Virgílio Teixeira era um "homem elegante" e um "actor seguro"
As actrizes Alina Vaz e Manuela Maria, que contracenaram com Virgílio Teixeira na telenovela "Chuva na areia" (1984), guardam a memória de um "homem elegante" e um "actor muito seguro".
"Sendo um senhor de 67 anos, naquela altura, continuava um homem muito bonito, charmoso e um eterno galã", disse a actriz Alina Vaz.
Alina Vaz referiu "o curioso trabalho de equipa entre ele e Mariana Rey Monteiro. Os dois formavam o casal rico da vila, e trabalham juntos entreajudando-se".
"Era um homem encantador e um excelente colega", disse por seu turno Manuela Maria.
A atriz referiu o facto de o ator ter sido "primeira figura do cinema espanhol". Em 1951 foi considerado o melhor ator do cinema espanhol.
Foi em Espanha que o actor integrou o elenco de "Usted tiene ojos de mujer fatal" (1962), "La hermana alegría" (1955), "El verdugo" (1948) e protagonizou "La Estrella del Rey" (1957) e "La Tirana" (1958).
Alina Vaz salientou ter Virgílio Teixeira sido "o primeiro actor nacional a filmar em Hollywood, a meca do cinema, e ser ainda hoje o mais internacional dos nossos actores".
Teixeira participou em "The Seventh Voyage of Sinbad" ("A sétima viagem de Simbad"), de 1958, e "The Happy Thieves" ("Os alegres ladrões"), de 1962, em que contracenou com Rex Harrison e Rita Hayworth.
"Nunca foi protagonista no cinema americano", referiu Alina Vaz que citou ainda as "belíssimas participações" nos filmes "The Fall of the Roman Empire" (A queda do Império Romano), de 1964, "Doctor Zhivago" ("Doutor Jivago"), de 1965, "A Man Could Get Killed" e "Return of the Seven" ("O Regresso dos Sete Magníficos"), ambos de 1966.
Contracenou com Richard Burton em "Alexander, the Great" ("Alexandre, o grande"), de Robert Rossen, filmado em Espanha em 1956.
"Foi um actor essencialmente de cinema, apesar de ter feito algum teatro, especialmente no palco do Avenida, em Lisboa", recordou Manuela Maria.
Em Portugal, o actor contracenou com Amália Rodrigues e António Silva em "Fado História de uma cantadeira" (1947) e foi o protagonista de "Zé do Telhado" com o qual foi distinguido com o Prémio SNI para o Melhor Actor.
Depois de ter feito uma pausa de alguns anos, Virgílio Teixeira regressou à representação, tendo participado nomeadamente, em 1988, no filme "A Mulher do Próximo" de José Fonseca e Costa, e no ano seguinte em "Eternidade" de Quirino Simões, já depois de ter feito para televisão "Chuva na Areia", com guião de Luís de Sttau Monteiro.
No total, Virgílio Teixeira participou em 50 filmes espanhóis, 25 portugueses, 15 norte-americanos, seis italianos, seis ingleses, e um francês, e ainda em 130 programas de televisão.
Virgílio Teixeira participou nas séries televisivas "A Casa da Saudade" de Filipe La Feria (2000) e o "Hotel Bon Séjour" (1998), gravada na freguesia do Monte, no Funchal, da autoria de Ferrão Katzenstein.
O Festival de Cinema do Funchal em 2006 distinguiu-o com o Prémio Carreira.
Virgílio Teixeira, 93 anos, faleceu domingo no Hospital João de Almada, no Funchal.
As exéquias só se realizarão quando regressarem ao Funchal os dois filhos do ator, disse hoje à Lusa a viúva, Vanda Teixeira.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1728725
As actrizes Alina Vaz e Manuela Maria, que contracenaram com Virgílio Teixeira na telenovela "Chuva na areia" (1984), guardam a memória de um "homem elegante" e um "actor muito seguro".
"Sendo um senhor de 67 anos, naquela altura, continuava um homem muito bonito, charmoso e um eterno galã", disse a actriz Alina Vaz.
Alina Vaz referiu "o curioso trabalho de equipa entre ele e Mariana Rey Monteiro. Os dois formavam o casal rico da vila, e trabalham juntos entreajudando-se".
"Era um homem encantador e um excelente colega", disse por seu turno Manuela Maria.
A atriz referiu o facto de o ator ter sido "primeira figura do cinema espanhol". Em 1951 foi considerado o melhor ator do cinema espanhol.
Foi em Espanha que o actor integrou o elenco de "Usted tiene ojos de mujer fatal" (1962), "La hermana alegría" (1955), "El verdugo" (1948) e protagonizou "La Estrella del Rey" (1957) e "La Tirana" (1958).
Alina Vaz salientou ter Virgílio Teixeira sido "o primeiro actor nacional a filmar em Hollywood, a meca do cinema, e ser ainda hoje o mais internacional dos nossos actores".
Teixeira participou em "The Seventh Voyage of Sinbad" ("A sétima viagem de Simbad"), de 1958, e "The Happy Thieves" ("Os alegres ladrões"), de 1962, em que contracenou com Rex Harrison e Rita Hayworth.
"Nunca foi protagonista no cinema americano", referiu Alina Vaz que citou ainda as "belíssimas participações" nos filmes "The Fall of the Roman Empire" (A queda do Império Romano), de 1964, "Doctor Zhivago" ("Doutor Jivago"), de 1965, "A Man Could Get Killed" e "Return of the Seven" ("O Regresso dos Sete Magníficos"), ambos de 1966.
Contracenou com Richard Burton em "Alexander, the Great" ("Alexandre, o grande"), de Robert Rossen, filmado em Espanha em 1956.
"Foi um actor essencialmente de cinema, apesar de ter feito algum teatro, especialmente no palco do Avenida, em Lisboa", recordou Manuela Maria.
Em Portugal, o actor contracenou com Amália Rodrigues e António Silva em "Fado História de uma cantadeira" (1947) e foi o protagonista de "Zé do Telhado" com o qual foi distinguido com o Prémio SNI para o Melhor Actor.
Depois de ter feito uma pausa de alguns anos, Virgílio Teixeira regressou à representação, tendo participado nomeadamente, em 1988, no filme "A Mulher do Próximo" de José Fonseca e Costa, e no ano seguinte em "Eternidade" de Quirino Simões, já depois de ter feito para televisão "Chuva na Areia", com guião de Luís de Sttau Monteiro.
No total, Virgílio Teixeira participou em 50 filmes espanhóis, 25 portugueses, 15 norte-americanos, seis italianos, seis ingleses, e um francês, e ainda em 130 programas de televisão.
Virgílio Teixeira participou nas séries televisivas "A Casa da Saudade" de Filipe La Feria (2000) e o "Hotel Bon Séjour" (1998), gravada na freguesia do Monte, no Funchal, da autoria de Ferrão Katzenstein.
O Festival de Cinema do Funchal em 2006 distinguiu-o com o Prémio Carreira.
Virgílio Teixeira, 93 anos, faleceu domingo no Hospital João de Almada, no Funchal.
As exéquias só se realizarão quando regressarem ao Funchal os dois filhos do ator, disse hoje à Lusa a viúva, Vanda Teixeira.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1728725