Monday 11 June 2012

EL NUEVO GOBERNADOR DEL BANCO DE ESPAÑA PROMETE SU CARGO ANTE EL REY

El rey felicita a Rajoy y De Guindos por el rescate y recibe a Linde con un "¡Vaya momento!" Linde promete su cargo como gobernador del Banco de España "Aquí estamos, a ver qué pasa", le ha respondido al monarca
El rey ha felicitado por las negociaciones del rescate a la banca al ministro de Economía, Luis de Guindos, y al presidente del Gobierno, Mariano Rajoy, en el acto de posesión del nuevo gobernador del Banco de España, Luis María Linde de Castro, al que el monarca ha saludado con un "¡Vaya momento!". 

 Linde de Castro, que ha prometido su cargo en una breve ceremonia en el Palacio de la Zarzuela, ha repondido al rey con un "Aquí estamos; a ver qué pasa". 

 Con la mano derecha sobre un ejemplar de la Constitución y ante la Biblia, junto a un crucifijo, Linde ha elegido la fórmula de la promesa para expresar su fidelidad al cargo, en el que sustituye a Miguel Ángel Fernández Ordóñez, que ha ejercido como gobernador los últimos seis años, informa Efe.

 Los primeros en entrar en la sala han sido De Guindos y Rajoy, que han dado los buenos días a los periodistas presentes, al igual que el ministro de Justicia, Alberto Ruiz-Gallardón, quien ha acudido en su calidad de notario mayor del Reino.

 Don Juan Carlos, seguido de doña Sofía, ha accedido al salón desde la zona que ocupa su despacho sin muletas por primera vez desde su operación de cadera, y nada más entrar, ha saludado sonriente a De Guindos y a Rajoy, a quienes ha dado la enhorabuena por el resultado de las negociaciones con la UE sobre la financiación de la banca española.

 Sobre la Constitución y una Biblia de Carlos IV 

 El ejemplar de la Constitución que se emplea habitualmente para las juras o promesas de altas autoridades del Estado, un facsímil del texto original de 1978 editado en 1980 por las Cortes Generales, estaba abierto para la ocasión por el artículo 126, con el que comienza el título VII, relativo a Economía y Hacienda.

 En cuanto a la Biblia, un ejemplar editado en Valencia en 1791, que fue propiedad de Carlos IV, mostraba las páginas del capítulo XXX del Libro de los Números, en un pasaje referido al voto y el juramento. 

 Una vez concluida la ceremonia, el rey se ha dirigido a Linde para felicitarle por su designación, punto en el que ha acompañado su enhorabuena con el comentario "vaya momento...". 

 Mientras don Juan Carlos intercambiaba unas primeras palabras con el nuevo gobernador, doña Sofía conversaba brevemente con Rajoy, De Guindos y Ruiz-Gallardón, y pronto el diálogo derivó hacia el partido de la Eurocopa de Fútbol que la selección española jugó con la italiana este domingo en Gdansk, al que asistieron los príncipes de Asturias y que la reina, según explicaba, siguió por televisión.

 Rajoy: "Hemos empatado, pero ha estado bien" 

 "Hemos empatado, pero ha estado bien", apuntaba por su parte Rajoy, quien también había presenciado el partido en Gdansk, y, mientras los reyes se preparaban para posar para los medios gráficos junto al jefe del Ejecutivo, sus dos ministros y el nuevo gobernador del Banco de España, los últimos comentarios futbolísticos rememoraban la victoria de España frente a Italia de 1920.

 La promesa del cargo por parte de Linde, que se convierte en el sexagésimo noveno gobernador del Banco de España, se produce dos días después del acuerdo entre Rajoy y el secretario general del PSOE, Alfredo Pérez Rubalcaba, para designar subgobernador al actual vicepresidente de la Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), Fernando Restoy.

 El subgobernador del organismo, Javier Aríztegui, ha notificado este lunes al Gobierno su renuncia al cargo y como estaba previsto, el nuevo gobernador ha propuesto a Fernando Restoy como nuevo subgobernador.

 Linde, que deberá abandonar su nueva responsabilidad en 2015, cuando cumpla 70 años, ha ocupado diversos cargos en el Banco de España, institución en la que desempeñó el puesto de director general del Departamento de Internacional entre 1987 y 2000.

 Entre 2001 y 2005 fue jefe del Departamento de Riesgo de País en el Banco de España, consejero del Consejo de Administración de la Compañía Española de Seguro de Crédito a la Exportación (CESCE) y miembro del Comité Interministerial del Fondo de Ayuda al Desarrollo Español.

 A partir de 2005 y hasta 2008, Linde fue director ejecutivo por España en el Banco Interamericano de Desarrollo (BID), con sede en Washington.


Wednesday 6 June 2012

LIDER PARLAMENTAR DO PSD É MEMBRO DA LOJA MAÇÓNICA DE JORGE SILVA CARVALHO


Líder parlamentar do PSD é membro da loja maçónica de Jorge Silva Carvalho

Luís Montenegro faz parte da loja Mozart, onde está o ex-diretor do SIED, Jorge Silva Carvalho, ao mesmo tempo que integra como suplente a comissão parlamentar que investigou as irregularidades nas secretas e que censurou as alusões negativas à maçonaria.

