Thursday 5 August 2010

ENTREVISTA COM JOSÉ FARINHA

Entrevista: José Farinha

"Nem me cobrou direitos de autor”

José Farinha estreia-se no cinema com ‘O Inimigo sem Rosto’, filme sobre a corrupção em Portugal baseado no livro de Maria José Morgado.

CORREIO DA MANHÃ 4-08-2010

Correio da Manhã – Como surgiu a ideia de adaptar ‘O Inimigo sem Rosto’, livro da procuradora-geral--adjunta Maria José Morgado?

José Farinha – Tinha visto um artigo sobre o livro e fiquei curioso em lê-lo e perceber se poderia fazer um filme sobre corrupção.

– O tema interessava-lhe?

– Sim. Quis mostrar as dúvidas que surgiam àqueles polícias [da Judiciária] que buscam a verdade no crime de fraude fiscal. A Justiça continua com vontade de investigar novos casos e apurar a verdade. A democracia portuguesa está podre mas devemos sempre exigir a verdade.

– Qual é a trama do filme?

– É a história de três indivíduos – o ‘Feiticeiro’ (José Wallenstein), o ‘Albatroz’ (António Melo) e o ‘Turbo’ (Paulo Nery) – que têm como negócio-base o contrabando de tabaco. A partir daí lavam dinheiro em offshores e transformam-no em outros negócios legais.

– O filme também tem um lado sentimental.

– Eles gostam sempre de ter alguém a quem contar os seus feitos e, muitas vezes, são as prostitutas que lhes servem de porto de abrigo em vez da família.

– As prostitutas [São José Correia e Maria João Bastos] têm muito poder sobre os vilões...

– Quem manda são as mulheres. É assim desde sempre.

– ‘O Inimigo sem Rosto’ ficou pronto em 2006. Porquê a estreia só agora?

– Foi rodado no fim de 2005, antes de ‘Corrupção’ ou ‘Call Girl’, que também abordam estes temas. O atraso deve-se a burocracias e à dificuldade em arranjar distribuidora. A Lei do Cinema devia obrigar as distribuidoras e salas a exibirem uma quota de cinema português.

– Qual foi a reacção de Maria José Morgado ao seu filme?

– Desde o primeiro contacto, há cinco anos, que gostou da ideia. E nem me cobrou direitos de autor pela adaptação do livro!... Imagino que tenha gostado já que a luta contra a corrupção é um tema que lhe é tão caro...

BURLA NO SERVIÇO DO TELEFONE


DECO PROTESTE NEWSLETTER 4-08-2010

Após a nossa intervenção, a TMN devolveu débitos e barrou serviço no telemóvel de Nuno Arcadinho.


A co-responsabilização dos operadores de telecomunicações e dos prestadores foi uma das vitórias com a lei para os serviços por mensagens de telemóvel, em Maio de 2009, após a nossa denúncia em Novembro de 2008.

A lei fixou a fiscalização, pela Anacom, Autoridade Nacional de Comunicações, e Direcção-geral do Consumidor. Mas um ano depois, em Maio último, já contabilizávamos quase 3 mil queixas sobre os serviços de valor acrescentado, baseados no envio de mensagens. As empresas servem-se de concursos, questionários e vales de compras, anunciados na Net, e usam marcas conhecidas.

Ao enviar uma mensagem, o consumidor subscreve automaticamente o serviço e não é informado das condições. Em muitos casos, a operadora recusa responsabilidades.

Barramento evita débitos

Quando começou a receber SMS da Movilisto, Nuno Arcadinho, 28 anos, pagava por cada uma que abria. Este formador de Lisboa assegura não ter activado o serviço, mas continuou a pagá-lo, e a TMN nada fazia para resolver o problema.

Em Marco último, pediu a nossa ajuda para exigir o reembolso. Contactamos a Movilisto e a TMN. Só esta operadora deu uma resposta positiva: devolveu cerca de € 30 e barrou o acesso ao número de Nuno. Mas nem todos os lesados beneficiam de um final feliz.

O Governo deve introduzir na lei o barramento automático ou por defeito dos Serviços de Valor Acrescentado. Para não receber estas mensagens, inscreva-se na lista nacional de não recepção de comunicações publicitárias, em www.consumidor.pt.

