Sunday 1 August 2010

MARIEMA NO MUSICAL "AMÁLIA"

MARIEMA: VELHA RIBEIRA

CHELSEA WEDS!

Chelsea Clinton weds longtime beau in New York
By the CNN Wire StaffAugust 1, 2010

Chelsea Clinton and Marc Mezvinsky were married Saturday in an interfaith ceremony.
Chelsea Clinton wore a gown by Vera Wang, the family says.

The ceremony incorporated the couple's two faiths.

The wedding took place at the posh Astor Courts, a 50-acre estate .


Rhinebeck, New York (CNN) -- Former first daughter Chelsea Clinton and longtime beau Marc Mezvinsky were wed Saturday "in a beautiful ceremony at Astor Courts," a 50-acre estate in Rhinebeck, New York, according to her parents.

"We could not have asked for a more perfect day to celebrate the beginning of their life together, and we are so happy to welcome Marc into our family," former President Bill Clinton and Secretary of State Hillary Clinton said in a statement. "On behalf of the newlyweds, we want to give special thanks to the people of Rhinebeck for welcoming us and to everyone for their well-wishes on this special day."

The confirmation by the Clintons put to rest a slew of speculation on where and when the nuptials would take place.

"Today, we watched with great pride and overwhelming emotion as Chelsea and Marc wed in a beautiful ceremony at Astor Courts, surrounded by family and their close friends," the statement said.

The interfaith ceremony -- Clinton is Methodist and Mezvinsky is Jewish -- was led by Rabbi James Ponet and the Rev. William Shillady, the family said. The groom wore a tallit, or prayer shawl, and a yarmulke.

A friend of the couple read the Leo Marks poem "The Life That I Have," according to the family.


The bride -- as predicted -- wore a dress designed by Vera Wang, the family said.

The strapless dress had a swirling silk organza ball skirt and train, and was accented by an embellished belt.

Clinton had been spotted by Women's Wear Daily outside the designer's showroom in New York earlier this week, and Wang was spotted in Rhinebeck on Saturday.

Hillary Clinton wore a pink gown by Oscar de la Renta, the family said.

Jim Valli and his band performed at the reception, and the couple's good friend, Tim Blane, played at the rehearsal dinner, according to the Clinton family. The reception was catered by The St. Regis, the rehearsal dinner by Blue Ribbon.

Hundreds of curious onlookers -- along with hordes of reporters and cameramen -- gathered Saturday at the main intersection of the tiny New York town in hopes of catching a glimpse of celebrities and dignitaries attending the wedding.

Well-heeled wedding guests wearing floor-length gowns and tuxedos were seen boarding shuttles to take them to what one event planner billed as "the wedding of the century."

Storefront windows displayed signs reading "Congratulations Marc & Chelsea" and similar messages.
"You could make a case that this is the most significant thing to happen in Rhinebeck since Washington's army drove the British out of Rhinebeck back in the 1700s," said Jim Langon, editor of the Hudson Valley News newspaper, who was the first to report that the wedding would take place there.

Bill and Hillary Clinton were seen arriving at a formal dinner at the Beekman Arms Inn in Rhinebeck on Friday night.

Also attending were former Secretary of State Madeleine Albright -- who was spotted lunching in town before the wedding Saturday, presidential adviser Vernon Jordan and numerous young couples presumed to be friends of the bride and groom.

Actors Ted Danson and Mary Steenburgen -- longtime married friends of the Clinton family -- told CNN that despite the public spectacle of the wedding, "it's been a very personal experience for them."

"There's been so much love and tenderness around the whole thing," Steenburgen said. "That kind of gets obscured a little bit when you're talking about someone that's a public person. But on the inside of it I can tell you that it's been very much like everybody's wedding -- full of tenderness and memories and laughter."

Some wedding planners had speculated that the cost of the celebration could run to seven or even eight figures, but a longtime Clinton family friend said the cost would be less than $1 million.

Mezvinsky, a 32-year-old investment banker, is the son of former U.S. Reps. Marjorie Margolies-Mezvinsky of Pennsylvania and Ed Mezvinsky of Iowa.

When Bill Clinton was seen in Rhinebeck earlier this week, someone asked him if his daughter was going to look beautiful on Saturday.

"She looks beautiful every day to me," the beaming father said.

Earlier in July, Hillary Clinton told Polish media that she was enjoying taking part in her daughter's wedding planning.

"It's a very happy time for my family," she said. "It truly is the most important thing in my life right now."

