Sunday, 18 July 2010
DIRECTOR DA REMAX SIMULA SEQUESTRO
Paulo Nunes, 39 anos, participou em falso sequestro e roubo a uma carrinha da empresa de transportes TNT, que acabou em Chelas
Motorista de empresa de transporte de dinheiro chamou dois amigos, entre os quais Paulo Nunes, que fingiram o seu roubo e desviaram 33 mil euros.
Cansado da vida de estafeta, o brasileiro foi tentado pelo dinheiro dos clientes. Dezenas de milhares de euros que transportava diariamente, entre empresas de Lisboa, em carrinhas da TNT. Decidiu dar um golpe, mas, para escapar sem ser apanhado, em vez de roubar tinha de ser roubado. Combinou com dois amigos que o ‘sequestraram’ anteontem à tarde – ameaçado de morte com um revólver, agredido e manietado com braçadeiras de plástico, numa rua de Chelas. Levaram mais de 33 mil euros, entre cheques e dinheiro, só que o teatro foi mal encenado. A Secção de Roubos da Polícia Judiciária desmascarou o motorista e chegou aos cúmplices. Um deles é Paulo Nunes, 39 anos, director da imobiliária Remax em Alfornelos.
‘Bruno’, 31 anos, foi seguido por um carro até à zona do Parque das Nações, onde um dos dois ocupantes o surpreendeu de revólver em punho, entrou na carrinha da empresa TNT e o obrigou a conduzir até Chelas.
Aí, conforme a ‘vítima’ descreveu depois à PSP local, dois assaltantes agrediram-no com murros na face e manietaram-no com braçadeiras de plástico, deixando-o fechado na parte de trás da carrinha, mas só no trinco. Fugiram com um saco – só em notas havia cerca de onze mil euros – e ‘Bruno’ começou então a gritar por socorro, desesperado a bater nas portas da viatura. Rapidamente apareceram populares, à hora de almoço, que o libertaram.
A ‘vítima’ foi apresentar queixa à PSP local, que entregou o caso à Polícia Judiciária, com competência para investigar os crimes com armas de fogo. Só que os investigadores, mal ouviram ‘Bruno’ e testemunhas no local, em Chelas, rapidamente desmontaram a mentira do primeiro. Os assaltantes deixaram-no ficar com o telemóvel – o que seria quase inédito num roubo com estas características – e encenaram mal a fuga. ‘Bruno’ confessou a simulação de assalto e, numa casa em Alfornelos, a PJ foi no próprio dia buscar os dois cúmplices e recuperar 33 mil euros roubados.
PAULO NUNES LEVA FUNCIONÁRIO PARA O 'ASSALTO'
O empresário Paulo Nunes, 39 anos, que detém o franchising da Remax de Alfornelos, na Amadora, agência onde é director, alinhou no esquema pelas dificuldades que desde há muito está a atravessar no negócio imobiliário – não vende casas e acumulam-se as dívidas. Ao seu lado, no assalto encenado aos 33 mil euros, seguiu precisamente um dos seus funcionários, brasileiro de 29 anos, que seria conhecido do motorista da TNT que se fez de vítima. E para este, seria o crime perfeito, caso a Polícia Judiciária nunca descobrisse a sua ligação aos dois falsos assaltantes. Bastava fingir-se de vítima e ninguém poderia provar o contrário. E, ao fim de algum tempo, só tinha de ir pedir aos amigos a sua parte no dinheiro roubado – 11 mil euros em dinheiro, uma vez que os cheques seriam difíceis de levantar. Foram todos apanhados.
PJ SUSPEITA DE EMPRESÁRIO DE MAKUKULA
No ano passado, a PJ constituiu arguido o empresário de Makukula, jogador do Benfica, por suspeitas de ter fingido um assalto para ficar com 200 mil euros do atleta. Atado de pés e pulsos, estendido numa valeta junto à estação de Alhos Vedros, Ricardo Rodrigues tinha escoriações no corpo quando a GNR o encontrou, em Fevereiro de 2008. Falou em 12 horas de terror às mãos dos 'quatro negros' que o sequestraram em Lisboa, mal saiu do banco onde levantou 200 mil euros da conta de Makukula. O dinheiro seria para a compra de uma casa parao futebolista do Benfica, mas nunca mais foi recuperado.
PORMENORES
CADEIA ATÉ OITO ANOS
Estão indiciados por abuso de confiança qualificado – uma vez que a quantia desviada é superior a 20 400 euros –, punível até oito anos de cadeia.
PRESENTES HOJE AO JUIZ
Serão hoje presentes ao juiz de instrução criminal, no Campus da Justiça, para aplicação das respectivas medidas de coacção.
ILEGAL NO PAÍS
O empresário já foi investigado por burla, e o funcionário que participou no crime tem furtos e está ilegal no País.
Motorista de empresa de transporte de dinheiro chamou dois amigos, entre os quais Paulo Nunes, que fingiram o seu roubo e desviaram 33 mil euros.
