Tuesday 10 August 2010

ADMINISTRADOR DE INSOLVÊNCIA DA PAPELARIA FERNANDES PEDE LIQUIDAÇÃO DA EMPRESA

REESTRUTURAÇÃO EM RISCO DE FALHAR

O administrador da insolvência da Papelaria Fernandes pediu a “cessação imediata” da administração da massa insolvente, por já não se encontrarem preenchidos os requisitos à sua manutenção, solicitando que o processo prossiga para a fase de liquidação.

Em comunicado enviado na segunda feira à noite à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o conselho de administração da Papelaria Fernandes esclarece que o pedido foi feito em forma de requerimento e entregue no Tribunal de Comércio de Lisboa, onde decorre o processo de insolvência da empresa.

Para o administrador da insolvência, tornou-se “inviável a implementação do plano de insolvência aprovado pelos credores, ou de qualquer outro, portanto são retirados à empresa os meios fundamentais e imprescindíveis para exercer a sua actividade”.

Esta argumentação, justifica, decorre do facto de não se ter assinado, no passado dia 04 de agosto o Acordo de Enquadramento que promovia a cessão de ativos da massa insolvente, acordo esse que permitia o acordo do arranque do Plano de Insolvência, aprovado em dezembro do ano passado.

“Os promotores da proposta aprovada pelos credores no contexto deste plano informaram não estarem reunidas todas as condições para a sua assinatura”, refere-se no documento.

A declaração de insolvência da Papelaria Fernandes foi apresentada em abril de 2009.

De acordo com os resultados apresentados pela empresa no mês passado, em 2009, as receitas da Papelaria Fernandes diminuíram 64 por cento para 4,6 milhões de euros, face ao conseguido em 2008.

O prejuízo no final de 2009 era de 17 milhões de euros, estando os capitais próprios negativos em 52,8 milhões de euros.

As dívidas alcançaram os 64 milhões de euros, sendo o BCP um dos principais credores da empresa.

PÚBLICO 10-08-2010

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