Steenburgen, who told CNN that she has known the Clintons for 30 years, predicted tears from the former president by the end of the night.

"Knowing my friend Bill ... I can honestly tell you that I'm sure he'll be crying his eyes out," she said.


"The Life That I Have"

By Leo Marks

The life that I have
Is all that I have
And the life that I have
Is yours

The love that I have
Of the life that I have
Is yours and yours and yours

A sleep I shall have
A rest I shall have
Yet death will be but a pause

For the peace of my years
In the long green grass
Will be yours and yours
And yours

ENTREVISTA DE S.A.R. D. ISABEL DE HERÉDIA


Entrevista a SAR D. Isabel de Herédia, ao magazine cultural de Sintra, em Março de 2003

"Sintra é um estado de alma"

A mulher do Duque de Bragança não se sente uma notável em Sintra e confessa a sua admiração pela capacidade da Vila em resistir à invasão do betão Isabel Herédia assume-se como sintrense e tradicionalista. Vive os problemas da comunidade em obras de caridade em que participa activamente e apela à utilização dos transportes públicos para resolver o problema das acessibilidades. Monárquica "racional", não hesita em falar das grandes questões nacionais. Considera que Portugal viveu acima das suas possibilidades e aponta a Educação como a prioridade.

-Gosta de viver em Sintra ou sente saudades de Lisboa? E as crianças?

SAR-Os meus filhos são claramente saloios, todos eles. E eu já me sinto muito sintrense. Sintra proporciona uma qualidade de vida que já não é possível encontrar em Lisboa porque manteve as características de vivência de uma vila. Uma vida que se caracteriza pela vizinhança afável e por uma proximidade maior entre as pessoas.

-O que mais a atrai em Sintra?

SAR-Sintra é um estado de alma, não é? Aprecio muito o facto de aqui se ter preservado uma certa tradição, nomeadamente a nível arquitectónico, que já se perdeu noutras terras de Portugal, infelizmente. As pessoas também são fantásticas, muito simpáticas e naturais. As relações humanas são mais intensas porque há menos pressa. Sempre que posso evito sair de cá e até instalei o escritório em casa...

-A que actividades se dedica neste momento?

SAR-Fundamentalmente estou a ajudar o meu marido a desenvolver a rendibilidade do seu património. Uma tarefa muito absorvente e que me motiva bastante. Depois, continuo a ajudar em várias obras de caridade, através da Congregação de São Vicente de Paulo, que tento não descurar.

-O que faz falta a Sintra?

SAR-Acima de tudo tem de ser resolvido o problema dos acessos rodoviários e incentivar as pessoas a usar os transportes públicos. Não devemos ser "escravos" do carro. Sempre que tenho de ir a Lisboa sozinha vou de comboio e só quando vou com as crianças é que uso o automóvel.Outro problema que detecto em Sintra é o da pobreza envergonhada. Há muita gente a passar necessidades, sem dinheiro para comer ou para medicamentos. Mas houve também grandes avanços nos últimos anos. O Centro Olga Cadaval veio trazer uma dinâmica muito grande à vida cultural de Sintra.

-E a Portugal?

SAR-Nos últimos tempos vivemos acima das nossas possibilidades. Perdurou uma espécie de novo riquismo que só podia dar mau resultado. Mas se tivesse poder para mudar alguma coisa era na Educação que eu apostava.

-É monárquica por convicção ou por casamento?

SAR-(risos) Sabe, os meus pais são monárquicos "racionais" e cresci a pensar que a figura de um monarca, enquanto entidade acima dos partidos, só poderia aumentar a coesão nacional, como acontece noutros países europeus, por exemplo. Mantenho essa ideia, até porque o facto de pertencer à família real implica mais deveres e obrigações do que benesses.

-Por que é que o seu marido não tem uma maior participação política?

SAR-Penso que o meu marido sofre de preconceitos anti-monárquicos primários que muita gente, infelizmente, ainda gosta de ostentar em alguns sectores da sociedade. Mas é o país que perde por ele não ter um papel mais activo. O meu marido é um apaixonado por Portugal e poderia ter um papel importante na divulgação do nosso país. Pouca gente sabe mas ele foi determinante para a criação de uma biblioteca portuguesa na Índia, por exemplo.
Real Associação do Médio Tejo 1-08-2010

CHELSEA CLINTON CASOU


O casamento real da América

A filha única do casal Clinton, Chelsea, casou, ontem, sábado, com Marc Mezvinsky, numa cerimónia privada, na pitoresca localidade de Rhinebeck, em Nova Iorque.