Cansado da vida de estafeta, o brasileiro foi tentado pelo dinheiro dos clientes. Dezenas de milhares de euros que transportava diariamente, entre empresas de Lisboa, em carrinhas da TNT. Decidiu dar um golpe, mas, para escapar sem ser apanhado, em vez de roubar tinha de ser roubado. Combinou com dois amigos que o ‘sequestraram’ anteontem à tarde – ameaçado de morte com um revólver, agredido e manietado com braçadeiras de plástico, numa rua de Chelas. Levaram mais de 33 mil euros, entre cheques e dinheiro, só que o teatro foi mal encenado. A Secção de Roubos da Polícia Judiciária desmascarou o motorista e chegou aos cúmplices. Um deles é Paulo Nunes, 39 anos, director da imobiliária Remax em Alfornelos.
‘Bruno’, 31 anos, foi seguido por um carro até à zona do Parque das Nações, onde um dos dois ocupantes o surpreendeu de revólver em punho, entrou na carrinha da empresa TNT e o obrigou a conduzir até Chelas.
Aí, conforme a ‘vítima’ descreveu depois à PSP local, dois assaltantes agrediram-no com murros na face e manietaram-no com braçadeiras de plástico, deixando-o fechado na parte de trás da carrinha, mas só no trinco. Fugiram com um saco – só em notas havia cerca de onze mil euros – e ‘Bruno’ começou então a gritar por socorro, desesperado a bater nas portas da viatura. Rapidamente apareceram populares, à hora de almoço, que o libertaram.
A ‘vítima’ foi apresentar queixa à PSP local, que entregou o caso à Polícia Judiciária, com competência para investigar os crimes com armas de fogo. Só que os investigadores, mal ouviram ‘Bruno’ e testemunhas no local, em Chelas, rapidamente desmontaram a mentira do primeiro. Os assaltantes deixaram-no ficar com o telemóvel – o que seria quase inédito num roubo com estas características – e encenaram mal a fuga. ‘Bruno’ confessou a simulação de assalto e, numa casa em Alfornelos, a PJ foi no próprio dia buscar os dois cúmplices e recuperar 33 mil euros roubados.
PAULO NUNES LEVA FUNCIONÁRIO PARA O 'ASSALTO'
O empresário Paulo Nunes, 39 anos, que detém o franchising da Remax de Alfornelos, na Amadora, agência onde é director, alinhou no esquema pelas dificuldades que desde há muito está a atravessar no negócio imobiliário – não vende casas e acumulam-se as dívidas. Ao seu lado, no assalto encenado aos 33 mil euros, seguiu precisamente um dos seus funcionários, brasileiro de 29 anos, que seria conhecido do motorista da TNT que se fez de vítima. E para este, seria o crime perfeito, caso a Polícia Judiciária nunca descobrisse a sua ligação aos dois falsos assaltantes. Bastava fingir-se de vítima e ninguém poderia provar o contrário. E, ao fim de algum tempo, só tinha de ir pedir aos amigos a sua parte no dinheiro roubado – 11 mil euros em dinheiro, uma vez que os cheques seriam difíceis de levantar. Foram todos apanhados.
PJ SUSPEITA DE EMPRESÁRIO DE MAKUKULA
No ano passado, a PJ constituiu arguido o empresário de Makukula, jogador do Benfica, por suspeitas de ter fingido um assalto para ficar com 200 mil euros do atleta. Atado de pés e pulsos, estendido numa valeta junto à estação de Alhos Vedros, Ricardo Rodrigues tinha escoriações no corpo quando a GNR o encontrou, em Fevereiro de 2008. Falou em 12 horas de terror às mãos dos 'quatro negros' que o sequestraram em Lisboa, mal saiu do banco onde levantou 200 mil euros da conta de Makukula. O dinheiro seria para a compra de uma casa parao futebolista do Benfica, mas nunca mais foi recuperado.
PORMENORES
CADEIA ATÉ OITO ANOS
Estão indiciados por abuso de confiança qualificado – uma vez que a quantia desviada é superior a 20 400 euros –, punível até oito anos de cadeia.
PRESENTES HOJE AO JUIZ
Serão hoje presentes ao juiz de instrução criminal, no Campus da Justiça, para aplicação das respectivas medidas de coacção.
ILEGAL NO PAÍS
O empresário já foi investigado por burla, e o funcionário que participou no crime tem furtos e está ilegal no País.
CORREIO DA MANHÃ 25 JUNHO 2010
DIRECTOR DA REMAX ASSALTA DE PISTOLA
Grande Lisboa: Conciliava imobiliária em Alfornelos com vida no crime
Director da Remax assalta de pistola
Paulo Nunes já tinha sido apanhado por simular sequestro e desviar 33 mil euros. Juiz soltou-o mas Judiciária voltou a caçá-lo por roubo à mão armada.
