Escrito por CIP/ Marcelo Mosse
A menção pela Casa Branca de que o proprietário do Maputo Shopping Center, Momed Bachir Suleman (MBS), está envolvido no narcotráfico, simboliza a queda de uma máscara que o Estado moçambicano andou a suportar há mais de duas décadas.
MBS é um comerciante do norte de Moçambique que, em meados dos anos 90, no auge da liberalização da economia, começou a prosperar vendendo eletrodomésticos de ponta num mercado sempre sedento de artefactos electrónicos a preços de pechincha.
Bachir tinha um passado modesto, diz-se, de vendedores de capulanas em pequenas cantinas. Em meados de 90, Moçambique era um país completamente mergulhado nas malhas do crime organizado. Abertas as fronteiras e reduzido o poder represssivo e vigilante do Estado, irrompeu uma tentação por dinheiro fácil e o país passou a ser usado como rota de tráfico de droga.
Em 1995, quarenta toneladas de haxixe foram encontradas em plena cidade de Maputo mas nunca houve condenados. De la para cá, foram vários os casos de drogas denunciados, ligações expostas, comerciantes que prosperaram nessa maré, mas nunca foram responsabilizados. Numa democracia emergente e um Estado paupérimo, altos oficiais públicos optaram por viver das luvas da impunidade que ofereciam à grande corrupção e ao crime organizado.
Em 2001, num artigo em conjunto com Peter Gastrow, descrevemos as principais formas de lavagem de dinheiro, corrupção e crime organizado em Moçambique, identificando a excessiva penetração que as redes criminosas tinham no Estado, nomeadamente na Polícia, nas Alfândegas e na Justiça. Na altura, até dissemos que Moçambique era um Estado criminalizado, devido a essa penetração criminosa nas suas estruturas dirigentes. E acrescentamos que estava a beira do chamado state capture.
A mim, chamaram-me de anti-patriota e ao serviço de mão externa. Mas o assassinato de Siba Siba Macuacua pôs freio ao rol de acusações, pois, estava alí, trágica, revoltante, uma evidência sem disfarce de uma realidade que apenas ficou menos pugente porque o assassinato do editor Carlos Cardoso teve julgamento e condenações. Por pressão da comunidade internacional.
Os barões moçambicanos sempre cultivaram uma forte consciência de que, para triunfarem, tinham que aliar-se ao Partido no poder, que controla todo o aparato estatal. Desde os tempos de Joaquim Chissano que era normal ver comerciantes ligados a actividades sujas oferecerem enormes quantias de dinheiro ao Partido Frelimo em tempo de eleições, numa prática de financiamento político desarmado de regras, que era o mesmo que comprarem a sua impunidade ou a vista grossa do Estado em matéria fiscal e aduaneira.
Lembram-se das jantaradas em que o antigo presidente recebia directamente dinheiros da chamada comunidade empresarial de Maputo?
Existem fotos documentando Nini Satar em ofertórios generosos à nata do partidão. MBS cultivou ferozmente esse desiderato. De pequeno cantineiro de venda de capulanas em Nampula, tornou-se em pouco tempo um importante agente económico em Moçambique, um grande contribuinte, como sói dizer-se. A sua Kayum Center, na Karl Marx, era, antes do Maputo Shopping Center, o principal mercado de electrodomésticos de Moçambique, ao mesmo tempo que mantinha algumas lojinhas de capulanas nos subúrbios para cumprir a tradição.
Nos corredores de Maputo, o crescimento pujante do seu negócio era algo que assustava e deixava incrédula toda a gente. Amigos na Polícia e nas Alfândegas sussuravam explicações óbvias, mas nunca ninguém ousou levá-las às últimas consequências: MBS triunfava não com negócios limpos, mas porque estava ligado à droga. Por isso, todo o moçambicano que ouviu hoje a bombástica notícia, respira um alívio cumplíce: já sabíamos!!! Todos sabíamos, mas quem ousaria meter a mão num homem que alimentava o partidão?
