Thursday 12 August 2010

REAL ORDEM DA RAINHA SANTA ISABEL

Real Ordem da Rainha Santa Isabel

A Real Ordem de Santa Isabel, também conhecida por Ordem da Rainha Santa Isabel ou Ordem da Rainha Santa, é uma das três Ordens Dinásticas da Casa Real Portuguesa e tem como Santa Padroeira a Rainha Isabel de Aragão (1270 – 1336) esposa do Rei D. Dinis.

Instituída em nome da Rainha D. Maria I, a 4 de Novembro de 1801, pelo Príncipe Regente D. João (futuro Rei Dom João VI), a Ordem teve como primeira Grã-Mestra a Princesa D. Carlota Joaquina (futura Rainha Consorte) que a atribuiu a condecoração numerosas senhoras Portuguesas, Espanholas e Brasileiras entre 1801 e 1830.

Tratando-se da primeira Ordem Portuguesa exclusivamente feminina, o seu objectivo era distinguir Senhoras Católicas, num número limitado de vinte e seis Damas por serviços à Coroa e a obras de Beneficência ou de Solidariedade Social no espírito da Rainha Santa.

Sendo uma Ordem Dinástica da Casa de Bragança e não uma Ordem de Estado, depois de 1910 continuou a ser conferida pelo último Rei de Portugal Dom Manuel II, no exílio, que a conferiu à sua esposa a Rainha D. Augusta Vitória que a partir de então passou a partilhar a Grã-Mestria com sua sogra a Rainha Mãe, D. Amélia. Ambas usavam a insígnia de Grã-Mestra mas raramente conferiam a Ordem.

A Ordem foi conferida pela Rainha Dona Amélia à Princesa Dona Maria Francisca de Orleans e Bragança sua sobrinha, aquando do seu casamento com o Chefe da Casa Real. A mesma passou a ser partilhada pelas Infantas.

Após algumas décadas de inactividade, a Ordem de Santa Isabel passou a ser novamente conferida, a título /honorífico/, a partir de meados da década de 1980, pelo actual Chefe da Casa Real Portuguesa Dom Duarte Pio, a algumas senhoras, Portuguesas e estrangeiras, que se distinguiram com serviços em prol das comunidades luso - norte-americanas. Algumas das agraciadas, eram luso-americanas, descendentes das fundadoras da Sociedade Portuguesa da Rainha Santa Isabel, uma Confraria fundada em Oakland, na Califórnia por D. Rosa Oliveira que ofereceu, no principio do Século XX, o magnifico vitral representando a Rainha Santa que está sobre o altar da Igreja de Santa Clara em Coimbra, onde hoje a Ordem tem a sua Sede Canónica.

É curioso referir que em Junho de 1910 a Rainha D. Amélia aceitou ser Presidente Honorário da Confraria, nos Estados Unidos. Sua Majestade foi investida por procuração na pessoa da D. Maria Chrysostomo da Silveira a quem foi autorizado que usasse, além de manto Real de arminho e Tiara, a Banda e Insígnia de Grã-Mestra da Ordem da Rainha Santa Isabel.

Depois do casamento com Sua Alteza Real o Duque de Bragança, a 13 de Maio de 1995, a Duquesa de Bragança Dona Isabel, tornou-se 9º Grã-Mestra da Ordem e desde então muito se tem esforçado por restaurar o carácter religioso devocional e sócio - caritativo da mesma.

A Missa celebrada anualmente no dia da Festa de Santa Isabel, 4 de Julho (que é também o Dia da Festa da Cidade de Coimbra) é muitas vezes presidida pelo Arcebispo de Coimbra em cuja Diocese a Ordem tem a sua sede.

A insígnia da ordem é composta de uma banda cor-de-rosa com lista branca ao centro e um medalhão decorado com uma moldura de rosas em ouro, encimada com a Coroa Real e tendo ao centro em notável trabalho de esmalte, a figura de Santa Isabel de Portugal dando esmola a um pobre (em memória perpétua do celebre Milagre da Rainha Santa), sobrepujando a legenda latina /Pauperum Solatio/.

A insígnia que foi desenhada por Jean Baptiste Debret, a pedido do próprio Rei D. João VI, em 1818 quando a Corte Portuguesa ainda se encontrava no Brasil, ainda é fabricada exclusivamente pela firma Frederico Costa em Lisboa que tem os cunhos desde o regresso da Família Real em 1821.
Extraído do site da Casa Real Portuguesa

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