12 Julho 2010 CORREIO DA MANHÃ
Além de simular sequestro para desviar 33 mil € da TNT, Paulo Nunes assaltou armazém da Expresso 24 que, como a primeira, é empresa de transportes
Paulo Nunes já tinha sido apanhado por simular sequestro e desviar 33 mil euros. Juiz soltou-o mas Judiciária voltou a caçá-lo por roubo à mão armada.
Director da Remax de Alfornelos, na Amadora, Paulo Nunes foi detido em 23 de Junho – no dia em que simulou o assalto a uma carrinha da TNT, em conluio com o funcionário ‘roubado’, para dividir com a falsa vítima os 33 mil euros desviados à empresa, em Lisboa. Foi mal encenado, a Judiciária desmascarou os dois e outro cúmplice, mas o juiz libertou-os. Até que a mesma Secção de Roubos da PJ descobriu agora que o gestor, aos 39 anos, não fazia só teatro. Fez um verdadeiro sequestro e assalto à mão armada em Sintra, e está finalmente na cadeia.
Dessa vez, sem um infiltrado na empresa a assaltar, Paulo Nunes e dois cúmplices – um dos quais brasileiro, seu funcionário na Remax, que também participou na
Director da Remax de Alfornelos, na Amadora, Paulo Nunes foi detido em 23 de Junho – no dia em que simulou o assalto a uma carrinha da TNT, em conluio com o funcionário ‘roubado’, para dividir com a falsa vítima os 33 mil euros desviados à empresa, em Lisboa. Foi mal encenado, a Judiciária desmascarou os dois e outro cúmplice, mas o juiz libertou-os. Até que a mesma Secção de Roubos da PJ descobriu agora que o gestor, aos 39 anos, não fazia só teatro. Fez um verdadeiro sequestro e assalto à mão armada em Sintra, e está finalmente na cadeia.
Dessa vez, sem um infiltrado na empresa a assaltar, Paulo Nunes e dois cúmplices – um dos quais brasileiro, seu funcionário na Remax, que também participou na simulação de sequestro e roubo em Junho – invadiram um armazém com máscaras de Carnaval, gorros, pistola e facas em punho.
Os três assaltantes estavam nas instalações da Expresso 24, que eram bem conhecidas do empresário porque já lá trabalhara, e por isso sabiam o que procurar: um cofre com milhares de euros. Aproveitaram o momento em que um só funcionário estava a trabalhar, em Abril, e sequestraram-no até descobrirem, dentro de uma gaveta, o cofre com mais de seis mil euros em notas e cheques. Depois fugiram e deixaram a vítima sem o telemóvel, para não alertar logo a polícia.
Era esta a vida paralela de Paulo Nunes, em contraste absoluto com a imagem de respeitável empresário – gestor de uma imobiliária em Alfornelos, onde a crise o impediu de continuar a intermediar a venda de apartamentos a bom ritmo e ganhar as respectivas comissões.
Com despesas fixas, entre contas e os ordenados de funcionários para pagar, acumularam-se as dívidas e despertou para o mundo do crime. De resto, encontrou ao seu lado um funcionário com alguma experiência – o imigrante ilegal estava já referenciado por crimes de furto. Avançaram juntos para pelo menos dois assaltos, mas a PJ não descarta a hipótese de haver mais.
PORMENORES
OITO E 15 ANOS DE CADEIA
Pelo assalto simulado, Paulo Nunes e cúmplices arriscam até oito anos de cadeia por abuso de confiança qualificado. Agora, por roubo qualificado, podem levar até 15 anos.
CONHECIDO POR BURLAS
O empresário já tinha sido investigado anteriormente por crimes de burla. O funcionário, ilegal no País, participara em furtos.
PRISÃO PREVENTIVA
Indiciados pelo roubo em Sintra, Paulo e dois cúmplices recolheram sexta-feira à cadeia.
GANG TRAÍDO POR MAU ENSAIO EM ROUBO ENCENADO
Estafeta na empresa de entregas de dinheiro e valores, um funcionário brasileiro da TNT, aos 31 anos, foi tentado pelo dinheiro dos clientes, em Lisboa. Decidiu em Junho dar um golpe, mas, para não ser apanhado, em vez de roubar, tinha de ser roubado. Combinou com Paulo Nunes e o seu funcionário na Remax, que o ‘sequestraram’ na tarde de 23 de Junho. Foi ameaçado com um revólver, agredido e manietado, numa rua de Chelas. Levaram 33 mil euros, entre cheques e dinheiro, só que o teatro foi mal encenado. Mal ouviram a ‘vítima’ e testemunhas no local, os investigadores da Secção de Roubos da Polícia Judiciária desmontaram a mentira. Os assaltantes deixaram-no ficar com o telemóvel – o que seria quase inédito num roubo assim – e encenaram mal a fuga. O brasileiro confessou e a PJ chegou aos cúmplices, recuperando o dinheiro nu-ma casa em Alfornelos, onde Paulo Nunes tinha a sua imobiliária.