Um pastor metodista e um rabino celebraram o casamento. Chelsea é metodista e Mark é judeu. “Não podíamos ter um dia mais perfeito para celebrar o início de uma vida a dois”, disse a noiva, em comunicado.

"Vimos, com grande orgulho e emoção avassaladora, como Chelsea e Marc casaram numa bela cerimónia, rodeados pela família e pelos amigos próximos", disseram Bill e Hillary Clinton, no mesmo comunicado.

"Em nome dos recém-casados, queremos dar um agradecimento especial ao povo de Rhinebeck por acolher a todos nós e pela sua boa-vontade neste dia especial?, acrescentam.
Chelsea usou um vestido branco, sem alças, e um longo véu branco. Mark foi de smoking preto simples. Sendo judeu usou um xaile.

A lista de convidados foi rodeada de grande secretismo. Presentes estiveram o ex-secretário de Bill Clinton, Madeleine Albright, os actores Ted Danson e Mary Steenburgen e a estilista Vera Wang. Todos chegaram de autocarro.

Chelsea, de 30 anos, e Marl, de 32, conheceram-se na adolescência. Ele é um banqueiro de investimentos.
Chelsea estudou, recentemente, política de saúde, esteve envolvida na campanha para a eleição da sua mãe às presidenciais.

O espaço aéreo na localidade de Rhinebeck foi fechado durante 12 horas e os meios de Comunicação Social foram mantidos bem longe. A segurança no local foi comparável à de uma visita de Estado.


JORNAL DE NOTÍCIAS 1-08-2010

BENTO XVI MANIFESTA SATISFAÇÃO COM A CONVENÇÃO SOBRE ARMAS DE FRAGMENTAÇÃO


por Agência Lusa,

Publicado em 01 de Agosto de 2010 .

I ONLINE

O Papa Bento XVI a presidir à missa em Fátima

O papa Bento XVI expressou hoje a sua “viva satisfação” pela entrada em vigor da convenção internacional que proíbe a produção e uso de bombas de fragmentação.

“O meu primeiro pensamento vai para as numerosas vítimas que sofreram graves danos físicos e morais (…) por causa destes engenhos”, afirmou o papa citado pela France Press, que falava aos peregrinos na residência de Castel Gandolfo, nos arredores de Roma.

O texto da convenção foi assinado até agora por 107 países e entra hoje em vigor, proibindo a produção, uso, armazenamento e transporte das bombas de fragmentação.

Bento XVI apelou a todos os países para aderirem à Convenção, para contribuir “para a defesa da dignidade e da vida humana” e para “o estabelecimento de uma ordem internacional pacífica”.