Aliás, esta relação de MBS com o Partido é reveladora da promiscuidade entre política e negócios em Moçambique. E MBS soube usar desse trunfo, da noção de que o Partido era o centro do poder e que para manter esse poder precisaria de dinheiro para aguentar campanhas eleitorais desgastantes e tão caras dada a dimensão do país. Por isso, quando Armando Guebuza emergiu como sucessor de Chissano, quase a contragosto deste, MBS alimentou o novo candidato, comprando os seus cachimbos a preços astronómicos, oferecendo canetas de luxo mas comprando-as logo a seguir, voltando a oferecer os mesmos cachimbos (que Guebuza aparentemente ja não usa), financiando o Congresso do Partido em Quelimane, tornando esta força política numa das suas lavandarias instrumentais para o funcionamento das redes agora desmascaradas.
Em 2004, na primeira corrida de Guebuza foi assim. Em 2009, também. Embora as chamadas alas honestas do partido soubessem das cavalgadas sujas de Bachir, nunca ninguém teve a coragem de sugerir que isso era perigoso para o país, para a economia, para a sociedade, para o nosso futuro colectivo. Houve sempre um silêncio cúmplice de todos, porque chefe é chefe. MBS continuou a “progredir” por essa via.
Com o partidão na mão, podia fazer sem que ninguém ousasse enfrentá-lo. Nos corredores das Alfândegas, ainda nos tempos em que a corporação aduaneira passava por uma reforma operacional e remoralizadora, os camiões de Bachir, cheios de importações, tinham luz verde para não serem revistados. Mais tarde, quando as Alfândegas regressaram para mãos moçambicanas, e, numa operação obscura em a introdução de scanners de inspecção não intrusiva foi confiada à Kudumba, uma firma de que a SPI (a holding do Partido) é sócia, MBS conseguiu que a sua mercadoria não passasse nesses instrumentos desenhados para impor maior controlo e ordem no comércio internacional, mas que no caso de Bachir nunca foram usados.
A impunidade e a evasão aduaneira já haviam sido compradas há tempo mas, ao longo dos anos, uma série de moçambicanos, figuras com cargos de chefia em departamentos do Estado (Alfândegas, Polícia, Finanças) aproveitaram-se da generosidade narcótica de MBS para construirem impérios de dinheiro, evidenciando enriquecimento ilícito e corrupção desenfreada, à qual o Estado não consegue controlar, mesmo depois de uma Lei (6/2004) e uma Estratégia Anti-Corrupção (2006) terem sido aprovadas sob o slogan da tolerância zero.
A menção pela Casa Branca do nome de MBS como sendo um dos mais influentes barões de tráfico de droga na África Austral é um golpe tremendo que Moçambique recebe por causa da sua relutância em lutar contra a corrupção e o crime organizado de cabeça erguida. Essa relutância não é inocente. Ela resulta da venda de impunidade que alimentou campanhas eleitorais e outras bizarrias de personalidade e imitações de grandeza. O mesmo lugar onde Barak Obama proíbe agora os cidadãos americanos de consumirem, é onde o Partido Frelimo abriu uma loja a custo zero – contra as centenas de USD/mês que custa o aluguer de um m2 para a prática comercial comum – para fazer merchandising dos seus símbolos e camisolas.
E é onde, num acesso de provincianismo desmedido, foi instituída uma Guebuza Square, numa imitação insípida à famosa praça de Sandton City. Esse lugar é o famoso Maputo Shoping Center, que abriu em 2007, depois de um investimento de 32 milhões de USD (segundo tem dito MBS a amigos), alegadamente financiados pela banca. E foi o Presidente Guebuza quem inaugurou o centro. Um dos incentivos dado a esse “grande investimento” foi MBS abastecer a mercearia do centro com produtos importados sem pagarem impostos, numa tremenda concorrência desleal.
Vivendo com salários de miséria, os moçambicanos adoram o Maputo Shopping, pelos baixos preços de mercearia, tal como adoravam o Kayum Center antes deste sofrer um incêndio no ano passado. Do incêndio, a polícia nunca revelou as causas, mas os bombeiros tiveram tremenda dificuldade em debelar o fogo e houve quem dissesse que isso tinha a ver com as “substâncias” que la estavam. Quando o fogo deflagrou, um das caras públicas que acorreu ao local foi o ministro Manuel Chang, das Finanças, pois era preciso consolar um “grande contribuinte”.
