa votar nele.

Como encara o movimento de gays católicos?

São pessoas que põem problemas. Eu acho que o drama de cada pessoa deve ser entendido. Nós julgamos e jogamos com generalidades. Eu despertei para este problema já há muitos, muitos anos, quando conheci um casal que já não era jovem e que me confessou, amargurado, que o filho era homossexual. E eles sofriam e diziam: "Não discriminamos o nosso filho, achamos que não é um crime." Nós podemos não aceitar nem entender que os nossos filhos sejam homossexuais, mas temos de os amar, não os podemos afugentar. E a Igreja só pode ter uma atitude: acolher, ouvir, tentar entender. Eu às vezes pergunto a colegas: "Você já alguma vez falou com um homossexual?" É que eu já e sabe o que é que vi? Uma pessoa que sofria loucamente, porque não era entendida, porque tinha uma orientação sexual que não é aceite socialmente. Alguém que se sentia só, escorraçado. Alguém que se escondia.

A Igreja acolhe os homossexuais, na verdade. Desde que não pratiquem a sua homossexualidade...

Com certeza que um casal homossexual não é um teórico, não é? E os afectos traduzem-se por essa prática, por essa fusão psíquico-afectiva da unidade misteriosa que é o ser humano.

A Igreja tem de entender isso?

Entender, sim. Sacralizar é que não - porque o amor, para a Igreja, é um sacramento, o matrimónio. Esta é uma matéria muito complexa, que tem de ser muito bem compreendida. E nenhuma instituição pode dizer se aceita ou não aceita. Cada caso é um caso.

Que opinião tem dos novos movimentos? Em Portugal, o Papa disse que são a nova Primavera da Igreja, mas depois recomendou algum cuidado aos bispos. Em que é que ficamos?

As duas coisas são compatíveis. Eu gosto dos novos movimentos. Há um ou outro mais exagerado, mas não vou mandar recados através do jornal. Na minha diocese não tenho esse problema. Mas se tivesse, chamá-los-ia e dialogaria. Há particularidades que podem chocar dentro da Igreja, por isso o mais importante deve ser criar um espírito de comunhão. E são uma Primavera, de facto. Admiro, por exemplo, os neocatecumenais, apesar das críticas, porque entregam, a partir de determinada altura, 10% do que ganham. Qual de nós é capaz de dar uma pequena parte do seu salário para os pobres e para uma obra de bem comum? Só que, de uma maneira geral, há muito o espírito de tribo e o que o Papa pediu foi que os bispos estejam atentos, no sentido de promoverem uma maior abertura.

De movimento para movimento, os ritos são muito diversificados. A longo prazo, isso não poderá pôr problemas à Igreja e causar rupturas?

Tem razão. Por isso mesmo é que o Papa pede diálogo, acompanhamento e proximidade. A convicção que tenho é que muitos movimentos estão em roda livre e alguns correm o perigo de serem uma igreja dentro da Igreja.

Tem criticado o centralismo do Vaticano. Porquê?

Julgo que deveríamos estar muito mais próximos - nós, Conferências Episcopais - e que o Vaticano nos deveria atender mais. Acho, por exemplo, que o presidente da Conferência Episcopal deveria ser uma espécie de núncio, o nosso representante muito próximo da Santa Sé.

Mas já temos um núncio...

Mas há muita gente que defende que os núncios deviam desaparecer e a ligação com Roma passar a ser feita de uma maneira muito mais próxima, através do presidente das Conferências Episcopais. Não sei se isto faz sentido ou não, mas que há centralismo, há. Roma fica longe. Devíamos estar mais perto e as nossas decisões deveriam ser mais ouvidas no Vaticano.

E existir maior liberdade para decidir?

Há um dirigismo muito grande. Por exemplo, decretou-se, no ano passado, o ano sacerdotal e decidiu-se que se iria falar sobre sacerdotes. Não poderíamos, dentro da Igreja em Portugal, decidir outra temática para cada diocese trabalhar? Às vezes, parece que vem tudo feito de Roma. Digo isto no sentido construtivo, claro. E no sentido de se aumentar a comunhão profunda com Roma.

É conhecido por dizer sempre tudo o que pensa. Diz mesmo?

Sim, sempre. Quer dizer... Agora estou a ir para velho e chega-se à conclusão de que não vale a pena gastar certas munições.

Então mas porquê? Já teve más experiências?

Não, não tive. Normalmente, digo o que penso.

Mas de certeza que já recebeu puxões de orelhas por falar de mais ou dizer coisas que não devia...

Já. De pessoas que discordam das minhas ideias. Recebo tantas cartas antipáticas! Um dia, hei-de publicá-las a todas! Não me importo, naturalmente, que existam posições diversas das minhas. Só me chateia que as pessoas deturpem o que defendo ou partam para o insulto e para a agressão gratuita.

E de dentro da Igreja?

Chamaram-me a atenção uma ou duas vezes.

A propósito de quê?

Planeamento familiar, por exemplo. Só que eu continuo a pensar o mesmo que pensava e a dizer o que dizia. O que vem provar que, da minha parte, não há a mínima hostilidade. Há uma grande comunhão e amor à Igreja e estou convicto, pela minha experiência pastoral, que aquilo que defendo será muito em breve uma realidade. Eu não aceito o dogmatismo dos métodos naturais. Por vezes, as pessoas não querem ser realistas. Mas o mais importante é que se continue sempre em grande diálogo, porque a verdade nunca se possui plenamente.

Teve um percurso académico longo, foi professor universitário, esteve muito ligado à filosofia e estudou muito. Nunca se sentiu tentado a pôr em causa alguns dogmas da Igreja?

Nunca. Pelo contrário. Quanto mais estudei, mais aumentei a minha fé e mais encontrei explicações racionais para a minha fé. Sabe qual é o grande mal no que toca à religião? Ninguém estuda nada, nem o primário. Mas toda a gente tem opiniões.

A fé cabe, então, no domínio da razão?

Fui sempre buscar à cultura filosófica razões e motivos para tornar mais lúcida a minha visão dos grandes problemas da fé. Há uma frase de Pasteur de que gosto muito: "Porque eu estudei muito, tenho a fé de um bretão. Mas se eu tivesse estudado mais, teria tido a fé de uma mulher da Bretanha" - porque a mulher é mais piedosa. Esta frase tem sido um dos grandes guias da minha vida.

BISPO DAS FORÇAS ARMADAS ACEITA CASAMENTO GAY E ELOGIA JOSÉ SARAMGO


           «Concordo e aceito um homem que viva com outro homem»

Palavras polémicas do bispo das Forças Armadas sobre o casamento gay e José Saramago

O bispo das Forças Armadas não vê nenhum mal na homossexualidade e sublinha que a Igreja Católica tem mesmo de «entender» o amor de um homem por um homem ou de uma mulher por uma mulher.

«Para mim, independentemente do conteúdo - eu não concordo com a noção de casamento -, concordo e aceito um homem que viva com um homem e uma mulher que viva com uma mulher», afirmou, em entrevista ao jornal «i».