O INIMIGO SEM ROSTO

Um Feiticeiro, um Albatroz e um Turbo. Nomes de código adoptados por necessidade e por «panache». Reúnem-se sempre à volta da mesa para tratar "de coisas sérias" - o contrabando de tabaco e as suas fases do "planeamento estratégico", desde o descarregamento até à entrega ao cliente. Para chegar ao lucro fácil subornam tudo e todos: agentes policiais, autarcas (presidentes de câmara e vereadores) e políticos de carreira. Contratam consultores financeiros e contabilistas para "limpar as contas". Por fim "lavam" as avultadas quantias em novos negócios através de empresas "off-shore".

Filme de José Farinha inspirado na obra literária e nas personagens do polémico livro "O Inimigo Sem Rosto - Fraude e Corrupção em Portugal" de Maria José Morgado, Procuradora Geral-Adjunta, e do jornalista José Vegar.

Data de Estreia: Quinta, 05 de Agosto de 2010

Ano: 2009

Duração: 85 min.

Países: Portugal

Género: Drama

Cores

Classificação: M/16

Actores

António Vitorino D'Almeida
São José Correia
Filipe Ferrer
Paulo Nery
Maria João Bastos
António Melo
José Wallenstein

Realizador:José Farinha

Distribuidor:Bosque Secreto

GOVERNO NÃO VAI DAR 300 MILHÕES À TAP


Paulo Campos

Governo não vai dar 300 milhões de euros à TAP

Económico com Lusa
05/08/10 13:48


O Executivo não tem em curso, "de momento", qualquer operação para entregar à TAP os 297,5 milhões que a empresa diz precisar.

"Neste momento não existe nenhuma operação de aumento de capital da TAP em curso para poder sanar essa situação", disse Paulo Campos, sublinhando que as necessidades de financiamento da transportadora aérea nacional são já conhecidas há vários meses.

"Essa situação [necessidade de mais capitais] vem expressa já em vários relatórios de contas relativamente à necessidade de a companhia aérea reforçar os seus capitais próprios", salientou.

A recapitalização de que a TAP precisa pode ser feita através de "vários mecanismos e deve ser analisada e vista tendo em conta esses mecanismos".

Questionado sobre se o Governo tem preferência por algum modelo em concreto, Paulo Campos respondeu que "o Governo não tomou ainda qualquer decisão sobre esse contexto" e salientou sempre ter dito que "a recapitalização não é privatização".

De resto, o governante lembrou as obrigações comunitárias, que proíbem financiamentos às empresas públicas como forma de garantir a concorrência no espaço comunitário.

"Sempre disse que a recapitalização era uma matéria que estava a ser estudada tendo em conta, nomeadamente, as obrigações comunitárias que temos", concluiu o governante, em declarações à agência Lusa.

O jornal i escreve hoje, citando o relatório e contas de 2009 da empresa, que, "face ao montante negativo do resultado líquido no final do exercício [...], o conselho de administração irá propor, para sua cobertura, a entrada de dinheiro no montante de 297,5 milhões de euros".

A TAP fechou o ano de 2009 com um resultado negativo de 289,8 milhões de euros nos capitais próprios, o que representa um agravamento face aos 234,5 milhões de euros registados no final do ano anterior.

MILIONÁRIOS AMERICANOS DOAM 50% DAS FORTUNAS PARA INSTITUIÇÕES DE CARIDADE

Economia

Milionários: quanto dão para caridade?

Campanha foi iniciada por Warren Buffet e pelo fundador da Microsoft, Bill Gates

É mais uma acção de caridade em tempos de crise. 38 milionários americanos vão doar, pelo menos, 50 por cento das suas fortunas a instituições de caridade como parte de uma campanha iniciada pelo investidor Warren Buffet e o fundador da Mirosoft, Bill Gates.

Esta campanha inclui ainda o fundador da CNN, Ted Turner e o apresentador de televisão Barry Diller.

Esta doação, refere a notícia no site da «BBC», faz parte de uma «acção moral» e não de um «contrato legal».

