Thursday, 19 August 2010

THE DUKE OF PARMA PASSED AWAY

His Royal Highness Duke Carlos Hugo of Parma and Piacenza, Prince of Bourbon-Parma passed away yesterday morning in Barcelona, aged 80. He was suffering of cancer since February 2008, and early this month was hospitalized after his health condition deteriorated.

Prince Hugues Xavier of Bourbon-Parma was born in Paris on 8 April 1930, the second of the six children of Prince Xavier (son of the last reigning Duke Roberto I of Parma and his second wife Duchess Maria Antonia, née Infanta of Portugal) and Princess Madeleine, née Countess of Bourbon-Busset. At the time his parents’ marriage was considered as morganatic, because Princess Madeleine wasn’t born into a Royal House; only in 1961 Duke Roberto II, Head of the Ducal House, recognized the marriage as dynastic and the succession rights of Xavier’s children.

Prince Xavier became in 1936 the main Carlist claimant to the Spanish Throne (being the others Infante Jaime, Duke of Segovia and Archduke Carl Pius of Austria) and leader of Carlism, a Spanish political movement, supportive of legitimism and traditionalism, whose aim is the establishment to the throne of a different line of the Spanish Royal Family (the descendants of Infante Carlos, younger brother of King Fernando VII); Carlism was traditionally supported by the political party Traditionalist Communion.

Prince Hugues Xavier attended during the 1950s the university firstly at the Sorbonne in Paris, where he studied Law, and at Oxford as a student of economics. During the same period he got involved in political activities at his father’s side; in particular during the 1960s he approached the Spanish Caudillo Francisco Franco with the aim of being appointed as successor of Franco (thus becoming King of Spain at the restoration of the Monarchy in Spain once Franco had died) instead of the other Spanish Dynasts, in particular Juan Carlos, Prince of Asturias, and Infante Jaime, Duke of Segovia. The negotiations turned out to be a double failure: on a side because Franco didn’t appoint Carlos Hugo as his heir, and on the other side because many Carlists disapproved the negotiations and ceased to support Carlism and the Bourbon-Parma claimants.

In 1963 a French Court allowed the Prince to officially change his name from Hugues Xavier to Charles Hugues (but the most used form was the Spanish Carlos Hugo). In the same year the same period he got engaged to Princess Irene of the Netherlands, the second daughter of Queen Juliana and Prince Bernhard and second in the line of succession to the Dutch throne. The engagement caused a constitutional crisis in the Netherlands: the secret conversion of Irene to Catholicism, the support of Irene to Carlism and the ties between her fiancé and General Franco – who had supported Nazi Germany during World War II – were highly criticized in the Netherlands, and the Dutch parliament refused to give its permission to the marriage – permission necessary to Irene for maintaining her rights to the throne. Nevertheless their marriage took place in Rome in the Borghese Chapel at the Basilica of Santa Maria Maggiore, on 29 April 1964, marked by the absence of all the members of Irene’s family and the Dutch authorities, as well as of the Head of Bourbon-Parma Family who disagreed with Xavier and Carlos’ political activities.

After the wedding the couple moved to Spain; they had four children: Prince Carlos, Prince of Piacenza and now Duke of Parma and Piacenza, born in 1970; Princess Margarita, Countess of Colorno, and Prince Jaime, Count of Bardi, twins born in 1972; and Princess Maria Carolina, Marchioness of Sala, born in 1974.

Carlos Hugo and Irene divorced in 1981.

In 1971 Prince Carlos Hugo founded a new Carlist Party; this party was very distant from the conservative and traditionalist views of Traditionalist Communion, because it supported leftist self-managed socialist politics. The establishment of this party lead to a deep rift inside Carlism, as many remained faithful to the traditional Carlist ideals and supportive towards Traditionalist Communion; even the Ducal family split, because Carlos Hugo’s mother, elder sister and brother refused his new party and considered it as a betrayal towards the true Carlist ideals, while his three younger sisters supported him; the position of Prince Xavier is unclear, since in the last days of his life he issued several contrasting declarations, once supporting the new Carlist Party, once supporting Comunion Tradicionalista.

