Tuesday 24 August 2010

PLAYBOY PROCESSA EDIÇÃO PORTUGUESA

Licença: Número de Agosto foi publicado de forma ilegal pela Frestacom

‘Playboy’ processa edição portuguesa

A Frestacom, grupo português responsável pela edição nacional da ‘Playboy’, foi processada pela PlayboyEnterprises Internacional.

O processo deu entrada no Tribunal de Illinois, Chicago, EUA, a 12 de Agosto, confirmou ao CM James Pranger, advogado da empresa criada por Hugh Hefner.“Confirmo que a ‘Playboy’ avançou com um processo contra a Fresta”,disse o advogado, referindo que em causa estão dívidas da empresa portuguesa que não pagou os royalty acordados.

No processo, a que o Correio da Manhã teve acesso, pode ler-se que a 1 de Novembro de 2008 as duas empresas chegaram a acordo para que a Frestacom pudesse criar uma edição nacional da ‘Playboy’,acordo em que a Fresta assumia o pagamento de um royalty trimestral à Playboy Internacional.

Esta afirma que a empresa falhou 3 pagamentos, num valor total superior a 190 mil dólares (cerca de 150 mil euros). Após a falha, a ‘Playboy’ enviou uma carta à Fresta, a 25 de Maio, onde exigia o valor em atraso,mais 250 mil dólares (perto de 200 mil euros). A empresa norte-americana enviou nova carta a 7 de Junho e outra no início de Julho.

Gil Teixeira, administrador de Fresta, respondeu por carta, onde justificava que a Fresta não pagava por não ter conseguido financiar- se na Banca. A troca de correspondência continuou, até que a 22 de Julho a ‘Playboy’ enviou um aviso de termo de contrato à Fresta, que, segundo a empresa, ficou efectivo a 26 de Julho. A partir dessa data a Fresta perdeu a licença para publicar a ‘Playboy’ em Portugal.

“A Frestacom deve cessar imediatamente a publicação da revista”, dizia a nota. No entanto,o número de Agosto ainda chegou às bancas. A multinacional,que tem 26 edições internacionais, frisa que a “Frestacom agiu maliciosamente, deliberadamente e com conhecimento que a utilização de marcas contrafeitas iria enganar e/ou causar confusão e erro”.

Até ao fecho desta edição, não foi possível obter qualquer reacção dos responsáveis da empresa Frestacom. Mas já a 8 de Julho, Gil Teixeira disse ao Correio da Manhã que “a Playboy Internacional nunca comunicou tal facto”.

Por:Hugo Real
CORREIO DA MANHÃ 23-08-2010

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