Nacional
D. Duarte processado por 'roubo' de 'patente'
D. Duarte de Bragança está a ser investigado pelo Ministério da Economia e Inovação, por ter presidido a uma cerimónia numa igreja no Chiado, em Lisboa, onde nomeou várias personalidades como cavaleiros e comendadores da Ordem de São Miguel da Ala.
O processo "NUIPC 87 /07.5. ECLSB", contra o "falso" herdeiro da coroa portuguesa, segundo Nuno da Câmara Pereira, autor da acusação, deve-se ao uso "indevido" desta patente (São Miguel da Ala).
O líder do PPM - e deputado na Assembleia da República eleito nas listas do PSD - reclama para si os direitos da referida Ordem, sustentando que registou as insígnias de São Miguel da Ala em 1981, reafirmando assim que a cerimónia presidida por D. Duarte de Bragança "mais não foi que uma farsa".
Segundo o líder do PPM, a questão de São Miguel da Ala foi a principal divergência que, há dois anos, o afastou de D. Duarte.
"Foi ele que veio para os jornais dizer coisas falsas sobre mim, a atacar-me sobre a ordem. Fez queixa de mim ao clero, queixou-se inclusive ao então bastonário da Ordem dos Advogados, José Manuel Júdice, que me escreveu pessoalmente uma carta intimidatória", afirma Nuno da Câmara Pereira.
"E neste plano cívico, jurídico, moral e histórico de pertencermos ambos à Ordem fiquei estupefacto quando ele um dia invoca a si, sem qualquer direito histórico, por um lado, e sem qualquer direito jurídico e intelectual, por outro, toda a exclusividade da Ordem", acusa o líder do partido monárquico.
O deputado considera que esta nomeação de cavaleiros e comendadores, onde pontificam, entre outras personalidades, o centrista Telmo Correia, o jornalista Hernâni Carvalho e o toureiro Joaquim Bastinhas, foi uma "farsa".
"Alguém se anda a governar à conta disto", desabafa ainda o presidente dos monárquicos, que insiste em reclamar para si a "patente" de São Miguel da Ala. "As coisas não podem ficar assim", diz.
Gabinete de D. Duarte responde
Segundo o gabinete de D. Duarte de Bragança, este caso "será tratado em sede própria". Sobre o historial das divergências entre D. Duarte o líder do PPM, o gabinete de Duarte de Bragança relembra ao DN que, "no dia 6 de Outubro de 1984, Nuno Câmara Pereira foi investido cavaleiro na Ordem, tal como seu irmão Gonçalo".
"Mais tarde - justifica ainda fonte oficial do herdeiro da antiga família real portuguesa - Nuno da Câmara Pereira acabou por pedir por carta a desvinculação da Ordem ao Senhor D. Duarte"
Mas, sublinha o gabinete de D. Duarte ao DN, "ao ser investido [Nuno da Câmara Pereira] reconheceu D. Duarte como Grão-Mestre da Ordem de São Miguel da Ala".
Mas Nuno da Câmara Pereira insiste no ataque a D. Duarte a propósito desta ordem (cuja patente vai ser agora investigada pelo Ministério da Economia). "Charlatães toda a vida", contrapõe o líder do PPM, que promete continuar a lutar pela Ordem.
Hugo Teixeira
DIÁRIO DE NOTÍCIAS
Rodrigo Cabrita 17 Março 2007
D. Duarte processado por 'roubo' de 'patente'
D. Duarte de Bragança está a ser investigado pelo Ministério da Economia e Inovação, por ter presidido a uma cerimónia numa igreja no Chiado, em Lisboa, onde nomeou várias personalidades como cavaleiros e comendadores da Ordem de São Miguel da Ala.
O processo "NUIPC 87 /07.5. ECLSB", contra o "falso" herdeiro da coroa portuguesa, segundo Nuno da Câmara Pereira, autor da acusação, deve-se ao uso "indevido" desta patente (São Miguel da Ala).
O líder do PPM - e deputado na Assembleia da República eleito nas listas do PSD - reclama para si os direitos da referida Ordem, sustentando que registou as insígnias de São Miguel da Ala em 1981, reafirmando assim que a cerimónia presidida por D. Duarte de Bragança "mais não foi que uma farsa".
Segundo o líder do PPM, a questão de São Miguel da Ala foi a principal divergência que, há dois anos, o afastou de D. Duarte.
"Foi ele que veio para os jornais dizer coisas falsas sobre mim, a atacar-me sobre a ordem. Fez queixa de mim ao clero, queixou-se inclusive ao então bastonário da Ordem dos Advogados, José Manuel Júdice, que me escreveu pessoalmente uma carta intimidatória", afirma Nuno da Câmara Pereira.
"E neste plano cívico, jurídico, moral e histórico de pertencermos ambos à Ordem fiquei estupefacto quando ele um dia invoca a si, sem qualquer direito histórico, por um lado, e sem qualquer direito jurídico e intelectual, por outro, toda a exclusividade da Ordem", acusa o líder do partido monárquico.
O deputado considera que esta nomeação de cavaleiros e comendadores, onde pontificam, entre outras personalidades, o centrista Telmo Correia, o jornalista Hernâni Carvalho e o toureiro Joaquim Bastinhas, foi uma "farsa".
"Alguém se anda a governar à conta disto", desabafa ainda o presidente dos monárquicos, que insiste em reclamar para si a "patente" de São Miguel da Ala. "As coisas não podem ficar assim", diz.
Gabinete de D. Duarte responde
Segundo o gabinete de D. Duarte de Bragança, este caso "será tratado em sede própria". Sobre o historial das divergências entre D. Duarte o líder do PPM, o gabinete de Duarte de Bragança relembra ao DN que, "no dia 6 de Outubro de 1984, Nuno Câmara Pereira foi investido cavaleiro na Ordem, tal como seu irmão Gonçalo".
"Mais tarde - justifica ainda fonte oficial do herdeiro da antiga família real portuguesa - Nuno da Câmara Pereira acabou por pedir por carta a desvinculação da Ordem ao Senhor D. Duarte"
Mas, sublinha o gabinete de D. Duarte ao DN, "ao ser investido [Nuno da Câmara Pereira] reconheceu D. Duarte como Grão-Mestre da Ordem de São Miguel da Ala".
Mas Nuno da Câmara Pereira insiste no ataque a D. Duarte a propósito desta ordem (cuja patente vai ser agora investigada pelo Ministério da Economia). "Charlatães toda a vida", contrapõe o líder do PPM, que promete continuar a lutar pela Ordem.
Hugo Teixeira
DIÁRIO DE NOTÍCIAS
Rodrigo Cabrita 17 Março 2007
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