The rift culminated in the Montejurra Incidents, on 9 may 1976, when during the annual Carlist Party meeting in Montejurra, attended by Carlos Hugo and Irene, far-right gunmen shot on the Carlist supporters, killing two of them; it is believed that the attack was organized with the help of Carlos Hugo’s brother and rival claimant Sixte-Henri.

In 1974, at the death of Duke Roberto II, Prince Xavier became Duke of Parma; the following year he abdicated as Carlist King of Spain in favor of Carlos Hugo. In 1977 Xavier died, and Carlos Hugo became also Duke of Parma and Piacenza. After Xavier’s death, Sixte Henri publicly claimed to be the Carlist successor of his father instead of Carlos Hugo and proclaimed himself Standard-bearer of Tradition.

In 1978-9 Carlos Hugo left politics; he resigned as head of the Carlist Party (and even ceased to be a member of the Party), publicly acknowledged Juan Carlos I as King of Spain and acquired Spanish citizenship.

He no longer asserted his Carlist claims until September 2003, when during a Carlist meeting in France announced that since that moment he and his children Carlos, Jaime and Maria Carolina would be known by their Carlist titles.

The remains of Duke Carlos Hugo will be moved to The Hague, Netherlands, on 20 August; there the Duke will lie in state for relatives and friends in the Fagel Dome, in the estate of Noordeinde Palace; then on 23 his remains will be brought to Piacenza, where they will lie in state in the church of Santa Maria di Campagna, and the following day they’ll be moved to Parma, where the funeral will be celebrated at the Sanctuary of Santa Maria della Steccata on 28 August; the Duke will be buried in the crypt of the sanctuary.


THE ROYAL FORUMS 19-08-2010

OLÍMPIA DIZ QUE TODOS ESTÃO A PAR DA TRANSFERÊNCIA

Olímpia diz que todos estão a par de transferência

Herdeiros de Tomé Feteira "todos no mesmo barco”

A filha do empresário de Vieira de Leiria, Olímpia Feteira, disse esta quinta-feira que brevemente será decidida a forma de agir para reaver o dinheiro, os mais de seis milhões de euros que estarão na conta de Duarte Lima. Anteriormente, já tinha admitido que vai interpor uma queixa contra o advogado de Rosalina Ribeiro.

"Todos os herdeiros estão a par da situação. Quando o Departamento de Investigação e Acção Penal nos informou do assunto [transferências da Suíça para contas de Duarte Lima], tudo foi comunicado aos herdeiros. Estamos todos no mesmo barco", disse, citada pela agência Lusa.

Olímpia Feteira garante que os herdeiros não encontram explicação para as transferências de mais de seis milhões de euros das contas do seu pai para as do advogado Duarte Lima e quer reaver o dinheiro.

"Nenhum dos herdeiros consegue encontrar explicação nenhuma para esta transferência de tanto dinheiro. É impossível, entre o falecimento do meu pai e as datas em que começaram as transferências, ele [Duarte Lima] receber tanto dinheiro em honorários", disse Olímpia à agência Lusa.

As transferências de mais de seis milhões de euros, segundo Olímpia Feteira, foram feitas por Rosalina Ribeiro, a antiga secretária e companheira do milionário Tomé Feteira, morta no Brasil a 7 de Dezembro e cujo assassínio ainda está por esclarecer.

Olímpia Feteira Menezes interpôs, em 2002, um processo-crime contra Rosalina Ribeiro por burla, abuso de confiança e falsificação de documentos que acabou por ser arquivado depois da morte desta.

"Houve um grande desvio de dinheiro, agora sabemos onde ele está, claro que tenho de actuar porque aquele dinheiro era do meu pai", disse Olímpia Feteira. Olímpia Feteira refere que, enquanto cabeça de casal da avultada herança do pai, tem obrigação de recuperar o dinheiro para ser distribuído por mais de 20 herdeiros do multimilionário.

CORREIO DA MANHÃ 19-08-2010

BRASIL PASSA A OITAVA ECONOMIA MUNDIAL

Economia

O Brasil ultrapassou a Espanha e o Canadá, passando a ser a oitava maior economia do mundo.