ATACA AO LADO DO VENDEDOR DA IMOBILIÁRIA
Paulo Nunes, 39 anos, que detinha o franchising da Remax de Alfornelos, agência onde era director até ser preso, terá alinhado no esquema do assalto encenado através de um funcionário da imobiliária – brasileiro de 29 anos, que seria conhecido do motorista da TNT que se fez de vítima. E para este seria o crime perfeito, caso a PJ nunca descobrisse a sua ligação aos dois falsos assaltantes. Bastava fingir-se de vítima e ninguém poderia provar o contrário. Ao fim de algum tempo só tinha de ir pedir aos amigos a sua parte no dinheiro roubado – 11 mil euros em dinheiro, uma vez que os cheques não dariam para levantar.
"Uma das melhores empresas para trabalhar em portugal(dizem), vendem 2 casas por hora(dizem)...assim sendo, não havia necessidade!
Quando a realidade faz cair o marketing!"
Anónimo
Director da Remax assalta de pistola
Paulo Nunes já tinha sido apanhado por simular sequestro e desviar 33 mil euros. Juiz soltou-o mas Judiciária voltou a caçá-lo por roubo à mão armada.
12 Julho 2010 CORREIO DA MANHÃ
Além de simular sequestro para desviar 33 mil € da TNT, Paulo Nunes assaltou armazém da Expresso 24 que, como a primeira, é empresa de transportes
Paulo Nunes já tinha sido apanhado por simular sequestro e desviar 33 mil euros. Juiz soltou-o mas Judiciária voltou a caçá-lo por roubo à mão armada.
Director da Remax de Alfornelos, na Amadora, Paulo Nunes foi detido em 23 de Junho – no dia em que simulou o assalto a uma carrinha da TNT, em conluio com o funcionário ‘roubado’, para dividir com a falsa vítima os 33 mil euros desviados à empresa, em Lisboa. Foi mal encenado, a Judiciária desmascarou os dois e outro cúmplice, mas o juiz libertou-os. Até que a mesma Secção de Roubos da PJ descobriu agora que o gestor, aos 39 anos, não fazia só teatro. Fez um verdadeiro sequestro e assalto à mão armada em Sintra, e está finalmente na cadeia.
Dessa vez, sem um infiltrado na empresa a assaltar, Paulo Nunes e dois cúmplices – um dos quais brasileiro, seu funcionário na Remax, que também participou na
Director da Remax de Alfornelos, na Amadora, Paulo Nunes foi detido em 23 de Junho – no dia em que simulou o assalto a uma carrinha da TNT, em conluio com o funcionário ‘roubado’, para dividir com a falsa vítima os 33 mil euros desviados à empresa, em Lisboa. Foi mal encenado, a Judiciária desmascarou os dois e outro cúmplice, mas o juiz libertou-os. Até que a mesma Secção de Roubos da PJ descobriu agora que o gestor, aos 39 anos, não fazia só teatro. Fez um verdadeiro sequestro e assalto à mão armada em Sintra, e está finalmente na cadeia.
Dessa vez, sem um infiltrado na empresa a assaltar, Paulo Nunes e dois cúmplices – um dos quais brasileiro, seu funcionário na Remax, que também participou na simulação de sequestro e roubo em Junho – invadiram um armazém com máscaras de Carnaval, gorros, pistola e facas em punho.
Os três assaltantes estavam nas instalações da Expresso 24, que eram bem conhecidas do empresário porque já lá trabalhara, e por isso sabiam o que procurar: um cofre com milhares de euros. Aproveitaram o momento em que um só funcionário estava a trabalhar, em Abril, e sequestraram-no até descobrirem, dentro de uma gaveta, o cofre com mais de seis mil euros em notas e cheques. Depois fugiram e deixaram a vítima sem o telemóvel, para não alertar logo a polícia.
Era esta a vida paralela de Paulo Nunes, em contraste absoluto com a imagem de respeitável empresário – gestor de uma imobiliária em Alfornelos, onde a crise o impediu de continuar a intermediar a venda de apartamentos a bom ritmo e ganhar as respectivas comissões.
Com despesas fixas, entre contas e os ordenados de funcionários para pagar, acumularam-se as dívidas e despertou para o mundo do crime. De resto, encontrou ao seu lado um funcionário com alguma experiência – o imigrante ilegal estava já referenciado por crimes de furto. Avançaram juntos para pelo menos dois assaltos, mas a PJ não descarta a hipótese de haver mais.
PORMENORES
OITO E 15 ANOS DE CADEIA
Pelo assalto simulado, Paulo Nunes e cúmplices arriscam até oito anos de cadeia por abuso de confiança qualificado. Agora, por roubo qualificado, podem levar até 15 anos.
CONHECIDO POR BURLAS
O empresário já tinha sido investigado anteriormente por crimes de burla. O funcionário, ilegal no País, participara em furtos.
PRISÃO PREVENTIVA
Indiciados pelo roubo em Sintra, Paulo e dois cúmplices recolheram sexta-feira à cadeia.