Há meses, antes desta grande relevação da Casa Branca, foi anunciado que MBS conseguiu que o Estado lhe trespassasse o recinto da Marinha de Guerra, que fica mesmo defronte ao Shopping na baixa de Maputo. Não houve hasta nem concurso público, e MBS conseguiu mexendo uns pequenos pauzinhos controlar uma valiosa porção de terra na baixa de Maputo.Tem sido assim em Moçambique.
A Lei de Procurement (54/2005) ainda não serviu para impor decência nos negócios do Estado e a gestão do solo urbano é feita sem critérios, servindo apenas para enriquecer figuras bem colocadas num país onde a Constituição estabelece que a terra é do povo. Agora, o Estado moçambicano deve agir para fazer justiça usando as leis nacionais. As autoridades judiciais moçambicanas devem urgentemente solicitar à Justiça americana as evidências que ela diz ter contra MBS e, a partir daí, tomar todas as medidas devidamente enquadradas no direito nacional e no direito internacional aplicável a Moçambique.
É uma questão de honra para todos os cidadãos moçambicanos. E é o mínimo que o Presidente Guebuza pode fazer para proteger a nossa dignidade.
@VERDADE – 02.06.2010
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/06/mbs-a-queda-da-m%C3%A1scara.html
Saturday 3 July 2010
DONO DO GRUPO MBS INDICIADO POR NARCOTRÁFICO
O Presidente do Grupo MBS, Mohamed Bachir Suleman, figura numa lista de cinco individualidades estrangeiras indiciadas pelos Estados Unidos da América de pertencerem aos barões da droga.
A informação vem contida numa carta do Presidente norte-americano, Barack Obama, apresentada aos membros de direcção e quadros seniores da Casa Branca e dos Comités do Senado das Forças Armadas e da Magistratura. Não foram apresentadas provas conhecidas sobre o assunto.
Entretanto, ao final da tarde de ontem, Mohamed Bachir Suleman convocou a Imprensa para desmentir o relatório americano, explicando que não tem e nunca teve qualquer ligação com o narcotráfico, que é um empresário de sucesso desde os nove anos e que, para melhor se elucidar, ainda ontem solicitou, com o conhecimento do Governo moçambicano, um encontro com o Embaixador dos EUA em Maputo, para exigir provas das acusações que lhe são imputadas.
“Convido as melhores polícias do mundo, como FBI e Interpol, a investigarem o assunto e verão que nunca estive envolvido em narcotráfico. Em circunstância alguma cheguei a ser interrogado ou abordado por qualquer entidade sobre tráfico de droga” – disse, sem deixar de parte a possibilidade de vir a pedir uma indemnização ao Governo americano, caso nada do que tem sido propalado seja provado.
O empresário é citado na carta de Barack Obama produzida no âmbito da secção 804, da lei de designação de barões da droga estrangeiros, como sendo o quinto da lista que incluiu Haji Agha Jan Alizai e Haji Bando, todos do Afeganistão, Ousmane Conte, da Guiné, e Sérgio Enrique Villarreal Barragan, do México, todos indiciados de narcotráfico.
A acção do Departamento do Tesouro dos EUA tem como alvo a rede de tráfico de narcóticos em Moçambique, com base na identificação de barões da droga realizada pelo Presidente Barack Obama. Com este caso, os EUA apontam que sobem para cinco os barões da droga no Continente Africano, estando os restantes na Nigéria e Guiné-Bissau.
No seguimento da identificação feita pelo Presidente Barack Obama a Mohamed Bachir Suleman, em conformidade com a lei de designação de barões da droga estrangeiros, o Departamento do Tesouro dos EUA aponta três empresas na sua rede de tráfico de narcóticos. Igualmente, em conformidade com a lei dos barões da droga, o gabinete de controlo de bens estrangeiros do departamento do tesouro designou o Grupo MBS Limitada, Grupo MBS – Kayum Centre e o Maputo Shopping Centre como traficantes de narcóticos, por serem empresas da sua propriedade ou estarem sob o seu controlo.
Assim, os EUA congelaram quaisquer bens que as três entidades possam possuir e que se encontrem sob jurisdição dos Estados Unidos e proíbe as entidades dos Estados Unidos de realizarem transacções financeiras ou comerciais com as mesmas.
