Wednesday 14 July 2010

ADVOGADO DOS COBRADORES DE FRAQUE SUSPENSO

Justiça:

Cobrador de fraque suspenso da Ordem

Polémica com negócio dedicado à perseguição de devedores

O advogado Fernando Pereira Brites, proprietário da empresa de cobranças difíceis Os Senhores do Fraque, foi suspenso durante meio ano pela Ordem dos Advogados (OA).

A decisão foi tomada no passado dia 13 de Maio por Pedro Raposo, presidente do Conselho de Deontologia da Ordem. O advogado é acusado do crime de procuradoria ilícita por detenção da referida empresa e por, segundo o processo que lhe foi interposto, a profissão de advogado nãoser compatível com a actividade de cobrança de dívidas. Ao que o CM apurou, o causídico pode mesmo deixar de exercer a profissão.

Fernando Pereira Brites não se conforma com a suspensão e já informou que vai recorrer da decisão, negando o crime que lhe é imputado, defendendo que não cobra as dívidas em nome de terceiros (clientes), facto que é proibido pelos estatutos. Refira-se que os Senhores do Fraque é uma empresa com representação em Lisboa e no Porto, que adquire créditos às empresas e
pessoas para posteriormente os recuperar, mas em nome próprio. A imagem de marca é precisamente o facto de os seus cobradores se vestirem a rigor, com fraque, mala e bengala aquando da interpelação dos seus devedores.

Andam também com carros caracterizados. Os devedores são ‘visitados’ em casa ou nos locais de trabalho. O processo contra o advogado veio na sequência de uma queixa que data de 2007 pelo administrador de insolvência Eusébio Gouveia, de Lisboa. Uma das situações ter-se-á relacionado com o facto de clientes daquela firma, cobradas as dívidas de que eram credores, caso não pagassem despesas e juros acabavam por também eles receberem a visita de pessoas
vestidas de fraque, à semelhança do que já tinha acontecido com os devedores.

Fernando Pereira Brites, o proprietário, trabalha na sede, em Lisboa, localizada no Parque das Nações. O CM tentou ontem, sem sucesso, obter uma reacção por parte do advogado.


PROJECTO JURIS
http://projectoiuris.ning.com/profiles/blogs/cobrador-de-fraque-suspenso-da

Postado por Andronico Cerqueira em 25 junho 2010 às 7:00

PAUL KRUGMAN: PORTUGAL É O MAIS AFECTADO SE A GRÉCIA SAIR DO EURO

Paul Krugman, prémio Nobel da Economia, diz que "há uma possiblidade plausível de a Grécia ser forçada a sair do euro". Se assim for, Portugal vai ser um dos países mais afetados.

Lusa
18:04 Domingo, 11 de Julho de 2010


Paul Krugman, prémio Nobel da Economia

O prémio Nobel da Economia Paul Krugman acredita que "há uma possiblidade plausível de a Grécia ser forçada a sair do euro" e considera que isso contagiaria todos os outros países da zona euro, com especial incidência para Portugal.

"Não me surpreenderia ver um dos países a ser forçado a sair do euro", declarou o economista numa entrevista publicada hoje no diário espanhol El Pais. "Acredito que há uma possibilidade plausível de a Grécia ser forçada a sair [do euro] e esse contágio provocaria sérios problemas a todos os outros, especialmente Portugal, e logo depois possivelmente seriam a Espanha a a Irlanda a ver-se metidas" na confusão, acrescentou.

Apesar da previsão pessimista, Krugman não acredita que a Europa colapse, considerando que ficaria "realmente surpreendido" se a França, a Alemanha ou os países do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) não defendessem "com unhas e dentes a moeda única no futuro mais imediato".

Ainda assim, escreve o El País, o problema económico mundial que mais preocupa Krugman é o que opõe os que defendem medidas de estímulo para combater a recessão e os que defendem medidas de austeridade nas contas públicas. A questão, aliás, dividiu as delegações na última reunião do G-20, em Toronto.

"Foi uma coisa escandalosa, uma vez que o estado da economia mundial se encontra ainda muito longe de estar recuperado", disse Krugman. O prémio Nobel e professor na universidade de Princeton não tem dúvidas em escolher a via dos estímulos.

"A austeridade espanhola teria muito mais possibilidades de funcionar se a Alemanha não seguisse também uma política de austeridade. E todas as políticas teríam mais eficácia se o BCE adotasse com firmeza políticas expansionistas", sublinhou.

A Alemanha, aliás, é alvo de várias críticas de Krugman, que considera que a maior economia da zona euro está a desempenhar um "papel destrutivo".

"Está a adotar uma posição que não só apenas não é boa para a Alemanha, mas que também é realmente má para a Europa", disse o economista, acrescentando que a "Alemanha está a desempenhar um papel realmente destrutivo. Está a empurrar-se a si própria e ao resto da Europa para a via da autodestruição".

E explica: "Parte do problema da zona euro é que existem muitas vias de contágio, pelo que a austeridade de um país conduz à depressão nos outros países". Para o economista, "a austeridade pode parecer bem a um país porque reduz a sua dívida, mas não tem em conta o custo que impõe aos vizinhos com as políticas restritivas".


EXPRESSO ONLINE
Lusa
18:04 Domingo, 11 de Julho de 2010