Friday, 2 July 2010
OBAMA QUER LEGALIZAR 11 MILHÕES DE IMIGRANTES
Publicado em 02 de Julho de 2010
Obama fala na Universidade Americana em Washington sobre a reforma da lei imigratória.
O presidente norte-americano Barack Obama propôs legalizar os mais de 11 milhões de imigrantes ilegais nos Estados Unidos, num discurso feito ontem na Universidade Americana em Washington. Obama defende que “os imigrantes sempre ajudaram a construir e defender este país” e que “ser americano não é uma questão de sangue ou nascimento, é um assunto de fé, de fidelidade aos ideais e valores que nos são queridos”. Aponta ainda que deportar os imigrantes ilegais é inviável, porque muitos estão já fixados no país há anos, ocupando postos de trabalho e com filhos nascidos nos Estados Unidos.
A lei pretendida por Obama vai impor regras para a legalização de imigrantes de uma forma adequada e condições para gerir uma maior entrada de pessoas num mais curto espaço de tempo. Os Estados Unidos vão assim ter maior mão-de-obra jovem e uma maior diversidade cultural, sem renunciar à protecção das fronteiras e à aplicação das leis, se necessário. “Há que pedir responsabilidades a quem entrou ilegalmente”, afirma Obama. “Têm de admitir que violaram a lei, registar-se, pagar impostos, aprender inglês”, acrescenta. O presidente americano pede responsabilidade também aos empresários que violam a lei “contratando e explorando trabalhadores sem documentação”.
A nova lei da imigração tem de ser aprovada primeiro pelos dois partidos. Os democratas não têm maioria para aprovar a lei no senado e a aprovação não é consensual dentro do partido, nem há uma resposta certa dentro do congresso. A promulgação depende de variantes como o número de votantes hispânicos ou a situação geográfica do distrito eleitoral, mas a variável principal é a influência cada vez maior de eleitorado de origem latina, que Obama pretende usar a seu favor.
Barack Obama teve em conta o debate provocado pela lei do Arizona que criminaliza os imigrantes ilegais. Não se pronunciando sobre quando vai reclamar inconstitucionalidade da lei, referiu que esta “pode violar os direitos de cidadãos norte-americanos e residentes legais, que podem ser sujeitos a interrogatórios e detenções com base no seu aspecto ou sotaque”.
LENHA E GALINHAS AJUDAM A PAGAR CENTRO PAROQUIAL
Lenha e galinhas ajudam a pagar centro paroquial
00h03m 2 Julho 2010 Ana Peixoto Fernandes
Um pároco de Paredes de Coura conseguiu mobilizar a população de três freguesias e construir um lar de idosos quase só com donativos. 400 mil euros deu o Estado, o resto, mais de 800 mil deu o povo... em géneros. Até um subsídio de Natal e uma quinta .
O edifício do Centro Paroquial e Social S. João de Bico, que hoje será oficialmente inaugurado, pela ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Helena André, não passa despercebido a quem chega à freguesia de Bico, em Paredes de Coura. Imponente, é composto de rés-do-chão, primeiro e segundo andares, e a sua arquitectura destaca-se por entre o casario da aldeia. As linhas modernas não deixam adivinhar que ali estão empenhados muitos milhares de euros, provenientes da venda de madeiras oferecidas pela população, de receitas de leilões de produtos da terra, de bolos, linhos, enchidos, de vários almoços promovidos para ajudar à sua construção, de donativos de novos e velhos, de emigrantes e residentes.
O certo é que sem essa dádiva, o centro com lar, centro de dia e apoio domiciliário não estaria agora edificado e a preparar-se para acolher 30 idosos em regime de internato, mais 20 no centro de dia e dar apoio domiciliário a 30.
“A obra custou 1,2 milhões de euros. O Estado deu, através do programa Pares, 400 mil e o povo pagou aí uns 800 mil euros”, afirma o padre Manuel Moreira, pároco de Bico, Cristelo e Vascões, referindo que a obra é o resultado “de andar a pedir todos os domingos na missa”.
