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Monday 20 December 2010

FIM DO TABU GAY NO EXÉRCITO DOS EUA


Política Don’t Ask, Don’t Tell
Senado pôs fim ao tabu gay no Exército dos EUA

O Congresso dos Estados Unidos votou a abolição da lei que proíbe aos soldados norte-americanos assumirem a sua homossexualidade, uma vitória para o Presidente Barack Obama, que tinha prometido o fim da política discriminatória.

As expulsões começaram a diminuir depois da invasão do Afeganistão (Erik de Castro/Reuters)

Ao pôr fim [à política] Don’t Ask, Don’t Tell a nossa nação vai deixar de ter negado o contributo de milhares de americanos patrióticos obrigados a deixar o Exército, apesar de anos de desempenho exemplar, porque por acaso eram gays. E muitos milhares deixarão de ter de viver uma mentira para servirem o país que amam”, disse o Presidente num comunicado.

No Senado, 65 eleitos votaram a favor do fim da política; 31 contra. Os líderes democratas queriam votar a mudança antes do fim da sessão legislativa, já que em Janeiro os republicanos vão controlar a Câmara dos Representantes e aumentar a sua força no Senado – e muitos são contra a alteração.

Os homossexuais estavam proibidos de servir no Exército até 1993, quando o Presidente Bill Clinton introduziu a política Don’t Ask, Don’t Tell, permitindo-lhes alistarem-se desde que mantivessem em segredo a sua orientação sexual.

Ao longo de 17 anos, mais de 13 mil homens e mulheres foram exonerados ao abrigo desta política. Segundo as estatísticas do Departamento da Defesa, 2001 foi o ano em que se verificaram mais expulsões (1227). Os números começaram a diminuir assim que os Estados Unidos invadiram o Afeganistão, no fim desse ano, e em 2009 foram expulsos 428 soldados gay.

Esta regra foi várias vezes atacada em tribunal. Em Setembro, uma juíza de um tribunal federal da Califórnia considerou-a inconstitucional.

Obama quer promulgar a lei já na próxima semana, disse o porta-voz da Casa Branca. Mas o secretário da Defesa avisou que a política actual vai vigorar por algum tempo. Robert Gates preveniu que a Administração vai trabalhar com “precaução, mas resolução” para concretizar as novas disposições que vão permitir aos homossexuais servir abertamente no Exército.

Depois da assinatura de Obama, o Presidente deverá ainda, com Gates e com o chefe do Estado Maior Interarmas, o almirante Mike Mullen, “certificar” por escrito que a aplicação das novas regras não comprometerá “o nível de preparação das forças armadas, a coesão das unidades e o recrutamento”, explicou Gates. Depois, os regulamentos do Exército terão de ser alterados e será pedido aos chefes das unidades que preparem os militares para as mudanças.

Uma maioria de 70 por cento dos soldados diz-se pronto para a mudança e de acordo com ela, segundo um inquérito realizado pelo Pentágono. Mas em algumas unidades de combate, nomeadamente dos Marines, a proporção é inversa: 60 por cento vê com maus olhos o fim do tabu gay.



Saturday 26 June 2010

BISPO DAS FORÇAS ARMADAS ACEITA CASAMENTO GAY E ELOGIA JOSÉ SARAMGO


           «Concordo e aceito um homem que viva com outro homem»

Palavras polémicas do bispo das Forças Armadas sobre o casamento gay e José Saramago

O bispo das Forças Armadas não vê nenhum mal na homossexualidade e sublinha que a Igreja Católica tem mesmo de «entender» o amor de um homem por um homem ou de uma mulher por uma mulher.

«Para mim, independentemente do conteúdo - eu não concordo com a noção de casamento -, concordo e aceito um homem que viva com um homem e uma mulher que viva com uma mulher», afirmou, em entrevista ao jornal «i».

Sobre o mesmo assunto, D. Januário Torgal Ferreira criticou a explicação «perfeitamente inadequada, inconveniente, injustificada e incoerente» do Presidente da República, aquando da promulgação do casamento gay.

«A sério que não vejo como é que uma situação crítica do ponto de vista económico-financeiro pode ser agravada com a legalização de um homem casar com um homem ou de uma mulher com uma mulher», reforçou.

«A inquisição ao contrário» feita a Saramago

Sempre polémico, o bispo recordou também o escritor José Saramago, de quem admirava consideravelmente a sua obra. «A mim o que me chocou foi perceber que muita gente o atacava só por ser comunista e por não ser católico. Isso não tem nada a ver com a qualidade da sua produção literária», defendeu.

«Saramago não era de Deus, mas passava a vida a falar de Deus. Ele, no fundo, tinha interesse por Deus! E deve merecer respeito pelo seu ponto de vista. A única coisa que me entristece e me distancia de certas leituras é a agressão gratuita, a calúnia, o banditismo mental, a inquisição ao contrário», acrescentou.

Ao comentar as palavras duras do jornal do Vaticano sobre o Nobel português, D. Januário lamentou a «soma de pessoas que ficaram perfeitamente analfabetas, cheias de complexos, de maldade, de sensualidade, quase castradas».

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/gays-homossexuais-bispo-d-januario-torgal-ferreira-tvi24/1173205-4071.html