GANG TRAÍDO POR MAU ENSAIO EM ROUBO ENCENADO
Estafeta na empresa de entregas de dinheiro e valores, um funcionário brasileiro da TNT, aos 31 anos, foi tentado pelo dinheiro dos clientes, em Lisboa. Decidiu em Junho dar um golpe, mas, para não ser apanhado, em vez de roubar, tinha de ser roubado. Combinou com Paulo Nunes e o seu funcionário na Remax, que o ‘sequestraram’ na tarde de 23 de Junho. Foi ameaçado com um revólver, agredido e manietado, numa rua de Chelas. Levaram 33 mil euros, entre cheques e dinheiro, só que o teatro foi mal encenado. Mal ouviram a ‘vítima’ e testemunhas no local, os investigadores da Secção de Roubos da Polícia Judiciária desmontaram a mentira. Os assaltantes deixaram-no ficar com o telemóvel – o que seria quase inédito num roubo assim – e encenaram mal a fuga. O brasileiro confessou e a PJ chegou aos cúmplices, recuperando o dinheiro nu-ma casa em Alfornelos, onde Paulo Nunes tinha a sua imobiliária.
ATACA AO LADO DO VENDEDOR DA IMOBILIÁRIA
Paulo Nunes, 39 anos, que detinha o franchising da Remax de Alfornelos, agência onde era director até ser preso, terá alinhado no esquema do assalto encenado através de um funcionário da imobiliária – brasileiro de 29 anos, que seria conhecido do motorista da TNT que se fez de vítima. E para este seria o crime perfeito, caso a PJ nunca descobrisse a sua ligação aos dois falsos assaltantes. Bastava fingir-se de vítima e ninguém poderia provar o contrário. Ao fim de algum tempo só tinha de ir pedir aos amigos a sua parte no dinheiro roubado – 11 mil euros em dinheiro, uma vez que os cheques não dariam para levantar.
"Uma das melhores empresas para trabalhar em portugal(dizem), vendem 2 casas por hora(dizem)...assim sendo, não havia necessidade!
Quando a realidade faz cair o marketing!"
Anónimo
JUÍZES DO TRIBUNAL DE TRABALHO COM PROCESSOS DISCIPLINARES
O Conselho Superior da Magistratura abriu um inquérito no Tribunal de Trabalho de Lisboa. Já há oito processos entre juízes titulares e auxiliares
Não é a primeira vez que se fala nos atrasos do Tribunal do Trabalho de Lisboa. Mas desta vez, o Conselho Superior da Magistratura (CSM) confirmou ao i que "decidiu instaurar alguns processos disciplinares a juízes que prestam serviço naquele Tribunal".
O i apurou que existe mal-estar nos corredores do tribunal com as notas altas atribuídas a alguns juízes, que agora podem ser alvo de processos disciplinares. Fonte judicial avançou ainda ao i que mais de metade dos juízes que trabalham naquele tribunal têm, actualmente, processos disciplinares em curso. De 14 juízes, oito têm processos abertos pelo Conselho Superior.
inquérito O CSM confirmou ao i que "está em curso um inquérito" às condições de funcionamento do Tribunal do Trabalho de Lisboa. O órgão que fiscaliza os juízes adianta que o inquérito foi aberto com base "na constatação da inexistência de marcação de diligências e julgamentos dentro dos prazos razoáveis".
Todavia, o CSM não quis comentar qualquer caso específico em curso, incluindo o número de processos, uma vez que "têm natureza confidencial".
Fonte judicial explicou ao i que chegou a existir a intenção de avançar com uma sindicância no Tribunal de Trabalho de Lisboa. No entanto, a sindicância poderia ter implicações mais complexas, pelo que o inquérito foi a forma de abordar o problema. O CSM desmente que exista uma sindicância, mas confirma o inquérito.
As notícias sobre a morosidade no Tribunal de Trabalho de Lisboa foram avançadas em 2008, numa altura em que o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) se pronunciou sobre o assunto.
Ao i, o presidente do SMMP, João Palma, disse que não tem conhecimento deste inquérito, "pelo que seria prematuro o sindicato pronunciar-se".
Relativamente à pendência, João Palma referiu que em 2008, face à extinção de serviços, redução de pessoal e perante uma crise que se anunciava, que tende a potenciar o aumento do número de processos, "considerámos que o Tribunal de Trabalho poderia entrar em ruptura". Quanto aos processos disciplinares, João Palma desconhece as razões que levaram o CSM a abrir o inquérito e a instaurar processos.
Associação desconhece António Martins, presidente da Associação Sindical dos Juízes (ASJP), também garantiu ao i não ter conhecimento do inquérito em causa. O dirigente refere que "nenhum dos associados contactou a Associação sobre o assunto" e "não foi pedida qualquer posição por parte da ASJP", concluiu.
Contactado o Tribunal de Trabalho, Maria da Luz Figueiredo, que está em substituição legal do juiz presidente do Tribunal do Trabalho de Lisboa - que se encontra de férias -, explicou ao i que "qualquer esclarecimento sobre o assunto deve ser solicitado ao Conselho Superior da Magistratura".
