Gárgula "muçulmana" na catedral de Lyon
Um pedreiro muçulmano serviu de modelo a uma das gárgulas da nova catedral de Lyon, França. A presença de Ahmed Benzizine, de 59 anos, que trabalhou na renovação do templo cristão, está a causar polémica, com grupos extremistas a considerarem o facto como uma afronta.
Colocada a uma dezena de metros de altura na torre norte, a escultura de pedra com corpo de ave tem o rosto daquele que é o chefe do estaleiro da catedral e tem a inscrição, em francês e em árabe, "Deus é grande" ("Dieu est grand"; "Allah akhbar").
A inscrição, em particular, suscitou a ira de um grupo de extremistas, a juventude identitária lionesa, que denunciou no seu site na Internet o facto de "em Lyon, os muçulmanos se darem ao luxo de tomarem conta de uma igreja com a cumplicidade da Igreja Católica”.
Benzizine, francês e muçulmano praticante, afirma que sempre trabalhou em monumentos históricos. “Podia trabalhar em mesquitas ou sinagogas também”, disse à agência noticiosa AFP.
“Tenho muito respeito por locais sagrados”, garante o trabalhador, que afirma que, desde a construção da catedral, no século XII, é tradição os pedreiros serem caricaturados nas gárgulas daquele edifício religioso.
O porta-voz do arcebispado de Lyon, Pierre Durieux, classifica a gárgula como “símbolo de ecumenismo” e garante que “na história, as gárgulas sempre foram figura profanas, usadas de forma satírica e irónica”. Por outro lado, Durieux sublinha que “elas não estão no interior da igreja, mas no seu exterior”.
Para o reitor da mesquita de Lyon, a gárgula simboliza a amizade que existe entre muçulmanos e cristãos na cidade.
JORNAL DE NOTÍCIAS 7-09-2010
Um pedreiro muçulmano serviu de modelo a uma das gárgulas da nova catedral de Lyon, França. A presença de Ahmed Benzizine, de 59 anos, que trabalhou na renovação do templo cristão, está a causar polémica, com grupos extremistas a considerarem o facto como uma afronta.
Colocada a uma dezena de metros de altura na torre norte, a escultura de pedra com corpo de ave tem o rosto daquele que é o chefe do estaleiro da catedral e tem a inscrição, em francês e em árabe, "Deus é grande" ("Dieu est grand"; "Allah akhbar").
A inscrição, em particular, suscitou a ira de um grupo de extremistas, a juventude identitária lionesa, que denunciou no seu site na Internet o facto de "em Lyon, os muçulmanos se darem ao luxo de tomarem conta de uma igreja com a cumplicidade da Igreja Católica”.
Benzizine, francês e muçulmano praticante, afirma que sempre trabalhou em monumentos históricos. “Podia trabalhar em mesquitas ou sinagogas também”, disse à agência noticiosa AFP.
“Tenho muito respeito por locais sagrados”, garante o trabalhador, que afirma que, desde a construção da catedral, no século XII, é tradição os pedreiros serem caricaturados nas gárgulas daquele edifício religioso.
O porta-voz do arcebispado de Lyon, Pierre Durieux, classifica a gárgula como “símbolo de ecumenismo” e garante que “na história, as gárgulas sempre foram figura profanas, usadas de forma satírica e irónica”. Por outro lado, Durieux sublinha que “elas não estão no interior da igreja, mas no seu exterior”.
Para o reitor da mesquita de Lyon, a gárgula simboliza a amizade que existe entre muçulmanos e cristãos na cidade.
JORNAL DE NOTÍCIAS 7-09-2010
No comments:
Post a Comment