(Veja a lista das 10 maiores economias no final do texto)

O Brasil regista um PIB de 1,797 biliões de dólares

A economia brasileira ultrapassou durante o período de crise o Canadá e a Espanha e passou a ser a oitava maior economia mundial, relegando a Espanha para nona maior economia, diz hoje o jornal espanhol Expansión.

De acordo com o jornal espanhol, comparando o crescimento das dez maiores economias nos períodos entre segundo trimestre de 2006 ao primeiro de 2007 e do segundo trimestre de 2009 ao primeiro de 2010, a Espanha perde a oitava posição para o Brasil e passa a nona maior economia do mundo (comparando apenas o seu Produto Interno Bruto nestes períodos).

A economia brasileira ultrapassa ainda a canadiana, que passa a ser a décima maior economia (apesar de integrar oficialmente o G7).

China na sub-liderança

Destaque ainda para a China, que passa a ocupar o segundo lugar no 'Top Ten' das 10 maiores economias, relegando o Japão para terceiro lugar.

No conjunto das dez maiores economias, apenas duas registam um PIB inferior em 2010 ao que haviam registado no final do primeiro trimestre de 2007, sendo a maior queda a do Reino Unido, seguindo-se então a economia italiana.

Em primeiro lugar continua os Estados Unidos, com um PIB que é mais de o dobro registado pela China (segundo) e do Japão (terceiro), sendo inclusivamente maior que estas duas juntas.

Segue-se Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Brasil, Espanha e Canadá.

Dez maiores economias (PIB em biliões de dólares):1. EUA.....14,217 2. China.....5,220 3. Japão.....5,118 4. Alemanha.....3,415 5. França.....2,666 6. Itália.....2,089 7. Reino Unido.....2,0668. Brasil.....1,797 9. Espanha.....1,464 10. Canadá.....1,347


EXPRESSO 18-08-2010

TOURO SALTA PARA A BANCADA E FERE QUARENTA PESSOAS



Um touro saltou da arena para a bancada e feriu cerca de 40 pessoas, ontem, em Navarra, no norte de Espanha. Dezoito pessoas conseguiram fugir da bancada e as outras apenas sofreram algumas contusões. Os casos mais preocupantes são o de um menino de 10 anos que foi hospitalizado e o de um homem que levou uma cornada. No entanto, nenhum corre risco de vida. O touro foi dominado pelos funcionários da arena, depois de 15 minutos de pânico na plateia, e abatido logo de seguida.

por Mariana Pinheiro, Publicado em 19 de Agosto de 2010

I ONLINE

ENCONTRO FATAL MARCADO POR LIMA


Rio de Janeiro: Polícia tem novos depoimentos

Encontro fatal marcado por Lima

Amigas de Rosalina desmentem advogado. Dizem que foi ele quem mandou a vítima ir ter com desconhecido.

Rosalina Ribeiro pode ter ido ao encontro de um desconhecido quando saiu sozinha de casa, no Rio de Janeiro, na noite de 7 de Dezembro de 2009, duas horas antes de ser executada com dois tiros, em vez de se ter ido encontrar com o seu advogado, Duarte Lima – ao contrário do que este disse à polícia brasileira. E segundo testemunhas foi mesmo o ex-deputado português quem marcou o encontro fatal, não o contrário. O advogado diz que foi ao Brasil a pedido da sua cliente, que se reuniu com ela num café e a deixou a seu pedido junto de uma mulher, em Maricá, a 90 quilómetros do Rio – onde o corpo da vítima foi depois encontrado. Mas duas amigas de Rosalina dizem à polícia que o advogado marcou encontro entre Rosalina e um desconhecido. Duas horas depois foi assassinada.

Nos depoimentos prestados na Divisão de Homicídios do Rio, as mulheres, cujas identidades estão a ser mantidas em sigilo, contaram que Rosalina lhes ligou na tarde desse dia a partilhar com elas toda a sua apreensão perante tal facto. Segundo as testemunhas, Rosalina afirmou que Duarte Lima, representante em Portugal dos seus interesses na herança do milionário Tomé Feteira, lhe ligara a dizer que ela teria de se encontrar nessa noite com uma pessoa desconhecida, da qual não podia sequer dizer o nome, pois suspeitava que os telefones estavam sob escuta.