Sobre o mesmo assunto, D. Januário Torgal Ferreira criticou a explicação «perfeitamente inadequada, inconveniente, injustificada e incoerente» do Presidente da República, aquando da promulgação do casamento gay.

«A sério que não vejo como é que uma situação crítica do ponto de vista económico-financeiro pode ser agravada com a legalização de um homem casar com um homem ou de uma mulher com uma mulher», reforçou.

«A inquisição ao contrário» feita a Saramago

Sempre polémico, o bispo recordou também o escritor José Saramago, de quem admirava consideravelmente a sua obra. «A mim o que me chocou foi perceber que muita gente o atacava só por ser comunista e por não ser católico. Isso não tem nada a ver com a qualidade da sua produção literária», defendeu.

«Saramago não era de Deus, mas passava a vida a falar de Deus. Ele, no fundo, tinha interesse por Deus! E deve merecer respeito pelo seu ponto de vista. A única coisa que me entristece e me distancia de certas leituras é a agressão gratuita, a calúnia, o banditismo mental, a inquisição ao contrário», acrescentou.

Ao comentar as palavras duras do jornal do Vaticano sobre o Nobel português, D. Januário lamentou a «soma de pessoas que ficaram perfeitamente analfabetas, cheias de complexos, de maldade, de sensualidade, quase castradas».

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/gays-homossexuais-bispo-d-januario-torgal-ferreira-tvi24/1173205-4071.html

Thursday 24 June 2010

POLÍCIA CONDENADO A DOIS ANOS E MEIO POR MORTE DE MIRONE

O agente da PSP que na madrugada de 25 de Abril de 2008 matou a tiro um mirone, na praia das Pedras Negras, foi hoje, quinta-feira, condenado a dois anos e seis meses de prisão. A pena ficou suspensa por igual período.

Paulo Gomes, agente da brigada anti-crime do Comando da PSP de Leiria, estava indiciado pelo Ministério Público (MP) pela prática de um crime de homicídio qualificado, mas o colectivo de juízes do Tribunal da Marinha Grande alterou a qualificação do crime, condenando-o por homicídio por negligência simples.


Segundo a juíza-presidente, Ana Paula Baptista, "o Tribunal baseou a sua convicção nas declarações emocionadas do arguido", tendo ficado provado que Paulo Gomes disparou três tiros "convencido que a vítima tinha uma arma".

O agente que, segundo os juízes, “temeu pela sua vida e da sua companheira”, “nunca chegou a ver as mãos da vítima, mas acreditou que ele tinha uma arma”.

Fernando Oliveira, de 53 anos, costumava frequentar os parques de estacionamento junto à praia e de “observar” os casais dentro das viaturas. Tinha sido identificado, por diversas vezes, pelos militares do Posto da GNR de São Pedro de Moel.

19h51m
Alexandra Serôdio
JORNAL DE NOTÍCIAS 24 DE JUNHO 2010

VENDER A CPLP POR UM BARRIL DE PETRÓLEO?

Na próxima cimeira da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) a realizar a 23 de Julho em Luanda vai ser discutida a entrada da Guiné Equatorial naquela organização internacional. A Guiné Equatorial, para quem não saiba, é uma das ditaduras mais ferozes do mundo. Tem como líder Teodoro Obiang Nguema, que nas últimas eleições em Setembro de 2009 ganhou com 95,8% dos votos válidos. Não, isto não significa que este líder é muito popular - antes quer dizer que a fraude eleitoral é maciça. Na Guiné Equatorial, nunca houve uma eleição livre, e o Presidente Obiang é o ditador que há mais anos se mantém no poder naquela região do mundo. Dos 100 membros do Parlamento, 99 pertencem ao partido do Presidente que controla todos os recursos do país.

A Freedom House acaba de publicar um relatório intitulado "Worst Human Rights Abusers" (Os Piores Abusadores dos Direitos Humanos no Mundo) que inclui nove países. Nenhum membro da CPLP faz parte da lista dos nove convocados. A Guiné Equatorial, pelo contrário, está lá. O facto de ser um país onde há petróleo significa que o PIB tem vindo a aumentar. Mas os índices de qualidade de vida da população continuam dos mais baixos do mundo - toda a riqueza está concentrada no líder e sua clique.

Com a subida sustentada do preço do petróleo, Teodoro Obiang anda há algum tempo a tentar aumentar a credibilidade no exterior para limpar a sua imagem. Como? Através de algumas reformas políticas internas, de alguma melhoria dos direitos humanos? Não, nada disso. Comprando instituições internacionais. É nesse contexto que foi feita uma aproximação à CPLP. Desde 2004 que foi concedido a este Estado estatuto de observador. E agora, ao que parece, estão muito próximos de conseguir ser membros de pleno direito.

Mas afinal o que é a CPLP? Ela é uma Comunidade que agrega os países de língua portuguesa. Nesse capítulo, a Guiné Equatorial qualifica-se muito remotamente, tendo umas partes do país feito parte do império português no séc. XVIII. Se assim é, e se as credenciais democráticas de alguns dos membros existentes da CPLP são mais que duvidosas, qual é o problema de aceitar este novo membro?

Há problemas, e são pelo menos três. Em primeiro lugar, incluir a Guiné Equatorial sem quaisquer pré-requisitos formais e substantivos de liberalização política, vai servir para não apenas enquistar ulteriormente o regime ditatorial, como legitimá-lo.

Em segundo lugar, a entrada da Guiné Equatorial seria um sinal muito claro para todos os membros da CPLP actuais de que essa instituição serve apenas interesses económicos, marginalizando totalmente objectivos políticos. Nas últimas décadas, o percurso ainda que não isento de acidentes, tem sido no sentido da melhoria das condições políticas na CPLP, embora haja muito a fazer. A entrada da Guiné Equatorial sem qualquer obrigatoriedade de cumprimento de critérios políticos ou de direitos humanos mínimos iria desbaratar todo e qualquer capital nesse domínio.

Em terceiro lugar, a própria instituição da CPLP perderia legitimidade aos olhos da comunidade internacional. Atentem por favor, neste episódio amplamente ilustrativo:
Recentemente, Obiang propôs à UNESCO criar um prémio com o nome do ditador no valor de três milhões de euros, dedicado à "Preservação da Vida", proposta que foi inicialmente aceite. Seguiram-se críticas inflamadas por parte de associações de direitos humanos de todo o mundo, e de personalidades como Desmond Tutu. A revista Economist ridicularizou a UNESCO. Num artigo chamado "Uma ideia brilhante" (6 de Maio 2010) propunha à UNESCO outros prémios: o Prémio Robert Mugabe para a Produtividade Alimentar, ou o Prémio para Ahmadinejad para a Paz com Energia Nuclear. Perante tal alarido, a UNESCO acaba de anunciar a suspensão do prémio.

Mas Obiang não baixa os braços e vai apertando o cerco à CPLP. Realizou por estes dias uma visita de Estado a Cabo Verde, tendo já assegurado que Pedro Pires, Presidente daquele país seja a favor da adesão plena da Guiné Equatorial à CPLP. Até agora, os responsáveis em Portugal e no Brasil mantiveram-se em silêncio. Eles serão porventura decisivos nesta tomada de posição. Está em causa a credibilidade da CPLP.