Para os EUA, Moçambique está a tornar-se cada vez mais um país de trânsito para o envio de narcóticos e seus químicos precursores, servindo como ponto de transbordo de narcóticos como haxixe, marijuana, cocaína, heroína e mandrax (metaqualona), sendo a maior parte destas substancias consumidas na Europa e na África do Sul. Igualmente, de acordo com o relatório, uma combinação de fronteiras frágeis, agências de aplicação da lei com pouca formação e com falta de equipamento e um alto nível de corrupção dentro do Governo oferecem um ambiente facilitador para que os traficantes da droga operem em Moçambique.
Fonte: O Jornal de Notícias
TVCABOMOZ – 03.06.2010
A informação vem contida numa carta do Presidente norte-americano, Barack Obama, apresentada aos membros de direcção e quadros seniores da Casa Branca e dos Comités do Senado das Forças Armadas e da Magistratura. Não foram apresentadas provas conhecidas sobre o assunto.
Entretanto, ao final da tarde de ontem, Mohamed Bachir Suleman convocou a Imprensa para desmentir o relatório americano, explicando que não tem e nunca teve qualquer ligação com o narcotráfico, que é um empresário de sucesso desde os nove anos e que, para melhor se elucidar, ainda ontem solicitou, com o conhecimento do Governo moçambicano, um encontro com o Embaixador dos EUA em Maputo, para exigir provas das acusações que lhe são imputadas.
“Convido as melhores polícias do mundo, como FBI e Interpol, a investigarem o assunto e verão que nunca estive envolvido em narcotráfico. Em circunstância alguma cheguei a ser interrogado ou abordado por qualquer entidade sobre tráfico de droga” – disse, sem deixar de parte a possibilidade de vir a pedir uma indemnização ao Governo americano, caso nada do que tem sido propalado seja provado.
O empresário é citado na carta de Barack Obama produzida no âmbito da secção 804, da lei de designação de barões da droga estrangeiros, como sendo o quinto da lista que incluiu Haji Agha Jan Alizai e Haji Bando, todos do Afeganistão, Ousmane Conte, da Guiné, e Sérgio Enrique Villarreal Barragan, do México, todos indiciados de narcotráfico.
A acção do Departamento do Tesouro dos EUA tem como alvo a rede de tráfico de narcóticos em Moçambique, com base na identificação de barões da droga realizada pelo Presidente Barack Obama. Com este caso, os EUA apontam que sobem para cinco os barões da droga no Continente Africano, estando os restantes na Nigéria e Guiné-Bissau.
No seguimento da identificação feita pelo Presidente Barack Obama a Mohamed Bachir Suleman, em conformidade com a lei de designação de barões da droga estrangeiros, o Departamento do Tesouro dos EUA aponta três empresas na sua rede de tráfico de narcóticos. Igualmente, em conformidade com a lei dos barões da droga, o gabinete de controlo de bens estrangeiros do departamento do tesouro designou o Grupo MBS Limitada, Grupo MBS – Kayum Centre e o Maputo Shopping Centre como traficantes de narcóticos, por serem empresas da sua propriedade ou estarem sob o seu controlo.
Assim, os EUA congelaram quaisquer bens que as três entidades possam possuir e que se encontrem sob jurisdição dos Estados Unidos e proíbe as entidades dos Estados Unidos de realizarem transacções financeiras ou comerciais com as mesmas.
Para os EUA, Moçambique está a tornar-se cada vez mais um país de trânsito para o envio de narcóticos e seus químicos precursores, servindo como ponto de transbordo de narcóticos como haxixe, marijuana, cocaína, heroína e mandrax (metaqualona), sendo a maior parte destas substancias consumidas na Europa e na África do Sul. Igualmente, de acordo com o relatório, uma combinação de fronteiras frágeis, agências de aplicação da lei com pouca formação e com falta de equipamento e um alto nível de corrupção dentro do Governo oferecem um ambiente facilitador para que os traficantes da droga operem em Moçambique.
Fonte: O Jornal de Notícias
TVCABOMOZ – 03.06.2010
GRUPO MBS
GRUPO MBS é um conjunto de Empresas nas cidades de Nampula e Maputo, compreendendo Lojas de Comércio Geral.