Nos contactos com as amigas, o último três horas e meia antes de deixar o edifício onde morava, Rosalina ter-se-á mostrado bastante preocupada com esse encontro. Por uma questão de segurança, adiantou que ia levar a pessoa para um restaurante próximo, para que não ficassem sozinhos. As câmaras de segurança do elevador do edifício onde vivia mostram-na com uma expressão bastante tensa ao deixar o imóvel. Rosalina, que sempre tivera medo da violência do Rio, saiu do prédio e caminhou em direcção ao escuro, até desaparecer da imagem da câmara externa do prédio. Duas horas depois, segundo perícias médico-legais, foi assassinada com um tiro na testa e outro no peito.O corpo, com jóias mas sem identificação e sem a pasta cheia de documentos com que saíra de casa, foi encontrado no dia seguinte perto de Maricá, a 90 km. Num fax à polícia do Rio, Duarte Lima diz que foi buscar Rosalina a casa, a pedido desta, e que, após conversarem num café, a deixou em Maricá com uma mulher chamada Gisele, que a polícia desconhece. As duas amigas da vítima têm outra versão.

RECEBIA PENSÃO DE 13 MIL EUROS POR ANO

Rosalina Ribeiro, que era acusada por Olímpia Feteira de se ter apropriado de forma indevida de parte da herança do pai, o milionário Tomé Feteira, falecido em 2000, recebia uma pensão da Segurança Social que no ano passado totalizou os 13 mil euros. Segundo o Correio da Manhã conseguiu apurar, esse montante refere-se aos serviços prestados por Rosalina Ribeiro enquanto funcionária das empresas geridas pelo milionário português. Perante tal montante, que corresponde a um valor mensal de pouco mais de 1000 euros, Rosalina Ribeiro deveria auferir um ordenado sujeito a descontos acima dos 1700 euros.

Mas os rendimentos de Rosalina Ribeiro não se ficam por aqui. A companheira e secretária de 32 anos de Tomé Feteira recebeu ainda, no decorrer do ano passado, aproximadamente 20 mil euros, dinheiro este resultante das casas que mantinha arrendadas em dois edifícios em zonas nobres de Lisboa. Assim, ao todo, e tendo em conta a pensão da Segurança Social e os valores dos arrendamentos dos imóveis, Rosalina Ribeiro recebia, todos os anos, cerca de 33 mil euros – enquanto esperava pela sua parte na herança milionária de Feteira.

O CM sabe ainda que Rosalina teve, em 2005, problemas com o Ministério das Finanças. Foi alvo de uma acção fiscal, mas conseguiu regularizá-la antes que esta fosse executada.

Com a disputa da avultada herança deixada por Tomé Feteira, em que Rosalina é acusada do desvio de verbas, familiares do falecido milionário tentaram arrestar alguns dos bens imóveis de Rosalina Ribeiro. Esta intenção não mereceu, no entanto, a concordância dos tribunais portugueses. Alguns dos imóveis que eram propriedade de Rosalina Ribeiro, morta em Dezembro passado, no Rio de Janeiro, já estão mesmo em nome de alguns dos seus herdeiros, nomeadamente um dos seus sobrinhos.

17 Agosto 2010

Por:Domingos Grilo Serrinha/João Tavares/M.A.G./S.T.

CORREIO DA MANHÃ

ASSASSINO PASSOU À PORTA DA POLÍCIA

Rio de Janeiro

Investigadores acreditam em execução por encomenda. Reconstituem percurso de Rosalina no carro do homicida e dizem que este conhece bem a zona.

A polícia acredita que o homicida de Rosalina Ribeiro, que executou a mulher de 74 anos com dois tiros de calibre 38, um na testa e outro no peito, não teria ligação directa à vítima. Foi contratado para este serviço e encontrá-lo é uma das chaves para chegar ao mandante. Depois de a portuguesa ter sido atraída ao seu encontro, possivelmente em Maricá, a 90 quilómetros do Rio de Janeiro, o assassino levou-a de carro pela Rodovia 118, na direcção de Saquarema, e terá passado por um posto policial próximo do local onde o cadáver foi encontrado na manhã seguinte, em 8 de Dezembro do ano passado.