AGENDA FINANCEIRA 5-08-2010

Wednesday 4 August 2010

UM FILME SOBRE A CORRUPÇÃO


Estreias da Semana: 'O Inimigo Sem Rosto'

31-07-2010

VIDAS - CORREIO DA MANHÃ

Maria João Bastos de plumas, ora loura, ora morena; São José Correia de caracóis negros e ligas ‘à matadora'. ‘O Inimigo sem Rosto' não é um filme sobre mulheres mas mostra bem o poder que elas têm sobre os homens. Que aqui comandam a acção, com recurso aos mais escusos estratagemas para multiplicar dinheiro em ‘offshores', subtraindo ao Estado. O filme, já se vê, vive de ilegalidades. A partir da obra homónima - da procuradora-geral adjunta Maria José Morgado e do jornalista José Vegar -, a história surge encadeada, bem contada, com detalhes interessantes mas sem emoção.

Justiça. ‘O Inimigo sem Rosto' vence, porém, na forma clara e simples como desmonta o puzzle do contrabando e a cadeia de poderes e ‘luvas'. A trama, polvilhada de sexo e sempre com o olhar de lince feminino a pairar, desfila esquemas que envolvem desde a arraia-miúda aos mais altos dirigentes políticos e do mundo do futebol, não esquecendo a sede de justiça da Polícia Judiciária e expondo até a burocrática teia judicial, que tantas vezes ‘atrapalha' os resultados... Portugal fraudulento em hora e meia ao estilo telefilme.

Título original: ‘O Inimigo Sem Rosto'

Realizador: José Farinha

Elenco: São José Correia, José Wallenstein, Maria João Bastos, Albano Jerónimo, Paulo Néry

Produção: Portugal

Duração: 92 min.

FITCH COLOCA MONTEPIO SOB VIGILÂNCIA NEGATIVA

Já o Finibanco foi colocado sob vigilância positiva, uma vez que a Fitch acredita que o banco controlado pela família Costa Leite sairá beneficiado da OPA

A agência de notação financeira Fitch Ratings anunciou esta quarta-feira que, no seguimento do anúncio preliminar do lançamento de uma operação pública de aquisição (OPA) sobre o Finibanco, o Montepio passou a estar sob vigilância negativa.

«Na visão da Fitch, no curto prazo, o grupo Montepio Geral terá de enfrentar o desafio de integrar as operações do Finibanco numa altura em que o ambiente operacional em Portugal permanecerá difícil», explicou a agência de rating.

Porém, a Fitch considerou que «no longo prazo, a aquisição deverá ser positiva para o Montepio, já que aumentará substancialmente a sua rede de agências, atrairá depósitos para o Montepio Geral e ajudará a diversificar o portefólio de crédito a pequenas e médias empresas (PME) do Montepio».

«Também fornecerá uma maior diversificação para fora de Portugal, nomeadamente, em Angola, e aumentará as quotas de mercado do grupo nos seguros e na gestão de activos», acrescentou.

Já o Finibanco foi colocado sob vigilância positiva, uma vez que a Fitch acredita que o banco controlado pela família Costa Leite sairá beneficiado da operação, já que «vai fazer parte de um grupo financeiramente mais forte».

AGÊNCIA FINANCEIRA 4-08-2010

FISCO FAZ HORAS EXTRA AO FIM DE SEMANA


Economia

Administração Tributária quer concluir os cinco mil processos-crime pendentes até ao fim do ano


AGÊNCIA FINANCEIRA 4-08-2010

O Fisco tem ordens para arranjar dinheiro extra, face ao aumento das despesas do Estado. A solução escolhida foi a mais fácil: notificar os contribuintes em dívida por abuso de confiança fiscal, um crime punido com até três anos de prisão.

De acordo com o «Correio da Manhã», o Fisco quer despachar, até ao final do ano, os cinco mil processos-crime que estão pendentes na Direcção-geral de Impostos (DGCI), num valor superior a dois milhões de euros.

Para acelerar os processos, as maiores direcções de Finanças do país pediram aos funcionários para fazerem horas extra e para virem trabalhar aos sábados e domingos, se necessário. O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) aprecia hoje o apelo.