Propriedade do sr. MOMADE BACHIR SULEMANE, iniciou a actividade formal de comércio em 1974, na cidade de Nampula. Em 1979 obteve a Licença para explorar o Hotel Nacala, em Nacala Porto, na mesma Província, tendo-o reabilitado totalmente e inaugurado em finais de 1980.
Em 1985 muda-se para Maputo para melhor facilidade de aquisição de géneros indispensáveis ao bom funcionamento do hotel, pois vivia-se numa época particularmente difícil neste aspecto e, para não ficar de mãos cruzadas, começou e explorar um pequeno estabelecimento comercial denominado MUNDO INFANTIL. Em 1990 adquiriu as instalações adjacentes a este estabelecimento, reabilitou-as e fundou os ARMAZÉNS VALI. Em 1994 adquiriu a ex-ROCHA & CERQUEIRA, no prédio Zambeze, instalações que se encontravam em condições lastimáveis estando os moradores de todo o prédio em vias de ser desalojado para dar lugar a uma reabilitação geral do edifício, mas, graças ao trabalho de limpeza (que durou mais de um mês) e reabilitação geral e profunda, com fundos próprios, que o sr. M.B.S. (Momade Bachir Sulemane) fez, isso não foi necessário. Nelas instalou a KAYUM CENTRE. Daí foi adquirindo outras instalações e criando mais empresas, até que, em 2000, decidiu que era chegado o momento em agrupá-las, para melhor gestão financeira e controle: e nasceu o Grupo MBS.
É importadora de bens de consumo, procurando fazê-lo de melhor qualidade aos melhores preços para que possam ser acessíveis à toda a população Moçambicana.
Compõem o Grupo MBS a KAYUM CENTRE, a KAYUM FERRA-GENS, KAYUM ELECTRONICS I e II, as ZAINABS I, IV, V, VI, VII (Nampula), o MAPUTO SHOPPING e o HIPER MAPUTO.
MILLENIUM BCP FECHA BALCÃO NO MAPUTO SHOPPING CENTER
Millenium bcp fecha balcão no centro do «barão da droga»
Banco detém um balcão do centro comercial do empresário Momade Bachir Sulemane, considerado um «barão da droga» pelos EUA
O Millennium bim, do grupo BCP, encerra esta quinta-feira o balcão no Maputo Shopping Center, centro comercial do empresário moçambicano Momade Bachir Sulemane, considerado um «barão da droga» pelos Estados Unidos.
Desta forma, o Millennium bim torna-se o terceiro banco a sair, sem, no entanto, ter dado uma justificação para esta retirada, escreve a Lusa.
Recentemente, o Banco Comercial de Investimento (BCI), instituição detida pela Caixa Geral de Depósitos, e o Barclays, com sede em Londres, também fecharam as agências naquele que é o maior centro comercial de Moçambique.
A decisão destas instituições financeiras surge depois de Momade Bachir Sulemane ter sido acusado pelo governo norte-americano de ser um «barão da droga», passando a fazer parte de uma lista de 700 alegados traficantes.
As autoridades norte-americanas decidiram congelar todos os bens que, eventualmente, Momade Bachir Sulemane possua naquele país e proibiram-no de realizar negócios com entidades e cidadãos norte-americanos.
No Maputo Shopping Center não existe qualquer empresa com capitais norte-americanos.
http://www.maputoshopping.co.mz/shoppingmbs.html
AGENDA FINANCEIRA 29-06-2010
Banco detém um balcão do centro comercial do empresário Momade Bachir Sulemane, considerado um «barão da droga» pelos EUA
O Millennium bim, do grupo BCP, encerra esta quinta-feira o balcão no Maputo Shopping Center, centro comercial do empresário moçambicano Momade Bachir Sulemane, considerado um «barão da droga» pelos Estados Unidos.
Desta forma, o Millennium bim torna-se o terceiro banco a sair, sem, no entanto, ter dado uma justificação para esta retirada, escreve a Lusa.
Recentemente, o Banco Comercial de Investimento (BCI), instituição detida pela Caixa Geral de Depósitos, e o Barclays, com sede em Londres, também fecharam as agências naquele que é o maior centro comercial de Moçambique.
A decisão destas instituições financeiras surge depois de Momade Bachir Sulemane ter sido acusado pelo governo norte-americano de ser um «barão da droga», passando a fazer parte de uma lista de 700 alegados traficantes.