O advogado Duarte Lima, que representava os seus interesses na herança do milionário Lúcio Tomé Feteira – de quem a vítima foi secretária e amante ao longo de 32 anos – garante que na noite do crime a deixou num hotel em Maricá, onde Rosalina ficou de se encontrar com uma mulher chamada Gisele. Diz que não chegou a ver esta mulher – e a polícia não sabe quem é ou sequer se ela existe. Mas, entretanto, chegou à polícia uma versão contrária, de duas amigas de Rosalina, segundo as quais foi Duarte Lima quem enviou a cliente ao encontrou de um homem desconhecido.

Rosalina saíra à pressa do prédio onde morava, no bairro do Flamengo, Rio de Janeiro, às 19h59 de dia 7. Segundo Duarte Lima, tomaram café, conversaram e ele limitou-se a dar-lhe boleia até Maricá. E depois, segundo a polícia, há duas hipóteses do caminho traçado para a morte da portuguesa: o que segue directamente para o distrito de Ponta Negra (Maricá), e de lá segue para a esquerda até Jaconé; e outro, que passa pelo Posto Rodoviário no alto da Serra de Mato Grosso, seguindo até à entrada do bairro de Sampaio Corrêa, e desce a via litoral, até Jaconé, para Saquarema. A vítima foi encontrada na Rodovia 118, a seguir ao posto da polícia, num local deserto, principalmente à tarde e noite, quando não há movimento de veículos.

Ainda segundo a polícia, o homicida seguramente conhecia bem a região, pois procurou um antigo ‘cemitério’ de carros desmantelados. Nenhum objecto pessoal foi levado, só uma pasta com uma procuração falsificada para a venda de terrenos na zona de Maricá de Tomé Feteira. Segundo o promotor público da 2ª Vara Criminal de Saquarema, Dr. Leonardo Canônico Neto, já há suspeitos no processo.

FAMÍLIA QUER OS 5 MILHÕES

Os herdeiros de Lúcio Tomé Feteira, nomeadamente a filha, Olímpia Feteira de Menezes, não vão desistir de recuperar os cinco milhões de euros que consideram ter sido retirados ilegalmente das contas, na Suíça, por Rosalina Ribeiro – que viveu uma relação extraconjugal com o milionário durante 32 anos – e depositados nas contas do Duarte Lima. Ao que o CM apurou, os advogados – um deles será José Miguel Júdice – e os herdeiros estão a avaliar as possibilidades jurídicas de reaver aqueles milhões. " Temos provas claras, documentos, em como as transferências foram feitas para o advogado de Rosalina, Duarte Lima, e não há fundamento para continuar nas suas contas, uma vez que é da herança", afirmou ao CM a filha do milionário, sublinhando que a secretária Rosalina não podia movimentar aquelas contas.

O CM sabe que até hoje Duarte Lima não terá sido questionado informalmente nem oficialmente por causa desse dinheiro.

Até porque o processo que corria no DIAP contra Rosalina Ribeiro por abuso de confiança e desvio de cerca de 9 milhões de euros das contas de Lúcio Tomé Feteira encerrou quando esta faleceu. Ou seja, o eventual crime cessou por falecimento da suspeita. Por encontrar estão ainda mais de três milhões de euros que também terão sido transferidos ou usados para pagar ao advogado brasileiro Normando Ventura. Segundo o processo, as transferências para a conta de Duarte Lima começaram apenas dois meses depois da morte do milionário.

Por:Paulo Celestino, em Maricá/S.T.

CORREIO DA MANHÃ 18-08-2010

Wednesday, 18 August 2010

PROFESSORA CASTIGADA POR CHUMBAR MAIS DE METADE DOS ALUNOS

Ensino superior




Professora castigada por reprovar mais de metade dos alunos



Regência de duas disciplinas foi retirada a docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa

Elvira Gaspar está convencida de que, se usasse critérios de avaliação menos exigentes não estaria agora a travar uma batalha no Departamento de Química. Nos últimos três anos, a professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Elvira Gaspar, foi regente das cadeiras de Técnicas de Laboratório e Segurança para as turmas do 1.o ano das licenciaturas de Química Aplicada e de Engenharia Química e Bioquímica. Mas, neste ano lectivo, que arranca a 15 de Setembro, o Departamento de Química retirou-lhe a regência das duas disciplinas. Motivo: mais de metade dos seus alunos chumbou nos exames finais.