O advogado Luís Montenegro, atual chefe da bancada do PSD, pertence à Mozart, a loja maçónica de que faz parte Jorge Silva Carvalho, o ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), de acordo com um documento da Grande Loja Legal de Portugal a que o Expresso teve acesso.

Além de liderar a bancada social-democrata, Luís Montenegro é também membro suplente da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Liberdades e Garantias, que desde agosto do ano passado tem investigado um conjunto de irregularidades nos serviços secretos que tiveram como protagonista Jorge Silva Carvalho, incluindo o acesso ilegal à lista de chamadas de um jornalista do "Público", Nuno Simas, e à passagem de informações sobre empresários ao ex-diretor do SIED quando ele transitou para o grupo privado Ongoing.

A revelação sobre a ligação do deputado do PSD à loja maçónica de Jorge Silva Carvalho surge numa altura em que o jornal "Público" avança que o relatório preliminar sobre a investigação parlamentar às secretas proposto pela vice-presidente da bancada social-democrata (também ela membro da comissão de assuntos constitucionais), Teresa Leal Coelho, foi alterado de forma a deixar de fora as alusões negativas à relação da maçonaria com as secretas.

NUNO VASCONCELLOS ACUSADO DE CORRUPÇÃO ATIVA


Vasconcellos refuta acusação e pede separação de processos no caso das secretas

05.06.2012 - 21:00 Por Lusa

Os advogados de Nuno Vasconcellos, presidente da Ongoing, refutam a acusação do Ministério Público de corrupção activa no caso das secretas e solicitam que o juiz de instrução separe os processos, segundo o requerimento de abertura desta fase processual.

Segundo o requerimento de pedido de abertura de instrução, a que a agência Lusa teve acesso e já entregue na 9ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, os advogados do arguido consideram que existe fundamento legal para a separação de processos, solicitando ao juiz de instrução que retire Nuno Vasconcellos do caso das secretas onde estão também os arguidos Jorge Silva Carvalho e João Luís. 

Os advogados alegam que, no que se refere a Nuno Vasconcellos, acusado de corrupção activa, “a única coisa que é preciso discutir é se ofereceu ou prometeu vantagem para a prática de ato por funcionário”, considerando que “não se justifica manter o arguido num processo em que se discutem crimes de abuso de poder, acesso vedado a dados pessoais e a violação do segredo de Estado”. 

Porém, no entender dos dois defensores do patrão da Ongoing, o Ministério Público fez uma acusação “pregada a martelo”, concluindo que “a acusação de corrupção activa é uma mão cheia de nada”, solicitando ao juiz que o caso não chegue a julgamento, isto é, que o arguido não seja pronunciado. 

Nos fundamentos para a abertura da fase de instrução, os advogados do arguido pedem também que seja considerada inconstitucional a interpretação do Ministério Público sobre o artigo 374 [Corrupção Activa] do Código Penal, “por violação do princípio da legalidade, da reserva de competência legislativa da Assembleia da República e da separação de poderes”. 

No pedido de instrução é solicitada a inquirição de 21 testemunhas, entre as quais o deputado do PS Sérgio Sousa Pinto, o ex-ministro da Cultura do governo socialista José António Pinto Ribeiro, o presidente do conselho de administração da Portugal Telecom Henrique Granadeiro, Rafael Mora sócio da Ongoing, a ex-deputada do PSD Adriana Aguiar Branco e o próprio Jorge Silva Carvalho. 

No denominado “caso das secretas”, o ex-director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) Jorge Silva Carvalho está acusado de acesso indevido a dados pessoais, abuso de poder e violação de segredo de Estado. 

O presidente da Ongoing é acusado de corrupção ativa e João Luís, director do departamento operacional do SIED de, em co-autoria com Silva Carvalho, ter acesso ilegítimo agravado, acesso indevido a dados pessoais e abuso de poder (na forma consumada). 

O MP concluiu que os três arguidos “agiram em conjugação de esforços e de intentos” e “sempre de forma livre e deliberada, sabendo que as suas condutas eram contrárias à lei”. 

Concluiu também que o ex-espião ordenou, entre 7 e 17 de Agosto de 2010, ao arguido João Luís que obtivesse os dados de tráfego do número de telefone (da operadora Optimus) utilizado pelo jornalista Nuno Simas, no período compreendido entre Julho e Agosto de 2010. 

O objectivo era saber quais os funcionários das secretas que poderiam ter sido a fonte de informação de uma notícia do jornal Público sobre o mal-estar causado por mudanças de espiões e dirigentes. 

Segundo o MP, Silva Carvalho agiu em execução do acordado com Nuno Vasconcellos e queria provar ao presidente da Ongoing que podia obter, através das secretas, informação relevante para o grupo. 

Jorge Silva Carvalho pediu a exoneração do cargo de director do SIED a 8 de Novembro de 2010, tendo, em 2 de Janeiro de 2011, iniciado funções na Ongoing, mas manteve contactos regulares com dirigentes intermédios do SIED que promovera ou apoiara e continuou a ter acesso a documentação daqueles serviços. 

A fase de instrução é dirigida por um juiz e visa a comprovação da decisão do Ministério Público (MP) sobre uma acusação de modo a melhor proteger os interesses das partes, decidindo o magistrado se o caso vai ou não para julgamento.