As penas aplicáveis aos juízes, conforme o seu estatuto legal, passam pela advertência, multa, transferência, suspensão de exercício, inactividade, aposentação compulsiva e, por último, a demissão.
por Augusto Freitas de Sousa , Publicado em 16 de Julho de 2010 I ONLINE
Saturday, 17 July 2010
LOCKERBIE: ACORDO PETROLÍFERO NA ORIGEM DA IBERTAÇÃO DO BOMBISTA
Publicado em 31 de Agosto de 2009 .
Khadafi aqui na companhia de Gordon Brown
Cartas trocadas entre os governos britânico e escocês revelam que libertação de Megrahi foi moeda de troca
A polémica em torno do caso Lockerbie parece não ter fim à vista. Novos dados revelados ontem pelo jornal "The Sunday Times" mostram que o governo britânico apoiou a inclusão do bombista de Lockerbie num acordo de transferência de prisioneiros com a Líbia em troca de um contrato petrolífero.
No conteúdo das duas cartas, trocadas há dois anos entre o então secretário de Justiça britânico, Jack Straw, e o seu homólogo escocês, Kenny MacAskil, fica claro que a decisão de incluir Abdelbaset al-Megrahi na lista de prisioneiros a transferir para a Líbia foi tomada depois de terem surgido dificuldades na negociação de um contrato de exploração petrolífera. Na primeira carta, Straw mostrou-se receptivo à ideia de excluir Megrahi do acordo sobre a transferência de prisioneiros entre o Reino Unido e a Líbia. Numa segunda mensagem, a posição do secretário de justiça britânico alterou-se. A correspondência sugere que a mudança de atitude ficou a dever-se a um acordo de exploração petrolífera e de gás entre a BP e a Líbia, ratificado seis semanas depois.
Reagindo à notícia, o porta-voz da BP, David Nicholas, depressa se esquivou a responsabilidades: "A empresa não é parte em acordos governamentais. Não temos papel nas discussões, nem estivemos envolvidos nas discussões de maneira alguma." Também o governo britânico insistiu que o seu papel não foi decisivo no envio de Megrahi para a Líbia.
O bombista, condenado em 2001 a prisão perpétua, pela explosão de um avião da Pan Am que sobrevoava a cidade escocesa de Lockerbie e que matou 270 pessoas, foi libertado há uma semana. Foram invocadas razões humanitárias, já que o líbio tem um cancro terminal na próstata. No dia da sua libertação, Megrahi foi recebido na Líbia como um herói, motivando críticas severas do Reino Unido e EUA.
No conteúdo das duas cartas, trocadas há dois anos entre o então secretário de Justiça britânico, Jack Straw, e o seu homólogo escocês, Kenny MacAskil, fica claro que a decisão de incluir Abdelbaset al-Megrahi na lista de prisioneiros a transferir para a Líbia foi tomada depois de terem surgido dificuldades na negociação de um contrato de exploração petrolífera. Na primeira carta, Straw mostrou-se receptivo à ideia de excluir Megrahi do acordo sobre a transferência de prisioneiros entre o Reino Unido e a Líbia. Numa segunda mensagem, a posição do secretário de justiça britânico alterou-se. A correspondência sugere que a mudança de atitude ficou a dever-se a um acordo de exploração petrolífera e de gás entre a BP e a Líbia, ratificado seis semanas depois.
Reagindo à notícia, o porta-voz da BP, David Nicholas, depressa se esquivou a responsabilidades: "A empresa não é parte em acordos governamentais. Não temos papel nas discussões, nem estivemos envolvidos nas discussões de maneira alguma." Também o governo britânico insistiu que o seu papel não foi decisivo no envio de Megrahi para a Líbia.
O bombista, condenado em 2001 a prisão perpétua, pela explosão de um avião da Pan Am que sobrevoava a cidade escocesa de Lockerbie e que matou 270 pessoas, foi libertado há uma semana. Foram invocadas razões humanitárias, já que o líbio tem um cancro terminal na próstata. No dia da sua libertação, Megrahi foi recebido na Líbia como um herói, motivando críticas severas do Reino Unido e EUA.
I ONLINE 17-07-2010
LOCKERBIE: LIBERTAÇÃO DO BOMBISTA PODE TER SIDO UM ERRO
Lockerbie. BP admite intervenção junto do governo britânico
por Renato Lopes, Publicado em 17 de Julho de 2010
Governo de Cameron admite que libertar al Megrahi pode ter sido um erro
LIBERTAÇÃO DE BOMBISTA DO LOCKERBIE FOI CONTESTADA EM TODO O MUNDO
O governo britânico considerou "um erro" a libertação, em Agosto de 2009, do bombista de Lockerbie, Abdelbeset al Megrahi, hoje com 58 anos, que a 21 de Dezembro de 1988 matou 270 pessoas num atentado ao voo 103 da Pan Am. Segundo o embaixador dos Estados Unidos na Grã-Bretanha, Nigel Sheinwald, o governo de Cameron acredita que foi errado ter libertado e devolvido Megrahi à Líbia. Garante, no entanto, que a decisão não estava dependente da vontade do governo britânico. A responsabilidade terá sido do secretário da Justiça escocês, Kenny MacAskill, que perante provas médicas de que o terrorista teria cancro da próstata em fase terminal - apenas três meses de vida - decidiu libertá-lo.