“Conseguimos muito dinheiro com um cortejo (de oferendas) nas três freguesias, em que as pessoas ofereceram madeiras, bolos, chouriços, galinhas… Fizemos nove almoços, em que todos os géneros eram oferecidos, cada pessoa pagava entre 10 e 15 euros, e tudo o que se apurava era benefício”, conta o sacerdote. O “mais rentável” foram os leilões de Bico, Cristelo e Vascões e uma campanha de recolha de lenha.
“Andei a pedir um ‘pau’ a cada pessoa, um ‘pau’ era um carvalho por exemplo. E, em vez de um, ofereciam dois. Numa tarde conseguimos fazer 20 mil euros só em lenha”, afirma o padre Manuel Moreira.
O pároco revela que a primeira grande oferenda para o lar foi “uma pequena quinta” doada por um casal de emigrantes em França”, e que todas as outras que se lhe seguiram estão actualmente “registadas no “Livro dos Amigos” que conta com mais 800 pessoas”. “Aqui há desde dinheiro a tudo o que há em casa de um agricultor: Madeira, batatas, feijões, bebidas, meias de lã, os linhos, galinhas. As pessoas tudo o que tinham deram”, diz o padre Manuel Moreira, que recorda com um nó na garganta a dádiva de uma idosa que ofereceu o seu 13º mês. “Dizia-me uma velhinha que me emocionava: ‘Senhor padre, o pai do céu deu-me a dobrar, este é para o lar”, conta.
00h03m 2 Julho 2010 Ana Peixoto Fernandes
Um pároco de Paredes de Coura conseguiu mobilizar a população de três freguesias e construir um lar de idosos quase só com donativos. 400 mil euros deu o Estado, o resto, mais de 800 mil deu o povo... em géneros. Até um subsídio de Natal e uma quinta .
O edifício do Centro Paroquial e Social S. João de Bico, que hoje será oficialmente inaugurado, pela ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Helena André, não passa despercebido a quem chega à freguesia de Bico, em Paredes de Coura. Imponente, é composto de rés-do-chão, primeiro e segundo andares, e a sua arquitectura destaca-se por entre o casario da aldeia. As linhas modernas não deixam adivinhar que ali estão empenhados muitos milhares de euros, provenientes da venda de madeiras oferecidas pela população, de receitas de leilões de produtos da terra, de bolos, linhos, enchidos, de vários almoços promovidos para ajudar à sua construção, de donativos de novos e velhos, de emigrantes e residentes.
O certo é que sem essa dádiva, o centro com lar, centro de dia e apoio domiciliário não estaria agora edificado e a preparar-se para acolher 30 idosos em regime de internato, mais 20 no centro de dia e dar apoio domiciliário a 30.
“A obra custou 1,2 milhões de euros. O Estado deu, através do programa Pares, 400 mil e o povo pagou aí uns 800 mil euros”, afirma o padre Manuel Moreira, pároco de Bico, Cristelo e Vascões, referindo que a obra é o resultado “de andar a pedir todos os domingos na missa”.
“Conseguimos muito dinheiro com um cortejo (de oferendas) nas três freguesias, em que as pessoas ofereceram madeiras, bolos, chouriços, galinhas… Fizemos nove almoços, em que todos os géneros eram oferecidos, cada pessoa pagava entre 10 e 15 euros, e tudo o que se apurava era benefício”, conta o sacerdote. O “mais rentável” foram os leilões de Bico, Cristelo e Vascões e uma campanha de recolha de lenha.
“Andei a pedir um ‘pau’ a cada pessoa, um ‘pau’ era um carvalho por exemplo. E, em vez de um, ofereciam dois. Numa tarde conseguimos fazer 20 mil euros só em lenha”, afirma o padre Manuel Moreira.