Marina Costa Lobo
Publicado 24 Junho2010 JORNAL DE NEGÓCIOS 12:38 Opinião

Politóloga
marinacosta.lobo@gmail.com

PSP SUSPENSA PARA PSP QUE MATOU "MIRONE"

Tribunal da Marinha Grande condenou agente da PSP a dois anos e seis meses pelo crime de homicídio por negligência


O Tribunal da Marinha Grande condenou, esta quinta-feira, um agente da PSP a dois anos e seis meses de prisão pelo crime de homicídio por negligência de que foi vítima um homem em 2008 na praia de Pedras Negras, escreve a Lusa.

O colectivo de juízes determinou a suspensão da execução da pena pelo mesmo período e condenou ainda o arguido, de 39 anos, a indemnizar a família da vítima, que tinha dois filhos menores, em 125 mil euros, e o Centro Nacional de Pensões em 19 147,22 euros.

O agente da PSP de Leiria, Paulo Soares, estava acusado do crime de homicídio qualificado e, em sede de alegações finais, o Ministério Público pediu a sua condenação pelo crime de homicídio simples.

O entendimento do tribunal foi de que se tratou de um homicídio por negligência na forma simples, mas recusou a aplicação da pena de multa.

«Este caso concrecto denota comportamento altamente censurável do arguido, conduta extremamente gravosa que tem de ser julgada severamente para que a comunidade sinta que a norma prevaleceu sobre a infração», justificou a presidente do coletivo de juízes, Ana Paula Batista, na leitura do acórdão.

Para a suspensão da pena, o tribunal considerou a juventude do arguido, «plenamente» integrado, o facto de ser bom profissional, à irreflexão revelada no acto «e ao estado de pânico em que foram cometidos» os factos.

O tribunal teve em conta o facto de o agente da PSP ¿ que não esteve presente na leitura do acórdão por estar de baixa psicológica - ter colaborado com as autoridades e de se ter revelado «muito arrependido», além das «graves consequências do seu acto poderem também imputar-se à própria conduta temerária da vítima».

O colectivo de juízes deu como provado que pelas 01:50 do dia 25 de Abril de 2008, no estacionamento daquela praia, o arguido encontrava-se dentro de um carro com uma mulher.

«O local não tinha qualquer iluminação e a noite estava escura», refere o acórdão, esclarecendo que a vítima, Fernando Oliveira, de 53 anos, encostou a cara ao vidro para ver o que se passava no interior do carro, «à semelhança do que era usual fazer».

Embora tenha sido pedido para que saísse do local, a vítima não o fez, além de que dirigiu expressões ameaçadoras ao casal.

O documento revela que o agente, que não estava em serviço, saiu da viatura e identificou-se como polícia, pedindo novamente a Fernando Oliveira para deixar o local.

Segundo o acórdão, ao ver a vítima levantar os ombros e, face às expressões proferidas e à postura ameaçadora, o agente julgou que esta tinha uma arma de fogo que se preparava para utilizar, pelo que «disparou três tiros, os dois primeiros para o ar e o terceiro para o ombro da vítima», que acabou por determinar a sua morte.

Mapril Bernardes, advogado do arguido, afirmou que em princípio não deverá recorrer da deliberação da primeira instância. A advogada da família da vítima e o procurador da República não prestaram declarações.


24-06-2010 - 19:00h PORTUGAL DIÁRIO

GUINÉ EQUATORIAL NA CPLP?

A adesão da Guiné Equatorial pode simbolizar a reformulação da lusofonia


Tudo indica que a Guiné Equatorial será em breve integrada na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Sendo um país pequeno (650 mil habitantes) e periférico no sistema internacional, a adesão até poderia passar despercebida. Mas são vários os argumentos que serão apresentados para justificar a exclusão. Alguns, porém, merecem ser disputados:

Não é um país lusófono. Realmente o país é uma ex-colónia espanhola e o único vestígio da língua de Camões restringe-se ao fá d'ambô, uma língua crioula de base lexical portuguesa, falada por uma pequena minoria. Argumenta-se também que, ainda que o país tenha introduzido, em 2007, o português como língua oficial (juntando-se ao espanhol e ao francês), isso deveu-se a um oportunismo político. Verdade. Mas em Timor Leste e em alguns PALOP a maioria da população também desconhece o português, preferindo falar tétum, umbundo ou emakhuwa. Isso os torna menos lusófonos? Muitos territórios foram historicamente tocados pela língua portuguesa, sem que esta tenha vencido a batalha difícil pela sobrevivência ou pela nacionalização. Será isso razão para sacrificarmos todos os outros elementos lusófonos que se conservaram? Basta viajar na Etiópia, Malásia, Sri Lanka, Irão, Oman, Uruguai, Marrocos, Gana ou, claramente, na Guiné Equatorial, para encontrar representações vivas de lusofonia. Não há nenhuma razão para que estes países não se associem à CPLP, se assim o desejarem. Seria uma forma de a Comunidade inverter a sua pequenez, apenas camuflável pelo tamanho do Brasil.

Não é um país democrático. O regime liderado pelo presidente Teodoro Obiang, no poder desde 1979, está longe de ser democrático. Mas será que os actuais países da CPLP o são? De acordo com os indicadores do Banco Mundial (Worldwide Governance Indicators), a Guiné Equatorial encontra-se no mesmo patamar de Angola e da Guiné Bissau em termos de liberdade de expressão, controlo da corrupção ou defesa do Estado de Direito. Está à frente de Timor Leste, de Angola e da Guiné Bissau no que se refere à variável "estabilidade política". Quem tem telhados de vidro não pode, por isso, atirar pedras. Por outro lado, a rejeição não teria qualquer impacto no regime autoritário de Teodoro Obiang nem forçaria qualquer reforma democrática no país. Já o inverso não é necessariamente verdade. Em plano paralelo, as organizações homólogas da lusofonia - a Commonwealth inglesa e a Francophonie francesa - não se coíbem de aceitar membros não democráticos, da mesma forma que se permitem sancioná-los para estimular reformas políticas. A expulsão do Paquistão pela Commonwealth, em 2007, teve efeitos nocivos no regime autoritário de Pervez Musharraf.

Mais do que a integração de um país, a adesão da Guiné Equatorial pode simbolizar a reformulação da lusofonia. De um ideal intelectualizado, moldado pelo passado colonial e centrado em Portugal, a lusofonia pode-se socializar, modernizar e multiplicar. É esse o verdadeiro desafio.

RODRIGO TAVARES - VISÃO

2:42 Quinta-feira, 24 de Jun de 2010

MEXILHÃO DO RIO PARA BARRAGEM NO TÂMEGA



A barragem de Padroselos chumbada por causa do mexilhão

O chumbo da barragem de Padroselos, no Rio Beça, afluente do Tâmega, pelo Ministério do Ambiente, obriga Iberdrola, promotora da obra, a econtrar uma alternativa. Na base do chumbo esteve o mexilhão do rio.