As autoridades norte-americanas decidiram congelar todos os bens que, eventualmente, Momade Bachir Sulemane possua naquele país e proibiram-no de realizar negócios com entidades e cidadãos norte-americanos.
No Maputo Shopping Center não existe qualquer empresa com capitais norte-americanos.
http://www.maputoshopping.co.mz/shoppingmbs.html
AGENDA FINANCEIRA 29-06-2010
ANTÓNIO DE SOUSA: "EMPRESAS VÃO TER DE SE HABITUAR AO FIM DO CRÉDITO BARATO"
APB: «Empresas têm de se habituar ao fim do crédito barato»
António de Sousa, presidente da APB, alerta para que as empresas se preparem para tempos de crédito mais difícil
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), António de Sousa, alertou as empresas para que se preparem para tempos com crédito mais difícil e mais demorado, dizendo também que a baixa rentabilidade dos bancos portugueses os tornam presas das instituições estrangeiras.
«O que as empresas vão ter de se habituar é a que acabou o crédito fácil e barato. Não fazem sentidos aqueles spreads de 0,25 ou 0,35 por cento. Só são possíveis porque o mercado está distorcido», avisou António de Sousa, em entrevista à agência Lusa.
«Portanto essa situação de crédito fácil e barato vai desaparecer», frisou o responsável, prevendo que «as empresas vão ter de voltar àquilo que sempre existiu», quando o mercado era «normal» e antes de se ter tornado «irracional».
O presidente da APB defendeu assim a necessidade de as empresas portuguesas reforçarem capitais próprios, uma vez que têm, disse, «os níveis de capitalização mais baixos em todo o panorama europeu».
António de Sousa justificou as dificuldades dos bancos transferirem financiamento à economia real com o aumento do custo do dinheiro para as instituições financeiras, aliado às baixas taxas de juro, bem como ao aumento do crédito mal parado.
Pedir financiamento era situação «inevitável»
Ainda assim, o líder dos banqueiros desvalorizou o facto dos bancos portugueses serem dos que mais aproveitam o financiamento do Banco Central Europeu (BCE) para compensar a dificuldade em encontrar financiamento no mercado, afirmando que «era uma situação inevitável e que toda a gente conhecia».
«Fala-se muito de Portugal mas isso não é, neste momento, uma situação específica de Portugal. O montante que Portugal está a ir buscar ao BCE, em percentagem do produto interno bruto, é inferior aos de vários outros países. É uma situação que não é desejável, mas não é muito extraordinária», afirmou.
AGENDA FINANCEIRA 3-07-2010
António de Sousa, presidente da APB, alerta para que as empresas se preparem para tempos de crédito mais difícil
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), António de Sousa, alertou as empresas para que se preparem para tempos com crédito mais difícil e mais demorado, dizendo também que a baixa rentabilidade dos bancos portugueses os tornam presas das instituições estrangeiras.
«O que as empresas vão ter de se habituar é a que acabou o crédito fácil e barato. Não fazem sentidos aqueles spreads de 0,25 ou 0,35 por cento. Só são possíveis porque o mercado está distorcido», avisou António de Sousa, em entrevista à agência Lusa.
«Portanto essa situação de crédito fácil e barato vai desaparecer», frisou o responsável, prevendo que «as empresas vão ter de voltar àquilo que sempre existiu», quando o mercado era «normal» e antes de se ter tornado «irracional».
O presidente da APB defendeu assim a necessidade de as empresas portuguesas reforçarem capitais próprios, uma vez que têm, disse, «os níveis de capitalização mais baixos em todo o panorama europeu».
António de Sousa justificou as dificuldades dos bancos transferirem financiamento à economia real com o aumento do custo do dinheiro para as instituições financeiras, aliado às baixas taxas de juro, bem como ao aumento do crédito mal parado.
Pedir financiamento era situação «inevitável»
Ainda assim, o líder dos banqueiros desvalorizou o facto dos bancos portugueses serem dos que mais aproveitam o financiamento do Banco Central Europeu (BCE) para compensar a dificuldade em encontrar financiamento no mercado, afirmando que «era uma situação inevitável e que toda a gente conhecia».