Saturday 31 July 2010

ALINA VAZ: A CHEGAR AOS 50 ANOS DE CARREIRA

"Sei que tenho de continuar" afirma Alina Vaz

HARDMUSICA 31-07-2010

António Coelho


Alina Vaz mora em Lisboa, vai muito às estreias e gosta de fado. Já apresentou espectáculos de fados como o evocativo dos 150 anos da morte de Maria Severa. Na comédia teve êxitos como "A gravata" ainda no Monumental, e talvez a última peça com Ribeirinho, mas continuou interessada "noutro tipo de teatro". É inesquecível o "Auto da Índia" no Ibérico ou "Orquídeas à luz da lua", ou a extraordinária "velha" que desempenhou em "Divinas palavras". No cinema participou em "As púpilas do senhor reitor", entre outros filmes, designadamente a provocante "Maluquinha de Arroios" com Artur Semedo, sob a direcção de Henrique Campos.
Hardmusica: A Alina está a completar 50 anos carreira, estreou-se profissionalmente com “Os comediantes”, no Nacional ao que recordação compartilharia connosco desta vida?
ALINA VAZ: Diz bem, desta vida, que poucas pessoas compreendem: As recordações são dos actores maravilhosos com quem trabalhei: Ribeirinho, Assis Pacheco, Amélia Rey-Colaço, Laura Alves, Raul Solnado, António Silva, Fernando Gusmão, Paulo Renato, a brasileira Eva Tudor com quem fiz três peças (e que ainda hoje aparece na telenovela da SIC) e muitos mais que, sem darem por isso me ensinaram muito, e na maioria foram grandes amigos.
H: Recentemente, fez (e muito bem) um teatro muito intimista, as “Love Letters”, o que a fez mudar e aceitar este convite para fazer comédia?
ALINA VAZ: As “Love Letters” foram um marco na minha vida, deram-me a certeza, do que sei, mesmo em registos diferentes, porque ao fazer tanta comédia, apesar de não ser cómica, deixaram de pensar em mim como actriz capaz de fazer outras coisas, só que eu em 1968 larguei o Vasco Morgado (a quem devo muito) e fui para o TEP [Teatro Experimental do Porto] com metade do ordenado que tinha com o Vasco, pois queria fazer outro tipo de teatro, no entanto devo dizer que fazer comédia não é nada fácil; e o Lawrence Olivier diz nas suas memórias que quem nunca fez comédia nunca será um actor completo, ao fazer as “Love Letters” eu sabia que era capaz, os ensaios com o Alberto Villar e o Celso [Cleto] foram um prazer enorme, pura magia e uma sensação de fazer bem, sensação essa que só dá aos actores que procuram continuamente o limite. Se o atingimos não sei, mas trabalhámos para isso.
Estive dois anos parada, o que na minha idade pode ser fatal em termos físicos e mentais, quando me convidaram para esta peça fiquei admirada, depois li o papel e achei que podia fazer, a peça é bem construída teatralmente, porque é o que nós chamamos uma peça de situações, são situações essas, que têm graça, cabe aos actores depois fazerem o melhor que podem, mesmo não sendo cómicos, mas a razão principal de ter aceitado este convite foi para me testar a mim própria o que fiz toda a vida.
H: Não será uma mulher de nostalgias, mas guarda bons momentos das contracenas com Raul Solnado e Laura Alves, por exemplo?...
ALINA VAZ: Bom quando estou sozinha a escrever ou ler ou a tratar das minhas gatas, penso muitas vezes; afinal o que fiz da minha vida? Chego sempre à conclusão de que a vida nos acontece simplesmente, e às vezes quase sem darmos por isso. Sou uma mulher de nostalgias como todo o ser humano e algumas bem difíceis, mas também sei que tenho de continuar e por isso falo pouco nesses assuntos, são tão meus tão íntimos, que acho não dever partilhar com quase ninguém, no entanto estou agora a partilhar consigo. Não sei, mas ainda lhe digo que também tive momentos muito belos na minha vida e na profissão, esses recordo muitas vezes quando estou só. Pode não acreditar, mas tenho um sentido de humor muito grande.
Sim guardo grandes recordações e boas desses dois maravilhosos actores. A Laura tinha uma técnica espantosa, e fazia do publico o que queria, quanto ao Raul dou-me com ele, e às vezes ainda lhe peço opiniões, é preciso não esquecer que foi vedetíssima, que teve o atrevimento de fazer os monólogos da guerra, e que fez um teatro com o dinheiro dele, de vez em quando jantamos e espantosamente apesar de termos feito três peças juntos nunca falamos de teatro.
H: “As Calcinhas Amarela”, segundo a companhia vai continuar depois do Verão, vai até à Madeira. Para um actriz habituada a alta comédia, que trabalhou com o Carlos Avillez, Xose Blanco Gil, Maria Helena Matos, Henriques Santana, e outros encenadores, o que no seu entender tem contribuído para o êxito deste peça, com mais de 30 anos?
ALINA VAZ: Em teatro nunca sabemos porque se tem êxito popular, às vezes até o nome da peça influencia, mas já disse que esta peça é bem construída pois de dez em dez minutos acontece uma coisa diferente o que é uma surpresa para o publico, julgo que é uma das razões do êxito. O nome do Tozé Martinho também, e o facto de há anos ele ir para a província sempre com comédias, tudo junto faz acontecer o êxito.
H: Há um projecto seu de enorme valia e pouco “badalado” como se diz hoje, as Viagens ao Interior do Teatro, considera-o fundamental na formação de públicos?
ALINA VAZ: As Viagens ao Interior do Teatro, são tão populares que já todos nos copiaram o nome, o que demonstra uma certa falta de ética, mas não vale a pena lutar contra os inúmeros grupos que o copiam.
Fazemos este ano 22 anos sempre com um espectáculo apenas por semana, o elenco está junto há anos, e sentimos que gostamos do que estamos a fazer. Abordamos o trabalho que se faz antes de levantar o pano e explicamos que é um trabalho que tem de se fazer como noutra profissão qualquer.
Os alunos vão ao palco e durante a primeira parte podem perguntar o que querem, é tudo simples e directo, falamos com eles e julgo que o êxito vem daí. É a jóia da nossa coroa, minha e do Alberto Villar, sim considero este projecto fundamental, porque damos respostas e talvez ajudemos os alunos a perceberem melhor que têm mesmo de trabalhar para fazerem o que querem mais tarde na vida.
H: Este ano a Sociedade Portuguesa de Autores distinguiu-a com a Medalha de Honra. O que representou para si?
ALINA VAZ: Uma enorme surpresa, enorme, julgo que me foi atribuída pelo grande trabalho que fiz durante anos para a RDP na adaptação de textos de autores portugueses, às vezes pensava, um dia vão-nos dar uma medalha pelo enorme trabalho feito com os alunos das escolas, afinal foi ao divulgar autores portugueses na rádio que acabei por ter uma medalha, não esperava, mas senti surpresa da parte de muitos colegas… passe a vaidade tenho mais algumas que nunca divulguei.
H: Tem andado ausente das televisões, a que se deve? Comenta-se a sua
rebeldia em não fazer “castings”, confirma?
ALINA VAZ: Sim sou rebelde a fazer “castings”, não por me considerar melhor, não, mas porque são feitos sem qualquer respeito pelos actores que têm uma carreira, mas mesmo sem grande carreira, actores já com uma certa idade são metidos no molhe, dizem-me que na América também é assim… será … Mas são feitos em condições, não com um menino de câmara na mão a dizer cheio de pressa, vá lá diga isto, está feito, boa tarde, o meu feitio apesar de ser reconhecido como bom, em certas ocasiões fica mau não pactua, e pura e simplesmente não faço, isto é uma profissão difícil temos que ter respeito por nós próprios e fazer com que os outros tenham também respeito por nós e por esta profissão tão bela. Quanto à televisão fiz muita mas agora não me chamam não sei porquê, talvez por não pedir e não telefonar, não sei.