Vítor Andrade (www.expresso.pt)

10:30 Terça-feira, 22 de Junho de 2010

É pequenino, mas foi o suficiente para parar uma obra de milhões de euros.
Depois do cumbo da barragem de Padroselos, no Alto Tâmega, anunciado segunda-feiraao fim do dia pelo Ministério do Ambiente, a promotora do empreendimento - a espanhola Iberdrola -, já está a estudar alternativas.

São dois os caminhos possíveis: ou se constroi uma barragem noutro local da mesma bacia hidrográfica, ou se redistribui a potência da quatro barragens inicalmente previstas no projecto, por apenas três.

Contactatdo pelo Expresso, uma fonte do Ministério do Ambiente garante que a segunda hipótese é a mais viável, até porque é tecnicamente possível.

Do lado da Iberdrola, a única resposta, para já, é que essa é de facto uma alternativa..

1300 MW assegurados


Uma coisa é certa, os 1300 megawatts (MW) previstas para as quatro barragens adjudicadas pelo Governo à Iberdrola para o Alto Tâmega serão instalados.

Recorde-se que a empresa eléctrica espanhola já pagou ao Estado português €303 milhões de euros pela exploração das barragens durante 65 anos.

O total do investimento nas várias barragens da Iberdrola (barragem de Alto Tâmega, em Vidago, no rio Tâmega, concelho de Chaves, próxima de Chaves; barragem de Daivões, também no rio Tâmega, concelho de Ribeira de Pena, próxima de Vila Rea e barragem de Gouvães, Rio Torno afluente do Tâmega, concelho Vila Pouca de Aguiar, junto a Vila Real) rondará os €1700 milhões.

A causa do chumbo da barragem de Padroselos ficou a dever-se a descoberta de que ali resistia uma espécie em vias de extinção conhecida por mexilhão do rio.

JUROS MÁXIMOS NO CRÉDITO PESSOAL DIMINUEM

Juros máximos no crédito pessoal diminuem

As taxas de juro máximas permitidas nos créditos aos consumidores para o terceiro trimestre de 2010 vão descer no crédito pessoal, mas sobem nos cartões de crédito.
Nuno Alexandre Silva (www.expresso.pt)
9:58 Segunda-feira, 21 de Junho de 2010

O Banco de Portugal divulgou no passado dia 18 de Junho as taxas de juro (TAEG - taxas anuais efectivas globais) máximas a aplicar nos contratos de crédito ao consumo, no terceiro trimestre de 2010. As TAEG determinadas pelo Banco de Portugal resultam da média das taxas praticadas pelas instituições financeiras no trimestre anterior acrescidas de um terço do valor e estão mais baixas, pelo menos, no crédito pessoal e no ALD (aluguer de longa duração) automóvel.

Os juros máximos no crédito pessoal descem dos 6,7% nos contratos de crédito para educação, saúde e energias renováveis, aplicados no segundo trimestre de 2010, para os 6% entre Julho e Setembro deste ano enquanto na locação financeira de equipamentos, os juros máximos diminuem dos 7,3% para os 6%.

No crédito automóvel, as descidas dos juros máximos permitidos acontecem nos contratos de ALD (aluguer de longa duração), onde o preço do dinheiro desce dos 7,7% para os 7,4%, no caso dos veículos novos, e dos 9,9% para os 9,2%, nos veículos usados.

Pelo contrário, cartões de crédito, facilidades de descoberto, linhas de crédito e contas correntes poderão ter TAEG mais elevadas a partir de Julho. No segundo trimestre a TAEG máxima permitida era de 31,6% mas, no terceiro, poderá ascender a 32,6%.

SEGUROS DE ESTOMATOLOGIA



Quanto custa proteger os seus dentes

Para quem quer ter uns dentes de aço, as seguradoras oferecem soluções que vão desde os 5 euros por mês.

Ana Pimentel (www.expresso.pt)

17:11 Sexta-feira, 18 de Junho de 2010


Ir ao dentista pode ser assustador, sobretudo para a carteira.
Tratar uma cárie, colocar um aparelho ortodôntico ou uma prótese dentária. Pela sua saúde ou em nome de um sorriso bonito, são várias as razões que o levam ao dentista. Em Março de 2009, a Deco Proteste visitou 261 estabelecimentos privados e obteve mais de quatro mil preços para três tratamentos dentários. Uma simples limpeza com polimento pode custar entre €15 e €125, dependendo da zona onde mora. "A diferença nacional entre mínimo e máximo foi sempre superior a 300%, ou seja, o valor mais elevado é três vezes superior ao mais baixo", lê-se no artigo publicado em Janeiro de 2010.

Ir ao dentista pode ser assustador, sobretudo, para a sua carteira. Se quer evitar surpresas, previna-se, subscrevendo um seguro dentário. Desta forma, sabe à priori quanto vai pagar pelo acto médico e o preço é igual em qualquer uma das clínicas da rede da seguradora.

Contactámos as seis seguradoras do ramo não-vida com maior quota de mercado em 2008, segundo os dados mais recentes da Associação Portuguesa de Seguradores, para conhecer a sua oferta. Regra geral, as apólices apresentam condições semelhantes, pelo que, além do preço, um dos factores de desempate é a extensão da rede de cuidados médicos. "As redes dentárias têm um conjunto de clínicas mais limitado do que as de saúde, pelo que, se morar numa grande cidade é mais fácil aceder à rede. Nas cidades pequenas, é mais problemático", diz Mónica Dias, especialista em seguros da Deco Proteste.

Sem limites nem períodos de carência


Com os seguros dentários não tem de preencher questionários clínicos rigorosos nem fazer exames. Também não são impostos limites de capital ou idade. Mónica Dias explica porquê. "Estes seguros funcionam como um cartão de saúde: a seguradora não paga nada, quem paga é o consumidor, mas paga menos do que se for a título individual".

Contudo, só pode aceder à rede clínica da seguradora. Na Allianz, AXA, Multicare e Tranquilidade paga 256 euros por um aparelho ortodôntico fixo e 129 euros por uma prótese esquelética em cromo cobalto (com um dente), por exemplo. Na Zurich, paga 255 euros por um aparelho fixo e uma prótese móvel esquelética (mais um dente) fica a 140 euros. Nos produtos analisados, as consultas, extracções simples, exames, selamento de fissuras, entre outros tratamentos, são gratuitos.

Ao contrário dos seguros de saúde, nenhum destes produtos impõe períodos de carência. Apenas o Activcare Dental, da Multicare, tem um capital diário por internamento hospitalar de 25 euros, que só pode ser activado 90 dias após a contratação. Com este cartão, pode usufruir de uma linha telefónica de apoio ao cliente, descontos em parafarmácias, termas, entre outros. E há descontos: duas pessoas com seguro pagam menos 20%, três ou quatro menos 30% e cinco ou mais pagam menos 40%. A Multicare é a oferta de saúde da Fidelidade Mundial e Império Bonança.