O pároco revela que a primeira grande oferenda para o lar foi “uma pequena quinta” doada por um casal de emigrantes em França”, e que todas as outras que se lhe seguiram estão actualmente “registadas no “Livro dos Amigos” que conta com mais 800 pessoas”. “Aqui há desde dinheiro a tudo o que há em casa de um agricultor: Madeira, batatas, feijões, bebidas, meias de lã, os linhos, galinhas. As pessoas tudo o que tinham deram”, diz o padre Manuel Moreira, que recorda com um nó na garganta a dádiva de uma idosa que ofereceu o seu 13º mês. “Dizia-me uma velhinha que me emocionava: ‘Senhor padre, o pai do céu deu-me a dobrar, este é para o lar”, conta.
RECIBOS VERDES TAXADOS A 21,5% A PARTIR DE HOJE
Recibos verdes taxados a 21,5% a partir de hoje
Foi ontem publicada em Diário da República a Lei que introduz, a partir do dia de hoje, o aumento de retenção na fonte de IRS para rendimentos de trabalhadores independentes e outros rendimentos tais como os de depósitos bancários.
Nuno Alexandre Silva (www.expresso.pt)
12:23 Quinta-feira, 1 de Julho de 2010
Depois dos trabalhadores por conta de outrem, são agora os trabalhadores independentes que vêem confirmada a subida dos impostos sobre os seus rendimentos. A Lei nº12-A/2010 de 30 de junho foi ontem publicada em Diário da República e traz o aumento de impostos para lá dos "recibos verdes" já a partir de hoje.
A nova taxa liberatória de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) sobe dos 20% para os 21,5% nos casos dos rendimentos profissionais dos trabalhadores independentes, dos 15% para os 16,5% em casos como os de rendimentos de propriedade intelectual ou rendas com habitação, e dos 10% para os 11,5% para rendimentos como os obtidos por trabalhadores independentes com actividades científica, artística ou técnica. Além destas subidas, a taxa liberatória sobe também dos 20% para os 21,5% nos juros nos depósitos bancários, nos rendimentos de títulos de dívida, como Certificados de Aforro, Certificados do Tesouro e obrigações, e ainda nos rendimentos de valores mobiliários, como ações ou fundos de investimento.
As pensões são outros dos rendimentos visados e que passam a pagar 21,5% de IRS já desde o dia de hoje, bem como a diferenção positiva entre os montantes pagos a título de resgate, adiantamento ou vencimento de seguros do ramo vida.
Foi ontem publicada em Diário da República a Lei que introduz, a partir do dia de hoje, o aumento de retenção na fonte de IRS para rendimentos de trabalhadores independentes e outros rendimentos tais como os de depósitos bancários.
Nuno Alexandre Silva (www.expresso.pt)
12:23 Quinta-feira, 1 de Julho de 2010
Depois dos trabalhadores por conta de outrem, são agora os trabalhadores independentes que vêem confirmada a subida dos impostos sobre os seus rendimentos. A Lei nº12-A/2010 de 30 de junho foi ontem publicada em Diário da República e traz o aumento de impostos para lá dos "recibos verdes" já a partir de hoje.
A nova taxa liberatória de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) sobe dos 20% para os 21,5% nos casos dos rendimentos profissionais dos trabalhadores independentes, dos 15% para os 16,5% em casos como os de rendimentos de propriedade intelectual ou rendas com habitação, e dos 10% para os 11,5% para rendimentos como os obtidos por trabalhadores independentes com actividades científica, artística ou técnica. Além destas subidas, a taxa liberatória sobe também dos 20% para os 21,5% nos juros nos depósitos bancários, nos rendimentos de títulos de dívida, como Certificados de Aforro, Certificados do Tesouro e obrigações, e ainda nos rendimentos de valores mobiliários, como ações ou fundos de investimento.
As pensões são outros dos rendimentos visados e que passam a pagar 21,5% de IRS já desde o dia de hoje, bem como a diferenção positiva entre os montantes pagos a título de resgate, adiantamento ou vencimento de seguros do ramo vida.
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