«Fala-se muito de Portugal mas isso não é, neste momento, uma situação específica de Portugal. O montante que Portugal está a ir buscar ao BCE, em percentagem do produto interno bruto, é inferior aos de vários outros países. É uma situação que não é desejável, mas não é muito extraordinária», afirmou.
AGENDA FINANCEIRA 3-07-2010
ANTÓNIO DE SOUSA: É DIFÍCIL VENDER O BPN NESTE MOMENTO
António de Sousa: «É difícil vender o BPN neste momento»
Banco foi nacionalizado no final de 2008 e vai ser devolvido ao sector privado
A operação de venda do Banco Português de Negócios (BPN), nacionalizado no final de 2008 e que será devolvido ao sector privado, está a ser atrasada devido às dificuldades que o sector financeiro vive nesta altura, considerou António de Sousa.
«Vai ser difícil, neste momento, como os mercados estão, fazer a operação» de devolução do banco ao sector privado, que já foi anunciada pelo governo português, frisou em entrevista à agência Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB).
«Isso não implica que seja definido desde já o perímetro da privatização, bem como feitos todos os trabalhos preparatórios para a venda», defendeu.
No que toca ao Banco Privado Português (BPP), António de Sousa explicou as providências cautelares apresentadas na justiça, quer pela associação, quer por diversas instituições financeiras, que congelaram a activação do Sistema de Indemnização aos Investidores (SII) para compensar os clientes do banco fundado por João Rendeiro.
Casos não mancham imagem da banca portuguesa
«Consideramos que o sistema não foi feito para isso», afirmou, admitindo que a sua utilização para resolver os problemas dos clientes de retorno absoluto do BPP abriria «um precedente perigoso».
Ainda assim, questionado pela Lusa, o líder da APB afirmou que estes casos, bem como o do BCP, «não mancharam a imagem da banca portuguesa, nem em termos nacionais, nem internacionais».
AGENDA FINACEIRA 30-06-2010
Friday 2 July 2010
OBAMA QUER LEGALIZAR 11 MILHÕES DE IMIGRANTES
Publicado em 02 de Julho de 2010
Obama fala na Universidade Americana em Washington sobre a reforma da lei imigratória.
O presidente norte-americano Barack Obama propôs legalizar os mais de 11 milhões de imigrantes ilegais nos Estados Unidos, num discurso feito ontem na Universidade Americana em Washington. Obama defende que “os imigrantes sempre ajudaram a construir e defender este país” e que “ser americano não é uma questão de sangue ou nascimento, é um assunto de fé, de fidelidade aos ideais e valores que nos são queridos”. Aponta ainda que deportar os imigrantes ilegais é inviável, porque muitos estão já fixados no país há anos, ocupando postos de trabalho e com filhos nascidos nos Estados Unidos.
A lei pretendida por Obama vai impor regras para a legalização de imigrantes de uma forma adequada e condições para gerir uma maior entrada de pessoas num mais curto espaço de tempo. Os Estados Unidos vão assim ter maior mão-de-obra jovem e uma maior diversidade cultural, sem renunciar à protecção das fronteiras e à aplicação das leis, se necessário. “Há que pedir responsabilidades a quem entrou ilegalmente”, afirma Obama. “Têm de admitir que violaram a lei, registar-se, pagar impostos, aprender inglês”, acrescenta. O presidente americano pede responsabilidade também aos empresários que violam a lei “contratando e explorando trabalhadores sem documentação”.
A nova lei da imigração tem de ser aprovada primeiro pelos dois partidos. Os democratas não têm maioria para aprovar a lei no senado e a aprovação não é consensual dentro do partido, nem há uma resposta certa dentro do congresso. A promulgação depende de variantes como o número de votantes hispânicos ou a situação geográfica do distrito eleitoral, mas a variável principal é a influência cada vez maior de eleitorado de origem latina, que Obama pretende usar a seu favor.
Barack Obama teve em conta o debate provocado pela lei do Arizona que criminaliza os imigrantes ilegais. Não se pronunciando sobre quando vai reclamar inconstitucionalidade da lei, referiu que esta “pode violar os direitos de cidadãos norte-americanos e residentes legais, que podem ser sujeitos a interrogatórios e detenções com base no seu aspecto ou sotaque”.
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