Monday 9 August 2010

D. MANUEL II - CANAL HISTÓRIA - III PARTE

D. MANUEL II - CANAL HISTÓRIA - II PARTE

D. MANUEL II - CANAL HISTÓRIA - I PARTE

D. MANUEL II - O EXÍLIO

D. MANUEL II - O REI TRAÍDO - II PARTE

D. MANUEL II - O REI TRAÍDO - I PARTE

D. MANUEL II


Foto: Manifestação de estudantes em Lisboa de apoio a D. Manuel.


Sempre foram os nossos Reis muito populares entre o seu Povo.

Ainda hoje, utilizamos a expressão «Aqui d' El-Rei!», para clamar por Justiça!

El-Rei D. Manuel não fugia a essa regra. Era jovem, era moderado, era muito querido entre as pessoas da arraia «miúda» e entre os estudantes, sobretudo depois da carnificina de 1 de Fevereiro de 1908, que lhe levara o pai e o irmão, como se de animais de caça se tratassem!

Cumpriu sempre os seus deveres constitucionais de maneira estrita, de acordo com o juramento da Carta Constitucional que prestara no dia 6 de Maio de 1908.

Mesmo desde o exílio de Inglaterra, continuou a fazê-lo. Alguns exemplos:

Entre 3 e 5 de Outubro de 1910, aguardou, serena e constitucionalmente, até ao fim, por notícias do governo de Teixeira de Sousa, que não chegaram jamais;

No iate real «Amélia» onde embarcou na Ericeira para o exílio, entre as lágrimas dos pescadores e das peixeiras, ordenou seguir para o Porto, para prepara a resistência. O que não foi cumprido pelo republicano comandante do navio;

Em 1915 deixou em testamento todos os seus bens a Portugal, a sua «querida e amada pátria»;

Durante a Grande Guerra prestou a maior colaboração diplomática, com os governos da I.ª República. Ajudou, pessoalmente, muitos soldados Portugueses, destacados na frente de batalha;

Manifestou sempre aos seus inúmeros apoiantes portugueses, a ideia de que, mais importante de que a questão da Monarquia e da República, era mesmo Portugal e a sua permanência;

A sua estranha morte em 1932, deixou consternada a maior parte da Nação. Incluindo muitos republicanos que reconheciam ao Rei, todo o denodo na defesa intransigente da terra dos seus antepassados;

Há imagens do funeral que circulam no «youtube», que mostram milhares de pessoas do Povo (e não apenas representantes da «velha aristocracia», como a propaganda salazarista transmitiu!), nas ruas de Lisboa, a prestar a última e sentida homenagem, ao seu bom e amado Rei!

Faleceu o Rei com 41 anos. Obviamente, cedo demais.

REAL ASSOCIAÇÃO DO MÉDIO TEJO 9-08-2010

DUARTE LIMA SUSPEITO DA MORTE DE ROSALINA


O ex-líder parlamentar do PSD Duarte Lima está a ser investigado no Brasil pela morte de Rosalina da Silva Cardoso Ribeiro, de 74 anos, herdeira da fortuna de Lúcio Thomé Feteira.

Segundo o «Jornal de Notícias», as autoridades brasileiras vão extrair uma certidão do inquérito que já se desenrola para que seja também aberto um inquérito em Portugal, com o objectivo de interrogar o histórico social-democrata.

Em nota enviada ao JN e ao «Correio da Manhã», Duarte Lima confirma que esteve com Rosalina no dia da sua morte, a 7 de Dezembro de 2009, mas garante que só soube do seu desaparecimento quando já estava em Portugal.

«De imediato, e por iniciativa própria, enviei uma comunicação escrita às autoridades brasileiras, dando nota detalhada do encontro que a mesma tivera comigo, no sentido de as ajudar a reconstituir o último dia em que ela fora vista», escreveu.

Lúcio Thomé Feteira, um industrial de Vieira do Minho, emigrou para o Brasil e tornou-se um dos homens mais ricos do mundo. Quando morreu, há cerca de dez anos, deixou grande parte da sua fortuna (cerca de 35 milhões de euros) à sua secretária e alegada amante de décadas, Rosalina Ribeiro. Foi nessa altura que a portuguesa contactou Duarte Lima para se tornar seu advogado.

A 7 de Dezembro de 2009, a vítima saiu do prédio onde morava, na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, para ir ter com o ex-deputado do PSD. Levou consigo uma carteira e uma pasta com documentos.

Rosalina foi abatida com dois tiros à queima-roupa, um no peito e um na cabeça, e o seu corpo foi encontrado em Saquarema, na Região dos Lagos, ainda com as jóias, o dinheiro e os cartões, o que afastou a hipótese de assalto.

Como a pasta com os documentos desapareceu, o cadáver só foi identificado duas semanas depois.

As explicações que Duarte Lima prestou às autoridades brasileiras não convenceram os investigadores. O ex-líder parlamentar do PSD terá dito que esteve num bar com Rosalina, até que esta lhe pediu para a transportar para um local ermo, perto do local onde foi assassinada.

O advogado contou que a deixou com uma mulher loura por volta das 22h00. De acordo com as perícias médico-legais, a hora estimada da morte é 22h15.

No entanto, a polícia não acredita nesta versão, porque, segundo as pessoas mais próximas da herdeira, esta tinha muito medo de andar na rua, só gostava de sair acompanhada, contava todos os passos às amigas e anotava os encontros na agenda. Neste dia, nem as amigas foram informadas, nem estava nada na agenda.

PORTUGAL DIÁRIO 9-08-2010