A decisão chegou a 19 de Julho por carta dirigida a Elvira Gaspar. No despacho, assinado pela presidente do Departamento de Química, Isabel Moura, as razões para despromover a professora são claras: na sequência de "um aumento súbito do insucesso escolar", o conselho de Departamento de Química "aconselhava uma mudança, ainda que temporária, da atribuição da responsabilidade da disciplina".

A professora da Universidade Nova de Lisboa foi apanhada desprevenida. A distribuição do serviço docente já tinha sido feita em Maio e Elvira Gaspar manteve a regência das cadeiras para o ano lectivo de 2010/11. "A nova decisão surgiu em Julho, já fora do prazo legal, atribuindo-me a responsabilidade exclusiva pelas notas dos alunos", conta a docente.

Uma responsabilidade que garante não ser só da sua competência, já que a avaliação prática dos estudantes nas suas disciplinas foi repartida também com mais outros três docentes: "Institui como norma que os conhecimentos práticos da disciplina têm de ser avaliados por todos os docentes envolvidos, quatro neste ano lectivo. A cada um de nós cabe aferir os conhecimentos dos alunos que pertencem às turmas de outros colegas. É o método que uso para garantir a imparcialidade." Elvira Gaspar acusa agora o Departamento de Química de a sancionar sem sequer ouvir o que teria a dizer em sua defesa: "Se tivesse tido a oportunidade de contestar essa decisão, teria dito, por exemplo, que para mim, um aluno só merece 10 valores se adquiriu as competências mínimas nas vertentes teóricas e práticas da disciplina." Caso contrário, a reprovação é o único caminho, avisa a professora.

Na Faculdade de Ciências e Tecnologias, todos os professores a quem lhes são atribuídas as regências das disciplinas têm "autonomia" para decidir quais os critérios de avaliação a aplicar nas suas cadeiras, explica Elvira Gaspar. E a professora estabeleceu as suas próprias regras. Para os alunos dos cursos de Química Aplicada e de Engenharia Química e Bioquímica concluírem a disciplina de Técnicas de Laboratório e Segurança é preciso ultrapassar três momentos de avaliação.

O primeiro crivo surge com um teste teórico sem aviso prévio mas só faz quem quer. Os que obtêm nota igual ou superior a 12 valores ficam dispensados do exame teórico. Todos sem excepção têm, no entanto, de passar pela prova final que avalia a componente prática da disciplina. E só os que obtiverem classificação superior a 9,5 valores poderão ser submetidos à prova teórica. Para quem teve nota negativa, o caminho chega ao fim: "Não faz sentido sujeitar os estudantes que reprovaram nos testes práticos aos exames teóricos, uma vez que a passagem da disciplina resulta da média conquistada nessas duas vertentes."

No ano lectivo anterior, dos 53 alunos de Química Aplicada, 16 concluíram a disciplina. No caso dos estudantes de Engenharia Química e Bioquímica, os resultados são igualmente desanimadores: 28, entre 90 alunos inscritos, fizeram a cadeira (ver infografia). Elvira Gaspar diz que se tivesse usado outros critérios não estaria agora a travar esta batalha. "Como a faculdade não tem regras universais para avaliar os alunos, a exigência é um valor que depende apenas da vontade dos professores."

Não há normas e "ninguém avalia a eficácia dos parâmetros usados pelos regentes: "Se quisesse poderia até instituir como critério de avaliação a realização de um trabalho final." Tudo seria mais simples - desabafa a professora -, assegurando que essa solução até proporcionar-lhe-ia mais tempo para se dedicar à investigação científica. Como resposta a uma "sanção aplicada sumariamente" Elvira Gaspar solicitou ao director da Faculdade de Ciências e Tecnologia uma licença sabática para se dedicar ao projecto de investigação que está a desenvolver: "Esse pedido, decorrente da aplicação da sanção, já foi feito fora de prazo, tal como aconteceu com a decisão de me retirarem a regência das cadeiras."

