Thursday 10 February 2011

BURLONA DROGAVA PESSOAS

Lisboa: Doze vítimas foram ontem reconhecer burlona à PSP

Burlona deixou vítimas entre a vida e a morte

Fazendo-se passar por empresária ou advogada, Paula Neves seduziu, drogou e roubou dezenas de vítimas, de norte a sul do País. No caso dos homens, seduzia-os pela internet e adormecia-os com comprimidos que colocava em bebidas. Depois roubava-os.

O excesso de dosagem deixou vítimas amnésicas, algumas entre a vida e a morte. Doze delas foram ontem à tarde reconhecer a burlona à Divisão de Investigação Criminal da PSP de Lisboa.

"Eu trabalhava num hotel e ela disse que era advogada. Conseguiu convencer-me a almoçarmos juntas. A meio da tarde, deu-me um chá e foi aí que apaguei totalmente. Ela abandonou-me no estacionamento do Almada Forum completamente inconsciente. Só acordei no hospital. O pior foi que lhe dei o código dos cartões de multibanco. Fiquei sem 400 euros", lamentou M.T., uma das duas mulheres que ontem foram à PSP. Paula Neves, de 40 anos, presa preventivamente desde Novembro do ano passado, foi reconhecida pelas vítimas.

B.M., de 45 anos, bombeiro em Alhandra, foi um dos homens seduzidos pela burlona. "Ela disse--me que era uma das gerentes do El Corte Inglés. Era uma pessoa muito agradável. Convidou-me para ir a casa dela e depois deu-me uma bebida. Saímos de casa e a partir daí não me lembro de mais nada. O veneno parou-me. Quando acordei, já não tinha os 600 euros que tinha no cartão e na carteira", contou ao CM a vítima de burla. "Hoje [ontem] não tive qualquer problema em reconhecê-la", acrescentou.

O reportório de Paula Neves é vasto. Utilizando vários esquemas, conseguiu roubar homens, mulheres e taxistas e ainda burlar hotéis. Um mês antes de ser detida pela PSP numa pensão em Setúbal, Paula foi a casa de uma idosa e, fazendo-se passar por técnica da Segurança Social, conseguiu roubar--lhe 1700 euros. A mulher, de 79 anos, adoeceu e entrou em coma.

Por:Magali Pinto

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/burlona-deixou-vitimas-entre-a-vida-e-a-morte

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