O Dental, da Allianz, pode ser subscrito individualmente ou com um dos módulos do Allianz Saúde. Exclui algumas despesas, como as referentes a uma doença pré-existente, ao tratamento de lesões resultantes de um acidente anterior, tratamentos experimentais, entre outros. Com o Vitalplan Smile, da AXA, duas pessoas pagam menos 5%, com três segurados sobe para 10% e com mais de três ascende a 15%. Actualmente, encontra-se em vigor uma campanha em que as crianças com menos de 14 anos não pagam, se existirem dois pagantes.Excluídas ficam as despesas resultantes de guerra, calamidades, tratamento ou correcção de anomalias, malformações, entre outras. A Tranquilidade disponibiliza-lhe o Sanos Sorriso, que exclui as despesas de internamento e as despesas com medicamentos.

Também pode beneficiar de descontos, tendo em conta o número de pessoas incluídas na sua apólice. Na Zurich, além de cobrir os actos médicos de estomatologia, o Sorridente garante-lhe informação e assistência domiciliária, assistência no lar, entre outras prestações. Excluídos ficam os acidentes consequentes de guerra, explosão, tratamento de anomalias, entre outros.

Em Dezembro de 2007, a "Dinheiro & Direitos" comparou as apólices dentárias com a cobertura de estomatologia dos seguros de saúde. Concluiu que fica mais barato optar por um plano de saúde sem estomatologia e subscrever um seguro dentário à parte. Mónica Dias explica que, regra geral, a estomatologia das apólices de saúde têm limites muito reduzidos, até cerca de 500 euros por ano. "Se precisar de colocar um implante, os montantes podem não dar", conclui.

DEDUÇÃO À COLECTA NAS ENERGIAS RENOVÁVEIS AUMENTA

Dedução à colecta nas energias renováveis aumenta

Quem investir este ano em equipamentos de eficiência energética poderá deduzir mais no IRS. Saiba quanto e conheça a lista dos equipamentos elegíveis

Joaquim Madrinha (www.expresso.pt)

10:37 Sexta-feira, 18 de Junho de 2010


Ao contrário das deduções à colecta permitidas nas despesas de saúde e de educação, que o Estado já disse que iria limitar devido aos constrangimentos orçamentais, a dedução à colecta permitida com despesas de aquisição com material de eficiência energética aumentaram 0,879%.
"Com esta medida pretende-se reforçar o estímulo directo aos contribuintes na realização de despesas que, além de possuírem retorno financeiro a longo prazo para os próprios, conduzem também à redução da factura energética do País como um todo, reforçando a vinculação do IRS às modernas preocupações extrafiscais no âmbito do clima e da energia", lê-se na portaria publicada.

Na prática, quem investir nos equipamentos mencionados na Portaria poderá deduzir no IRS 30% dos custos, até 803 euros. No ano passado, o limite era de 796 euros. Esta dedução só poderá ser utilizada uma vez em cada quatro anos.

Lista de equipamentos elegíveis
1 - Instalações solares térmicas para aquecimento de águas sanitárias e de climatização, utilizando como dispositivos de captação da energia colectores solares.
2 - Bombas de calor destinadas ao aquecimento de águas de uso doméstico.
3 - Painéis fotovoltaicos e respectivos sistemas de controlo e armazenamento de energia, destinados ao abastecimento de energia eléctrica a habitações.
4 - Aerogeradores de potência nominal inferior a 5 kW e respectivos sistemas de controlo e armazenamento de energia, destinados ao abastecimento de energia eléctrica a habitações.
5 - Equipamentos de queima de biomassa florestal, combustíveis derivados de resíduos ou de biogás, nomeadamente recuperadores de calor de lareiras, destinados quer ao aquecimento ambiente quer de águas sanitárias, e as caldeiras destinadas à alimentação de sistemas de aquecimento ambiente ou aquecimento de águas sanitárias e de climatização.
6 - Equipamentos e obras de melhoria das condições de comportamento térmico de edifícios, dos quais resulte directamente o seu maior isolamento: a) Aplicação de isolamentos térmicos na envolvente dos edifícios, seja pelo exterior ou pelo interior, incluindo coberturas (telhados ou lajes), paredes e pavimentos adjacentes ao solo ou a espaços não climatizados; b) Substituição de vãos envidraçados simples por vidros duplos com caixilharia de corte térmico.
7 - Equipamentos de carregamento de veículos eléctricos de instalação doméstica, em conformidade com as especificações técnicas a definir por portaria.

JUSTIÇA ADMITE ERRO TÉCNICO NO APAGÃO DOS CRIMES

Justiça admite erro técnico > CM

O deputado Nuno Magalhães exige que Mário Mendes esclareça se RASI foi afectado

O ministro da Justiça, Alberto Martins, admitiu ontem que houve um "erro técnico" relativamente ao número de crimes com recurso a armas, entre 2005 e 2009, recusando a hipótese de "tentativa de manipulação" ou "apagão de dados" defendida pela Oposição, depois de terem desaparecido 14 721 registos de crimes com armas de fogo.

Ouvido ontem na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Alberto Martins remeteu para a directora-geral da Política de Justiça, Rita Faden, mais explicações sobre o caso.

Consciente da gravidade da situação, Rita Faden explicou que o erro se deveu à instalação, em 2005, de um interface automático de recolha de dados que falhou no processo de filtragem da informação. A responsável adiantou que o erro foi corrigido de imediato pelos serviços de estatística. O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) não foi afectado e não foi tomada nenhuma "opção política e orçamental [baseada nestes dados]".

As justificações não convenceram os partidos da Oposição. O deputado do CDS Nuno Magalhães exige que o secretário - geral de Segurança Interna, Mário Mendes, esclareça se o RASI foi afectado pelo erro detectado nas estatísticas da Justiça.

> Publicado no Correio da Manhã a 23 de Junho de 2010, por Ana Carvalho Vacas

Wednesday 23 June 2010

QUEEN NOOR AL-HUSSEIN OF JORDAN



Wednesday, June 23, 2010
Consort Profile: Queen Noor al-Hussein


One of the most fascinating royals of the modern Middle East, and certainly one who has brought a great deal of American attention to the monarchial life of the area is the Dowager Queen Noor of Jordan. She was born Lisa Najeeb Halaby on August 23, 1951 in Washington DC. Her father was an official in the defense department under President Harry Truman and led the FAA under President Kennedy as well as serving as CEO of Pan-Am Airways. Through her parents she has ancestry from Britain, Sweden and the Syrian population of Lebanon. Little Lisa grew up in the United States and was educated in New York and Massachusetts at the best schools. After graduating from Princeton in 1974 she moved to Australia for a time before taking a job with a British company doing remodeling work in Tehran where her degree in urban planning was put to good use.