O i tentou contactar a presidente do Departamento de Química, Isabel Moura, e ainda o subdirector do Conselho Científico da Faculdade de Ciências e Tecnologia, José Legatheaux Martins. Os dois órgãos são os principais responsáveis pela distribuição do serviço docente, mas não foi possível obter qualquer esclarecimento por ambos estarem de férias. O director da faculdade Fernando Santana também está de férias, mas fonte próxima prometeu uma resposta "o mais breve possível", que contudo não chegou até ao fecho desta edição.

I ONLINE

por Kátia Catulo , Publicado em 18 de Agosto de 2010

TRIBUNAL SEM VERBA PARA CUMPRIR SENTENÇA

Sociedade
Mais de 86 mil euros desviados por ex-coordenadora da Judiciária em caso de drogas. Arguido foi ilibado, mas o dinheiro apreendido e que agora tem que ser devolvido não existe no processo.
O dinheiro desapareceu do cofre do gabinete da coordenadora do combate à droga da PJ.

O caso é absolutamente inédito nos tribunais portugueses e levanta problemas que nem a lei ou os códigos processuais conseguem resolver. Trata-se dos mais de 86 mil euros que, em finais de 2006, foram desviados pela inspectora da Polícia Judiciária (PJ) que coordenava as investigações sobre tráfico de drogas, verba que desapareceu do processo e o tribunal não sabe agora como suprir.

O problema coloca-se porque o arguido a quem esses montantes foram apreendidos acabou por ser ilibado. O acórdão, da 3.ª Vara Criminal de Lisboa, manda que lhe sejam devolvidas as verbas apreendidas pela Judiciária durante a investigação, mas é o próprio tribunal que não pode dar cumprimento à decisão, já que não tem, nem nunca teve, esse dinheiro. É que, embora do processo constem as actas da operação da PJ referindo a apreensão de dezenas de quilos de cocaína e de cerca de 150 mil euros em notas, o facto é que nem todo este montante acabou por chegar ao processo.

A sentença transitou em julgado no início de Outubro e ao arguido em causa deveria ser devolvido um total de 100.625 euros, resultante dos montantes que a PJ tinha encontrado nos cofres da sua residência e da casa do seu sogro na noite da operação. Após vários requerimentos, o tribunal acabou por lhe entregar apenas 14.140 euros, ou seja, todo o dinheiro que estava depositado à ordem do processo. Foi fazendo as contas e procurando nas notícias sobre a detenção e o julgamento da antiga coordenadora da Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE) que concluiu corresponderem os 86.485 euros em falta a um dos desvios de que foi acusada aquela inspectora da Judiciária.

No âmbito de um processo interno, a coordenadora da DCITE foi detida em 25 de Julho de 2007 pelos próprios colegas do departamento de combate à corrupção. Depois de ter passado algum tempo em prisão preventiva, acabou por ser julgada e condenada por crimes de peculato. A pena de sete anos e meio de prisão não se tornou ainda efectiva, já que está ainda pendente um recurso da sentença no Tribunal da Relação de Lisboa.

Segundo a investigação interna da PJ, corroborada pela acusação, a inspectora terá desviado um total de cerca de 94 mil euros, na sequência de três operações de apreensão de drogas levada a cabo pelas suas equipas operacionais. Na primeira foram retirados 600 euros, na segunda cerca de sete mil e na terceira mais de 86 mil. É esta última verba que corresponde à operação que deu origem ao processo da 3.ª Vara Criminal de Lisboa. A acção dos homens da PJ decorreu numa madrugada de sábado, em Novembro de 2006, tendo a droga e os valores apreendidos sido guardados no cofre existente no gabinete da inspectora que então coordenava a DCITE. A falta dos mais de 86 mil euros foi constatada na segunda-feira seguinte, quando os agentes procediam ao depósito do resultado da operação, na secretaria central da PJ, tendo sido entregue apenas a verba restante.

Perante a impossibilidade do tribunal em dar cumprimento à própria sentença, o arguido optou por expor o caso ao ministro da Justiça, presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, bastonário da Ordem dos Advogados e director da Polícia Judiciária, dos quais não obteve ainda resposta. A alternativa será avançar com um processo de execução contra o Estado, ponderando penhorar os carros e o mobiliário afectos ao gabinete do ministro da Justiça.

18.08.2010 - 07:58 Por José Augusto Moreira

CORREIO DA MANHÃ