MAGISTRADOS DO FREEPORT ARRISCAM PROCESSO DISCIPLINAR

Investigação

Magistrados do Freeport arriscam castigo

Susana Represas

31/07/10 06:05

DIÁRIO ECONÓMICO

“Foi com total surpresa que se tomou conhecimento da invocada necessidade de mais inquirições”, reagiu Pinto Monteiro ao despacho do caso Freeport.

Pinto Monteiro nomeia um inspector para investigar comportamento dos procuradores. Inquérito pode ser reaberto.

A cerca de dois anos de terminar o mandato, Pinto Monteiro volta a estar no centro de uma polémica que revela um Ministério Público em constante confronto. Em causa está o despacho final do processo Freeport, onde os procuradores do inquérito se queixam de falta de tempo para interrogar o primeiro-ministro, ministro do Ambiente na altura em que o Freeport foi licenciado. Pinto Monteiro não gostou da revelação e mandou investigar.

O PGR abriu inquérito para esclarecer "todas as questões de índole processual ou deontológica que o processo possa suscitar". O que poderá terminar com penas disciplinas para os investigadores. A Procuradoria vai "nomear um Inspector do Ministério Público para proceder ao inquérito", garantiu ontem o gabinete de Pinto Monteiro ao Diário Económico. Magalhães e Silva não tem dúvida de que este caso pode acabar por se virar contra os magistrados do caso. "É muito difícil que esta atitude dos procuradores não tenha de ter consequências disciplinares", admite o advogado do inspector do Ministério Público Lopes da Mota (também ele alvo de um inquérito e de uma pena de suspensão). Magalhães e Silva explica porquê: "Face à deslealdade que representa para a hierarquia terem os procuradores arquivado o processo sem perguntarem a essa mesma hierarquia se, perante as perguntas que queriam colocar ao primeiro-ministro, se mantinha a data de 25 de Julho para o fim do inquérito", determinada pelo vice-PGR.

O bastonário da Ordem dos advogados também faz duras criticas a Vítor Magalhães e Paes Faria, magistrados que conduziram o inquérito, e diz que este episódio revela uma "indignidade inominável". Para Marinho Pinto, "o facto de os procuradores trazerem a público as perguntas que queriam fazer a Sócrates demonstra desrespeito pelo PGR". Segundo Marinho, perante esta "crise", o PGR "merece a solidariedade do Estado e ver os seus poderes reforçados". E acrescenta que, "bem ou mal, é preciso despolitizar e despartidarizar" esta magistratura.