In 1976 Lisa Halaby moved back to the US and, through her father, took a job in design with the Jordanian airlines. It was in this role that she first met HM King Hussein of Jordan while working on the plans for the Queen Alia International Airport. The King was still in mourning for the beloved Queen Alia (his late wife) but he and Lisa became good friends. Their relationship grew and in 1978 the two were engaged to be married. In the summer of that year King Hussein walked down the isle (so to speak) for the fourth time and made Lisa Halaby his wife and Queen of Jordan. She renounced her US citizenship, converted to Islam and took the name Noor al-Hussein. Not everyone in Jordan was delighted by their new queen consort whose background seemed so far removed from their own. In time she began to win them over with her care and concern for the Kingdom of Jordan.

As the new consort Queen Noor took over the upbringing of her stepchildren and between 1980 and 1986 gave King Hussein four more children; Prince Hamzah, Prince Hashim, Princess Iman and Princess Raiyah. It was a very happy family life for the royal couple but the same background of Queen Noor that brought her so much attention also brought criticism with some in Jordan viewing her as ‘too American’ and many in America viewing her as ‘too Jordanian’. Giving her opinion on political matters also upset some traditionalists and there were difficulties within the family over the succession as Queen Noor wished her son Prince Hamzah to be heir to the throne. Queen Noor was heartbroken when King Hussein died on February 7, 1999 and even more upset when her son was removed from the succession and the father-to-eldest son formula was adhered to.

As dowager Queen and stepmother to King Abdullah II, Queen Noor is in a rather unique position being neither consort nor queen mother. However, she has not been lacking in a role to fill. She was worked extensively in improving western-middle eastern relations, conflict resolution and numerous charitable activities. She has often worked with the UN in these areas and formed the Noor Al Hussein Foundation to fight poverty, promote the rights of women, small business, health care, environmentalism and cultural exchanges. She has been invited by world leaders and traveled across the globe to trouble spots for peace talks and humanitarian efforts. Most recently she has been leading a (noble but probably naïve) effort to see the total abolition of nuclear weapons. She currently lives in Jordan, Washington DC and London as she travels to meet her extensive speaking schedule.

Posted by MadMonarchist at 1:03 AM

FRAUDE FISCAL NO IMPÉRIO L'ORÉAL


Escândalo. Mordomo do império L'Óreal compromete ministro de Sarkozy

por Joana Azevedo Viana, Publicado em 23 de Junho de 2010


Gravações de reuniões da herdeira da L'Óreal com os seus contabilistas provam que a mulher mais rica de França fugiu ao fisco - com a ajuda de um homem do presidente

Liliane Bettencourt é a 17.ª pessoa mais rica do mundo JulIen Hekimian/Getty Novela do dia em versão jogo de tabuleiro: o governo de Nicolas Sarkozy é a nova peça do escândalo que envolve as herdeiras da L'Óreal, um fotógrafo francês e um mordomo da família. A menos de uma semana do início do julgamento de François Marie-Banier - o fotógrafo a quem Liliane Bettencourt, a principal herdeira da L'Óreal, deu mil milhões de euros, quadros originais e vários seguros - o enredo adensa-se, com o ministro do Trabalho e um conselheiro legal de Sarkozy à cabeça.

As gravações que descortinam tudo foram recebidas por Françoise, filha de Liliane, via correio. A polícia apurou dias depois que o autor das gravações é um dos mordomos da família Bettencourt - que está detido e será julgado por invasão de privacidade. Ao longo dos últimos dez anos, o mordomo gravou as reuniões de negócios da herdeira do império de cosméticos e há referências a paraísos fiscais e aos nomes do ministro francês do Trabalho, Eric Woerth, e de Patrick Ouart, conselheiro legal do presidente francês.

São contornos políticos que nenhuma base pode esconder. E os protagonistas já estão a preparar as defesas. "Ouço dizer que andei a encobrir uma fraude fiscal. Pareço-vos o tipo de pessoa que encobre uma fraude fiscal? Eu sou o primeiro ministro a atacar de forma tão dura as fraudes fiscais", reagiu ontem Woerth, dias depois dos primeiros rumores terem surgido. Em causa está a sua posição como ministro de Sarkozy, cuja campanha terá sido financiada em sete mil euros por Bettencourt. Mas é o facto de estar casado com Florence - que geriu parte da fortuna de Bettencourt entre 2007 e o início de 2010, quando trabalhava na empresa Clymène - que está a causar choque.

Numa altura em que o governo de centro-direita se encontra sob fogo devido às novas medidas de austeridade, a oposição socialista está a usar as gravações como arma política, já que, no ano em que Bettencourt contratou Florence para gerir parte do seu dinheiro, Eric era ministro do Orçamento. As gravações mostram que Liliane terá 80 milhões de euros escondidos em contas suíças, dinheiro que não pode ter passado despercebido a Florence Woerth, dizem os críticos. "Parece-me que seria extremamente difícil para Eric Woerth manter o seu cargo num governo que tornou prioritário o desmantelamento dos paraísos fiscais", disse ontem o deputado socialista Arnaud Montebourg. O ministro respondeu com uma ameaça de processo por difamação.

Cosméticos aos milhões Até agora, este era um assunto de família explorado pelos tablóides: Françoise Bettencourt-Meyers, filha da herdeira L'Óreal e neta da fundadora do império cosmético (a química Eugène Schueller), acusa o fotógrafo Marie-Banier de se aproveitar do estado senil da sua mãe, de 87 anos, para lhe extorquir dinheiro. Liliane continua a defender que os mil milhões de euros foram dados "a um amigo", acusando a filha de querer controlo único do império cosmético e até de estar por trás das gravações. Apesar de ilegais, Françoise pretende utilizá-las em tribunal: mantém que quer apenas proteger a mãe de "interesseiros" e defende que os documentos do mordomo provam que Liliane está vulnerável a chantagens e manipulações por parte dos seus conselheiros. O julgamento de Marie-Banier começa a 1 de Julho.

Tuesday 22 June 2010

PADRE ACUSADO DE CORRUPÇÃO NA TROPA


Mais de 60 arguidos acusados pelo Ministério Público

Padre acusado de corrupção na tropa

Um padre está entre os mais de 60 arguidos, entre militares, médicos e um barbeiro, que respondem por dezenas de crimes de corrupção e falsificação de documentos num esquema para livrar jovens de ir à tropa.


O Ministério Público (MP) defendeu esta terça-feira, durante as alegações finais, no Tribunal de São João Novo, no Porto, que "há provas bastantes para que os arguidos sejam condenados."

O procurador Jorge Gonçalves afirma que há "circunstâncias onde não se possa condenar o arguido por não haver prova suficiente" e que se as provas reduzidas se basearem nas escutas e estas "forem consideradas nulas, acaba-se o processo".
Em resposta, os advogados de defesa alegam que a investigação está "mal feita" e que até ao momento em que as escutas foram pedidas não havia qualquer indício de crime.
Este esquema de corrupção que funcionou entre 2001 e 2003, no Hospital Militar do Porto e Centro de Recrutamento e Selecção, terá afastado do serviço militar obrigatório centenas de rapazes, a troco de quantias entre os 1250 e os 4500 euros.