No entanto, al Megrahi ainda vive, e recentes notícias levantaram a dúvida sobre se estaria realmente doente ou se tudo não terá passado de um esquema para defender os interesses britânicos na Líbia. Sheinwald refuta a teoria: "Os anúncios na imprensa de que Megrahi foi libertado por causa de um negócio petrolífero envolvendo a BP, e as provas médicas apresentadas pelo executivo escocês, que sustentam a sua libertação, foram pagas pelo governo do Líbano, simplesmente não são verdade."
A petrolífera, porém, admitiu que no final de 2007 expressou ao governo britânico a sua preocupação com o lento progresso para concluir o acordo de transferência de prisioneiros com a Líbia. "Estávamos conscientes de que isso podia ter um impacto negativo nos interesses comerciais do Reino Unido", admitiu a BP, negando ainda assim ter solicitado especificamente a libertação de Al Megrahi.
Na quinta-feira, um grupo de senadores democratas norte- -americanos pediu uma investigação à possível intervenção da BP na libertação do bombista de Lockerbie. O Comité de Relações do Senado convocou mesmo uma audiência sobre o assunto, marcada para 29 de Julho, com directores da BP e analistas do governo.
No entanto, al Megrahi ainda vive, e recentes notícias levantaram a dúvida sobre se estaria realmente doente ou se tudo não terá passado de um esquema para defender os interesses britânicos na Líbia. Sheinwald refuta a teoria: "Os anúncios na imprensa de que Megrahi foi libertado por causa de um negócio petrolífero envolvendo a BP, e as provas médicas apresentadas pelo executivo escocês, que sustentam a sua libertação, foram pagas pelo governo do Líbano, simplesmente não são verdade."
A petrolífera, porém, admitiu que no final de 2007 expressou ao governo britânico a sua preocupação com o lento progresso para concluir o acordo de transferência de prisioneiros com a Líbia. "Estávamos conscientes de que isso podia ter um impacto negativo nos interesses comerciais do Reino Unido", admitiu a BP, negando ainda assim ter solicitado especificamente a libertação de Al Megrahi.
Na quinta-feira, um grupo de senadores democratas norte- -americanos pediu uma investigação à possível intervenção da BP na libertação do bombista de Lockerbie. O Comité de Relações do Senado convocou mesmo uma audiência sobre o assunto, marcada para 29 de Julho, com directores da BP e analistas do governo.
I ONLINE 17-07-2010
PAPA SENTE RAIVA E VERGONHA DEVIDO À PEDOFILIA NA IRLANDA
Papa sente "raiva e vergonha" devido a escândalo de pedofilia na Irlanda
por Alexandre Soares, Publicado em 11 de Dezembro de 2009 fotogalería .
"Angustiado e indignado", foi assim que o Papa Bento XVI se sentiu depois de conhecer um relatório sobre os abusos de menores por padres católicos na Irlanda.
Bento XVI disse partilhar com todos os católicos irlandeses os sentimentos de "indignação, traição e vergonha".
A informação, divulgada pelo Vaticano em comunicado, é conhecida depois de o papa ter-se reunido com representantes da Conferência Episcopal Irlandesa para analisar os abusos. Segundo o mesmo comunicado, o Papa deve agora emitir uma nota pastoral onde assegura que a igreja continuará a investigar os crimes que classificou de "atrozes".
O último relatório conhecido sobre o escândalo, composto por cinco volumes com mais de 700 páginas, mostrava que foi a conivência entre autoridades do Estado e os arcebispos católicos que permitiu um silêncio de décadas sobre os milhares de abusos sexuais de padres a crianças.
O relatório foi apresentado pelo ministro da Justiça, Dermot Ahern, que pediu desculpa às vítimas em nome do país e anunciou duas linhas telefónicas especiais para lhes prestar apoio psicológico.
O documento segue-se ao célebre "Relatório Ryan", publicado em Maio e uma verdadeira montra dos abusos ocorridos durante 60 anos. Só em Dublin, conta-se que 400 crianças tenham sido vítimas de abuso de pelo menos 152 sacerdotes. Quando a hierarquia tomava conhecimento dos casos, limitava-se a transferir os violadores para outra paróquia, muitas vezes com conhecimento das forças policiais.
"Angustiado e indignado", foi assim que o Papa Bento XVI se sentiu depois de conhecer um relatório sobre os abusos de menores por padres católicos na Irlanda.
Bento XVI disse partilhar com todos os católicos irlandeses os sentimentos de "indignação, traição e vergonha".
A informação, divulgada pelo Vaticano em comunicado, é conhecida depois de o papa ter-se reunido com representantes da Conferência Episcopal Irlandesa para analisar os abusos. Segundo o mesmo comunicado, o Papa deve agora emitir uma nota pastoral onde assegura que a igreja continuará a investigar os crimes que classificou de "atrozes".
