Bispos alemães admitem ter enviado a Bento XVI dossier comprometedor sobre bispo de Augsburgo
por Cláudia Reis com Lusa, Publicado em 22 de Junho de 2010 I ONLINE
O padre José Manuel dos Santos Ferreira com o Cardeal D. José Policarpo e o Papa Bento XVI, durante a visita ao Mosteiro dos Jerónimos
A Conferência Episcopal Alemã (DBK) revelou hoje que enviou ao Vaticano um dossier sobre o alegado alcoolismo e as tendências homossexuais de Walter Mixa, bispo de Augsburgo cujo pedido de resignação foi aceite no mês passado pelo papa.
Os bispos germânicos reuniram-se hoje para debater o caso Mixa, no convento de Himmelspforten, perto de Wuerzburg, e após o encontro confimaram assim as notícias publicadas nos últimos dias em vários jornais alemães sobre o envio a Bento XVI, em abril, de informações que comprometiam ainda mais Mixa.
Depois de tomar conhecimento do dossier, “o papa Bento XVI agiu, e aceitou o pedido de resignação do bispo Walter Mixa”, disse um porta voz da DBK.
Na altura, porém, só tinham ainda vindo a público acusações contra Mixa sobre ter batido em crianças quando foi professor num orfanato, entre 1975 e 1996, e também uma acusação de abuso sexual de menores entretanto arquivada pelo ministério público de Ausgburgo, por falta de indícios culpabilidade.
Mixa foi também acusado de desvio de donativos destinados a um orfanato, para adquirir, nomeadamente, peças de arte para a sua residência oficial.
Inicialmente, o bispo de Augsburgo e das forças armadas negou todas as acusações, mas mais tarde reconheceu que tinha batido em crianças e admitiu irregularidades nas contas da sua diocese.
Perante os factos conhecidos, o arcebispo Robert Zollitsch, presidente da DBK, e o arcebispo de Munique, Reinhard Marx, convenceram então Mixa a apresentar ao papa o seu pedido de resignação, que Bento XVI acentou a oito de maio.
Só esta semana, porém, a imprensa alemã teve acesso ao dossier enviado já em abril pela DBKao Vaticano, em que se faz menção aos problemas de alcoolismo de Walter Mixa e também a “avanços sexuais” do bispo a jovens sacerdotes.
As novas revelações surgiram depois de Mixa ter acusado, em entrevista ao matutino Die Welt, o presidente da DBK e o Arcebispo de Munique de o terem “usado como trunfo” no escândalo de abusos sexuais que envolveu instituições católicas alemãs.
O bispo de Augsburgo afirmou também que iria apelar ao tribunal do Vaticano para rever o caso, e que pretendia voltar a exercer o sacerdócio.
A hierarquia católica alemã reagiu, garantindo que a resignação de Mixa tinha “corrido os trâmites legais”, e que tinha sido decidido, “para proteger” o prelado, “abdicar da publicação de todos os pormenores do caso”, que agora vieram a público.
Na ocasião, Bernhard Kellner, porta voz da Conferência Episcopal, saúdou também a decisão de Mixa de recorrer a uma clínica psiquiàrrica na Suiça para se tratar, após o seu afastamento, considerando-a “um passo importante”.
Os bispos germânicos reuniram-se hoje para debater o caso Mixa, no convento de Himmelspforten, perto de Wuerzburg, e após o encontro confimaram assim as notícias publicadas nos últimos dias em vários jornais alemães sobre o envio a Bento XVI, em abril, de informações que comprometiam ainda mais Mixa.
Depois de tomar conhecimento do dossier, “o papa Bento XVI agiu, e aceitou o pedido de resignação do bispo Walter Mixa”, disse um porta voz da DBK.
Na altura, porém, só tinham ainda vindo a público acusações contra Mixa sobre ter batido em crianças quando foi professor num orfanato, entre 1975 e 1996, e também uma acusação de abuso sexual de menores entretanto arquivada pelo ministério público de Ausgburgo, por falta de indícios culpabilidade.
Mixa foi também acusado de desvio de donativos destinados a um orfanato, para adquirir, nomeadamente, peças de arte para a sua residência oficial.
Inicialmente, o bispo de Augsburgo e das forças armadas negou todas as acusações, mas mais tarde reconheceu que tinha batido em crianças e admitiu irregularidades nas contas da sua diocese.
Perante os factos conhecidos, o arcebispo Robert Zollitsch, presidente da DBK, e o arcebispo de Munique, Reinhard Marx, convenceram então Mixa a apresentar ao papa o seu pedido de resignação, que Bento XVI acentou a oito de maio.
Só esta semana, porém, a imprensa alemã teve acesso ao dossier enviado já em abril pela DBKao Vaticano, em que se faz menção aos problemas de alcoolismo de Walter Mixa e também a “avanços sexuais” do bispo a jovens sacerdotes.
As novas revelações surgiram depois de Mixa ter acusado, em entrevista ao matutino Die Welt, o presidente da DBK e o Arcebispo de Munique de o terem “usado como trunfo” no escândalo de abusos sexuais que envolveu instituições católicas alemãs.
O bispo de Augsburgo afirmou também que iria apelar ao tribunal do Vaticano para rever o caso, e que pretendia voltar a exercer o sacerdócio.
A hierarquia católica alemã reagiu, garantindo que a resignação de Mixa tinha “corrido os trâmites legais”, e que tinha sido decidido, “para proteger” o prelado, “abdicar da publicação de todos os pormenores do caso”, que agora vieram a público.
Na ocasião, Bernhard Kellner, porta voz da Conferência Episcopal, saúdou também a decisão de Mixa de recorrer a uma clínica psiquiàrrica na Suiça para se tratar, após o seu afastamento, considerando-a “um passo importante”.
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