PAULA E JOÃO NABAIS ACUSADOS DE VIGARICE


"A minha filha e o marido são uns vigaristas"


Actualizada


21-06-2010


"Não quero polémicas, só quero o meu dinheiro." É assim que José Costa – pai da socialite Paula Nabais e sogro do advogado João Nabais – justifica o facto de ter acusado a filha e o genro de o terem enganado.

"Fui fiador deles em dois empréstimos para o restaurante COP3. Desde Outubro de 2008 tenho sido eu a pagar as dívidas deles. São 750 euros por mês e já paguei 20 mensalidades. O dinheiro faz-me muita falta. A minha filha e o senhor João Nabais são uns vigaristas", revela José Costa. E, acrescenta: "Isto é apenas uma gota de água. Eles têm muitas mais dívidas".

Maria Costa, mãe de Paula, também se mostra indignada. "O meu marido nunca foi apologista de sermos fiadores, a minha filha é que nos pediu por favor. O meu desejo é que o povo saiba quem é essa criatura. Só não conto o que eles fizeram à família por respeito à minha neta, que felizmente não é filha desse verme [João Nabais]." O CM tentou sem sucesso contactar o casal.

Monday 21 June 2010

AEROPORTO DE BEJA RECEBE AERONAVES DENTRO DE UM MÊS

Beja recebe aviões dentro de um mês

O aeroporto alentejano só receberá a certificação do INAC no início do próximo ano, apurou o Expresso, mas as aeronaves poderão estacionar já nas próximas semanas.

Margarida Fiúza (www.expresso.pt)
21:59 Sexta-feira, 18 de Junho de 2010


O Aeroporto Internacional de Beja, que se previa estar operacional em Setembro deste ano, deverá receber a certificação do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) para a realização de voos civis sem tráfego, ou seja, sem passageiros e carga, nas próximas semanas.

Ou seja, segundo apurou o Expresso, num espaço de um mês, as companhias aéreas já poderão estacionar as suas aeronaves nos 10 lugares que o aeroporto alentejano deverá ter previstos para esse efeito: quatro posições para aviões grandes (wide-body) no aeroporto e seis na base aérea.

Esta decisão significa mais uma alternativa de estacionamento para as empresas que têm aviões parados no Aeroporto de Lisboa. Desde Julho do ano passado que a ANA - Aeroportos de Portugal passou a cobrar uma sobretaxa pelas paragens prolongadas (acima das 18 horas), o que tem levado à transferência de algumas aeronaves para outros aeroportos nacionais e internacionais.

Euroatlantic, White, Hifly e Luzair podem ser clientes

A maioria das empresas de voos não regulares tem optado por parar os seus aviões noutros aeroportos nacionais, como Porto e Faro. A Euroatlantic, por exemplo, companhia aérea cuja dívida à ANA relativa à taxa extra ascende a €2,4 milhões, deslocou oito das suas aeronaves para o aeroporto de Faro, e um cargueiro para Châteauroux, em França.

Também a White, com sete aeronaves Airbus, teve de transferir um avião executivo para o aeroporto do Porto por falta de espaço em Lisboa, manter um no aeroporto de Hamburgo, Alemanha, e ir estacionando outro em vários aeroportos, consoante os destinos de voo. A Hifly terá deslocado algumas aeronaves para o aeroporto Francisco Sá Carneiro e para os arredores de Paris, e a Luzair também optou por estacionar o Boeing 767-300ER com que opera no Porto.

Apesar da menor capacidade de resposta e dos custos acrescidos com a deslocação das tripulações para outros aeroportos, esta certificação do INAC é mais uma solução que as companhias passam a ter para responder à falta de espaço no aeroporto da capital.

Saturday 19 June 2010

SWEDISH ROYAL WEDDING BOOSTS THE ECONOMY


Thursday, 17 June 2010
Swedish wedding - a great boost for the economy

While republicans seem to believe that „the money question“ could be the trigger to raise antipathy against a country’s Monarchy, they never actually calculate as a good accountant would: "debit and credit". Take Sweden as an example.
This Saturday Crown Princess Victoria (32) will get married to Daniel Westling (36), who will be invested with the title Prince Daniel, Duke of Västergötland.

If you follow the official figures, the Swedish taxpayer has to contribute €2 mill. (AUS$ 2.85 mill.) to the royal wedding. The Swedish republicans claim, this figure were closer to €10 mill. (AUS$ 14.2 mill.). No matter who is right, the positive aspects of the royal occasion outnumbers the public cost multiple times.

The Swedish foreign ministry expects 2,300 journalists, among them 700 from all over the world, to report on the royal wedding. The capital’s hotel industry and commerce expect an additional turnaround of several billion Kronor (Kronor 1.000 = AUS$ 147). Even bed & breakfast accommodations are sometimes rented out for €500 to 600 (AUS$ 710 – 850). The Swedish tourism promotion is very satisfied with the inflow of foreign visitors. Around 200,000 spectators are expected to line the streets of Stockholm, and the souvenir sales could top €250 mill. (AUS$ 350 mill.).

Swedish shops all over the world benefit from the attention that is drawn to the Scandinavian Kingdom. In Berlin all IKEA shops will broadcast live the royal wedding on big screens. And a slice of princess torte will be offered to the customers who will turn up that Saturday morning. Children dressed as a prince or a princess will receive a free meal also. The supermarket chain ICA offers the whole range of specially produced items, from chocolate to coffee and napkins. The German chocolate manufacturer Halloren (Halle) is also producing "Wedding Chocolates". A beer brewery in Saxony provides a special beer for a reception at the Royal Swedish Embassy in Berlin. "Schwedenquell" has a label with Swedish King Gustav II Adolf, who – according to legend had enjoyed the Krostitz beer in 1631.
Sweden can expect an economic boost, which will swipe in additional tax revenue into the Kingdom’s treasury that will exceed by far even the highest republican estimates.

For a whole day Sweden will attract the world’s attention. TV stations know of the people’s desire to watch royal events. Well, nearly all, because Australia’s SBS has refused to broadcast the Swedish wedding. Germany TV stations will not miss the opportunity to get a high rating. When Crown Prince Felipe of Spain married in 2004 ARD/ZDF attracted 52 %. The Norwegian Crown Prince Haakon married in 2001 ARD/ZDF rated even higher: Nearly 60%.

SBS has in the past shown such events either whole or in part, such as the wedding of Crown Prince Felipe of Spain and of course Princess Mary of Denmark in May 2004, which kept one million spectators glued to the TV screen until 3 am.

"The royals are simply too beloved by the people, says Peter Althin, chairman of the Republican Association, which wants to abolish the monarchy. “There is not enough pressure in Sweden yet for the actual dismantling of the monarchy.”

If you can't beat them, join them! Let's celebrate with the newly-wed royal couple!
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JUÍZES ACUSADOS DE NÃO TRATAREM CASOS DE BULLYING

Juízes acusados de não tratar casos de "bullying"


Carla Soares

A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) acusa os juízes dos tribunais de menores de não tratar os casos de bullying e reclama "tolerância zero" nas escolas. Também a Associação Nacional dos Professores exige maior celeridade dos tribunais.