O último relatório conhecido sobre o escândalo, composto por cinco volumes com mais de 700 páginas, mostrava que foi a conivência entre autoridades do Estado e os arcebispos católicos que permitiu um silêncio de décadas sobre os milhares de abusos sexuais de padres a crianças.
O relatório foi apresentado pelo ministro da Justiça, Dermot Ahern, que pediu desculpa às vítimas em nome do país e anunciou duas linhas telefónicas especiais para lhes prestar apoio psicológico.
O documento segue-se ao célebre "Relatório Ryan", publicado em Maio e uma verdadeira montra dos abusos ocorridos durante 60 anos. Só em Dublin, conta-se que 400 crianças tenham sido vítimas de abuso de pelo menos 152 sacerdotes. Quando a hierarquia tomava conhecimento dos casos, limitava-se a transferir os violadores para outra paróquia, muitas vezes com conhecimento das forças policiais.
I ONLINE 17-07-2010
IRLANDA: FREIRAS VÃO INDEMNIZAR CRIANÇAS MALTRATADAS
Irlanda: freiras vão indemnizar crianças maltratadas com 128 milhões de euros
por Agência Lusa, Publicado em 03 de Dezembro de 2009
Uma congregação de freiras católicas irlandesas, criticada pelos maus-tratos infligidos a crianças, anunciou hoje que vai pagar às vítimas uma indemnização de 128 milhões de euros, a segunda maior do género.
A instituição, Irmãs da Misericórdia, adiantou que a indemnização se destina a "reparar o sofrimento das crianças" que estavam confiadas às suas casas, explicando que a contribuição monetária "procura ser fiel aos valores de reparação, reconciliação, apaziguamento e responsabilidade". A congregação espera, assim, "melhorar" a vida dos seus antigos pupilos.
O relatório Ryan, que deve o seu nome ao juiz Sean Ryan que presidiu durante nove anos às investigações de maus-tratos nas instituições religiosas irlandesas, chocou em Maio a Irlanda ao revelar que milhares de crianças tinham sido vítimas de abusos sexuais, psíquicos e emocionais, por vezes "endémicos", a partir de 1930.
Perante as acusações, as irmãs da Misericórdia declararam-se "profundamente tristes", lamentando "os sofrimentos das crianças" de que eram culpadas.
As freiras dirigiam diversas escolas, desde Goldenbridge a Dublin, onde, segundo o relatório, reinava "um clima persistente de medo" e um regime disciplinar particularmente duro, com humilhações e agressões em público.
A indemnização que agora querem pagar é a segunda maior entre as instituições religiosas visadas no documento, logo a seguir à da congregação Irmãos Cristãos, que prometeu 161 milhões de euros para as suas vítimas de abusos sexuais.
A actuação da Igreja Católica da Irlanda é igualmente criticada num segundo relatório, divulgado no fim de Novembro. O documento acusa-a de ter escondido os abusos sexuais cometidos por padres da região de Dublin sobre centenas de crianças durante mais de 30 anos. O relatório, resultado de três anos de investigação, denuncia que quatro arcebispos protegeram os autores dos abusos.
I ONLINE 17-07-2010
A instituição, Irmãs da Misericórdia, adiantou que a indemnização se destina a "reparar o sofrimento das crianças" que estavam confiadas às suas casas, explicando que a contribuição monetária "procura ser fiel aos valores de reparação, reconciliação, apaziguamento e responsabilidade". A congregação espera, assim, "melhorar" a vida dos seus antigos pupilos.
O relatório Ryan, que deve o seu nome ao juiz Sean Ryan que presidiu durante nove anos às investigações de maus-tratos nas instituições religiosas irlandesas, chocou em Maio a Irlanda ao revelar que milhares de crianças tinham sido vítimas de abusos sexuais, psíquicos e emocionais, por vezes "endémicos", a partir de 1930.
Perante as acusações, as irmãs da Misericórdia declararam-se "profundamente tristes", lamentando "os sofrimentos das crianças" de que eram culpadas.
As freiras dirigiam diversas escolas, desde Goldenbridge a Dublin, onde, segundo o relatório, reinava "um clima persistente de medo" e um regime disciplinar particularmente duro, com humilhações e agressões em público.
A indemnização que agora querem pagar é a segunda maior entre as instituições religiosas visadas no documento, logo a seguir à da congregação Irmãos Cristãos, que prometeu 161 milhões de euros para as suas vítimas de abusos sexuais.
A actuação da Igreja Católica da Irlanda é igualmente criticada num segundo relatório, divulgado no fim de Novembro. O documento acusa-a de ter escondido os abusos sexuais cometidos por padres da região de Dublin sobre centenas de crianças durante mais de 30 anos. O relatório, resultado de três anos de investigação, denuncia que quatro arcebispos protegeram os autores dos abusos.
I ONLINE 17-07-2010
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