Lockerbie. BP admite intervenção junto do governo britânico
por Renato Lopes, Publicado em 17 de Julho de 2010
Governo de Cameron admite que libertar al Megrahi pode ter sido um erro
LIBERTAÇÃO DE BOMBISTA DO LOCKERBIE FOI CONTESTADA EM TODO O MUNDO
O governo britânico considerou "um erro" a libertação, em Agosto de 2009, do bombista de Lockerbie, Abdelbeset al Megrahi, hoje com 58 anos, que a 21 de Dezembro de 1988 matou 270 pessoas num atentado ao voo 103 da Pan Am. Segundo o embaixador dos Estados Unidos na Grã-Bretanha, Nigel Sheinwald, o governo de Cameron acredita que foi errado ter libertado e devolvido Megrahi à Líbia. Garante, no entanto, que a decisão não estava dependente da vontade do governo britânico. A responsabilidade terá sido do secretário da Justiça escocês, Kenny MacAskill, que perante provas médicas de que o terrorista teria cancro da próstata em fase terminal - apenas três meses de vida - decidiu libertá-lo.
No entanto, al Megrahi ainda vive, e recentes notícias levantaram a dúvida sobre se estaria realmente doente ou se tudo não terá passado de um esquema para defender os interesses britânicos na Líbia. Sheinwald refuta a teoria: "Os anúncios na imprensa de que Megrahi foi libertado por causa de um negócio petrolífero envolvendo a BP, e as provas médicas apresentadas pelo executivo escocês, que sustentam a sua libertação, foram pagas pelo governo do Líbano, simplesmente não são verdade."
A petrolífera, porém, admitiu que no final de 2007 expressou ao governo britânico a sua preocupação com o lento progresso para concluir o acordo de transferência de prisioneiros com a Líbia. "Estávamos conscientes de que isso podia ter um impacto negativo nos interesses comerciais do Reino Unido", admitiu a BP, negando ainda assim ter solicitado especificamente a libertação de Al Megrahi.
Na quinta-feira, um grupo de senadores democratas norte- -americanos pediu uma investigação à possível intervenção da BP na libertação do bombista de Lockerbie. O Comité de Relações do Senado convocou mesmo uma audiência sobre o assunto, marcada para 29 de Julho, com directores da BP e analistas do governo.
No entanto, al Megrahi ainda vive, e recentes notícias levantaram a dúvida sobre se estaria realmente doente ou se tudo não terá passado de um esquema para defender os interesses britânicos na Líbia. Sheinwald refuta a teoria: "Os anúncios na imprensa de que Megrahi foi libertado por causa de um negócio petrolífero envolvendo a BP, e as provas médicas apresentadas pelo executivo escocês, que sustentam a sua libertação, foram pagas pelo governo do Líbano, simplesmente não são verdade."
A petrolífera, porém, admitiu que no final de 2007 expressou ao governo britânico a sua preocupação com o lento progresso para concluir o acordo de transferência de prisioneiros com a Líbia. "Estávamos conscientes de que isso podia ter um impacto negativo nos interesses comerciais do Reino Unido", admitiu a BP, negando ainda assim ter solicitado especificamente a libertação de Al Megrahi.
Na quinta-feira, um grupo de senadores democratas norte- -americanos pediu uma investigação à possível intervenção da BP na libertação do bombista de Lockerbie. O Comité de Relações do Senado convocou mesmo uma audiência sobre o assunto, marcada para 29 de Julho, com directores da BP e analistas do governo.
I ONLINE 17-07-2010