“O que estão a fazer os juízes de tribunais de menores para não tratar com urgência as situações de crime dentro das escolas?”, questionou, ontem, quinta-feira, em Matosinhos, o presidente da Confap, Albino Almeida, num congresso onde todos defenderam medidas contra o bullying (actos repetidos de violência física ou psicológica), mas ninguém apoiou a iniciativa da Procuradoria-Geral da República para tipificá-lo como crime público.

Albino Almeida alertou que, uma vez comunicados, os processos devem ser tratados de imediato, caso contrário “o aluno diz que é mais um a juntar aos outros”. E aqueles juízes “não podem fazer de conta que não chegam lá”. Quanto à criminalização do bullying no Código Penal, diz ser contra. E exige, sim, que sejam dadas condições às escolas “para que imponham tolerância zero à violência entre pares”.

Para João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores, o problema “tem mais a ver com a falta de celeridade dos tribunais”. “A criminalização não é solução. Já temos um quadro jurídico que suporta todos os crimes” que cabem na designação de bullying. A questão é saber se a idade em que os jovens podem ser responsabilizados criminalmente (a partir dos 16) “deve ou não ser alterada”, dedendeu. Mas, antes, há que “esgotar todos os outros instrumentos”. Uma das críticas que faz é ao facto de os processos de suspensão não terem acompanhamento ou efeito.

Guilherme Pinto, anfitrião que preside ao Fórum Europeu da Segurança Urbana, lançou dados desta organização que indicam “40% de alunos vítimas de bullying em Portugal” (crianças e adolescentes). A estatística, admite, incluirá actos de violência pontuais, por ser ainda um conceito incerto. Também este autarca diz não ser necessário um novo quadro legal.

“A Lei Tutelar Educativa não pode transformar-se num direito penal dos pequeninos”, alertou, por sua vez, Judite Babo, procuradora da República. E “criar um tipo específico de crime” para o bullying “não seria útil”, alertou.

Já Paulo Edson Cunha, vereador da Protecção Civil do Seixal e advogado, que expôs o caso de uma cliente (a Beatriz, do Montijo), não apoia uma alteração ao nível do Código Penal mas defende a criação de “uma nova lei” agrupando a legislação que já se aplica ao bullying.

O Instituto de Apoio à Criança, lembrou a técnica Melanie Tavares ao JN, é favorável à definição do bullying enquanto crime público, mas escusou-se a dar a sua opinião. Paulo Machado, director-geral da Administração Interna, preferiu defender “o aumento do poder das escolas” em matéria de bullying, bem como a formação de professores e auxiliares para serem capazes de responder ao fenómeno.


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1596053

224 LICENCIADOS EXCLUÍDOS DA ORDEM


Exame de acesso a Estágio na Ordem dos Advogados instituído por Marinho Pinto contestado

224 licenciados excluídos da Ordem

Dos 257 recém-licenciados em Direito que fizeram o exame de acesso ao estágio na Ordem dos Advogados, instituído pelo bastonário Marinho Pinto, apenas 33 foram aprovados. O número elevado de chumbos – 224, correspondente a cerca de 90% – foi revelado por Marinho antes mesmo de as notas serem publicadas e provocou uma onda de contestação que deverá levar à impugnação deste exame.

18 Junho 2010


Fragoso Marques, candidato a bastonário, manifestou 'estranheza e preocupação' com os resultados, mas questionou a legalidade do regulamento que impôs a prova. O advogado do Barreiro lembrou que este exame resulta de um regulamento do Conselho Geral, cuja legalidade está a ser 'posta em causa' nos tribunais. Outro candidato, Luís Filipe Carvalho, questionou também a validade da prova e os critérios usados e manifestou dúvidas sobre a sua 'legalidade e constitucionalidade', recusando-se a avaliar os resultados.

"OBVIAMENTE CHEIRA A MANOBRA ELEITORALISTA": Carlos Pinto de Abreu, pres. do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados sobre chumbos no acesso ao estágio

Correio da Manhã – Como explica o elevado número de chumbos no exame de acesso ao estágio?

Carlos Pinto de Abreu – A única coisa que posso dizer é que subsiste a questão da ilegalidade de um exame de ingresso, que é um obstáculo à partida. Só se pode avaliar o que se dá, o que não é o caso.

Neste caso trata-se de avaliar os conhecimentos dos recém-licenciados em Direito. Os resultados vêm dar razão ao bastonário, que critica a qualidade dos cursos?

– O senhor bastonário pode dizer aquilo que quiser. Hoje as pessoas saem melhor preparadas do que há 20 anos. Todas as licenciaturas são exigentes.

Então qual é o problema?

– Há três anos existia um projecto do Ministério da Justiça que exigia que só pudesse ser advogado quem tivesse um mestrado em Direito, que é exactamente aquilo que se exige a quem quer ser juiz ou procurador. E foi isso que o bastonário não fez. Ou seja, o bastonário está a tentar resolver um problema que já devia ter resolvido.

Entende, então, que só se devia candidatar à Ordem quem tivesse um mestrado em Direito, em vez de se instituir um exame de acesso ao estágio?

– Sempre fui dessa opinião, porque não pode haver uma exclusão à partida. Até porque não acredito que 90% dos candidatos não tenha condições para iniciar um estágio. Qualquer pessoa percebe que 90% é um número excessivo de pessoas que não têm condições. Há aqui qualquer coisa... Obviamente cheira a manobra eleitoralista.

Porquê?

– Porque é a forma de dizer, erradamente, que antes não havia avaliação nem havia rigor e agora há.

E isso não é verdade?

– Claro que não. Existem na primeira fase de estágio exames eliminatórios. E para se chegar a advogado tem que se fazer um exame nacional escrito e depois uma oral obrigatória.

VICTORIA OF SWEDEN AND DANIEL WESTLING GET MARRIED

Wednesday 16 June 2010

EÓLICAS VÃO CRIAR 250 MIL EMPREGOS

A Associação Europeia de Energia Eólica estima que nos próximos dez anos serão criados 250 mil empregos nas indústrias ligadas ao aproveitamento da energia do vento.

A Associação Europeia de Energia Eólica estima que até 2015 possam existir 280 mil empregos verdes

Jorge Simão

No final de 2009, o sector da energia eólica empregava já 192.000 pessoas na Europa. Mas as empresas europeias ligadas ao sector também empregam algumas dezenas de milhares de pessoas nos países fora da Europa onde estão implantadas.

No total, a Associação Europeia de Energia Eólica estima que até 2015 possam existir 280 mil empregos verdes, apenas ligados à eólica, e que em 2020 se possam atingir os 450 mil.

Nos próximos anos, segundo aquela associação, iremos assistir ao desenvolvimento de uma nova indústria eólica offshore (em mar aberto). De acordo com as contas feitas pelos especialistas daquela associação, 10% da electricidade produzida a nível europeu virá das eólicas offshore. E mais de 60% do emprego na indústria eólica também deverá fixar-se naquele segmento.

Vítor Andrade (www.expresso.pt)
10:10 Quarta-feira, 16 de Junho de 2010