
Líder do Sinn Fein ocultou casos de pedofilia no IRA
Publicado em 20 de Janeiro de 2010 .
Além dos casos denunciados, Gerry Adams escondeu os abusos sofridos pela sua filha durante anos
Gerry Adams, líder do Sinn Fein
Gerry Adams, líder do Sinn Fein, encarnou até agora o rosto da paz na Irlanda do Norte. Foi o homem capaz de transformar um grupo independentista num movimento (mais ou menos) democrático. Cai agora em desgraça, acusado de ocultar casos de pedofilia dentro do IRA.
A primeira acusação vem de uma das netas de Joe Cahill, ex-membro do IRA, que terá sido violada por um dos camaradas do avô durante 16 anos. Gerry Adams terá recebido a denúncia e garantido que o violador seria afastado de funções e entregue à justiça - mas não só nada aconteceu como o suspeito acabou por fugir do país.
O segundo caso denuncia uma mulher: a conselheira do IRA Briege Meehan. Os depoimentos da vítima relatam um calvário de abusos - a menor, filha de um ex-terrorista da organização, estava a cargo de Meehan desde a detenção do pai. Durante anos foi trancada na casota do cão, obrigada a comer pontas de cigarro e violada com garrafas de vidro. Adams foi alertado e voltou a ignorar o crime.
As acusações foram tornadas públicas em finais de Dezembro, quando se descobriu que a filha menor de Adams era vítima de abusos sexuais por parte do tio desde 1987. O líder do Sinn Fein sabia de tudo, mas nunca denunciou o crime. O irmão continua a trabalhar na organização e é ainda monitor de crianças. A somar ao drama, Adams confessou que o seu próprio pai "abusava dos filhos durante a infância".
I ONLINE 17-07-2010
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