Irlanda: freiras vão indemnizar crianças maltratadas com 128 milhões de euros
por Agência Lusa, Publicado em 03 de Dezembro de 2009
Uma congregação de freiras católicas irlandesas, criticada pelos maus-tratos infligidos a crianças, anunciou hoje que vai pagar às vítimas uma indemnização de 128 milhões de euros, a segunda maior do género.
A instituição, Irmãs da Misericórdia, adiantou que a indemnização se destina a "reparar o sofrimento das crianças" que estavam confiadas às suas casas, explicando que a contribuição monetária "procura ser fiel aos valores de reparação, reconciliação, apaziguamento e responsabilidade". A congregação espera, assim, "melhorar" a vida dos seus antigos pupilos.
O relatório Ryan, que deve o seu nome ao juiz Sean Ryan que presidiu durante nove anos às investigações de maus-tratos nas instituições religiosas irlandesas, chocou em Maio a Irlanda ao revelar que milhares de crianças tinham sido vítimas de abusos sexuais, psíquicos e emocionais, por vezes "endémicos", a partir de 1930.
Perante as acusações, as irmãs da Misericórdia declararam-se "profundamente tristes", lamentando "os sofrimentos das crianças" de que eram culpadas.
As freiras dirigiam diversas escolas, desde Goldenbridge a Dublin, onde, segundo o relatório, reinava "um clima persistente de medo" e um regime disciplinar particularmente duro, com humilhações e agressões em público.
A indemnização que agora querem pagar é a segunda maior entre as instituições religiosas visadas no documento, logo a seguir à da congregação Irmãos Cristãos, que prometeu 161 milhões de euros para as suas vítimas de abusos sexuais.
A actuação da Igreja Católica da Irlanda é igualmente criticada num segundo relatório, divulgado no fim de Novembro. O documento acusa-a de ter escondido os abusos sexuais cometidos por padres da região de Dublin sobre centenas de crianças durante mais de 30 anos. O relatório, resultado de três anos de investigação, denuncia que quatro arcebispos protegeram os autores dos abusos.
I ONLINE 17-07-2010
A instituição, Irmãs da Misericórdia, adiantou que a indemnização se destina a "reparar o sofrimento das crianças" que estavam confiadas às suas casas, explicando que a contribuição monetária "procura ser fiel aos valores de reparação, reconciliação, apaziguamento e responsabilidade". A congregação espera, assim, "melhorar" a vida dos seus antigos pupilos.
O relatório Ryan, que deve o seu nome ao juiz Sean Ryan que presidiu durante nove anos às investigações de maus-tratos nas instituições religiosas irlandesas, chocou em Maio a Irlanda ao revelar que milhares de crianças tinham sido vítimas de abusos sexuais, psíquicos e emocionais, por vezes "endémicos", a partir de 1930.
Perante as acusações, as irmãs da Misericórdia declararam-se "profundamente tristes", lamentando "os sofrimentos das crianças" de que eram culpadas.
As freiras dirigiam diversas escolas, desde Goldenbridge a Dublin, onde, segundo o relatório, reinava "um clima persistente de medo" e um regime disciplinar particularmente duro, com humilhações e agressões em público.
A indemnização que agora querem pagar é a segunda maior entre as instituições religiosas visadas no documento, logo a seguir à da congregação Irmãos Cristãos, que prometeu 161 milhões de euros para as suas vítimas de abusos sexuais.
A actuação da Igreja Católica da Irlanda é igualmente criticada num segundo relatório, divulgado no fim de Novembro. O documento acusa-a de ter escondido os abusos sexuais cometidos por padres da região de Dublin sobre centenas de crianças durante mais de 30 anos. O relatório, resultado de três anos de investigação, denuncia que quatro arcebispos protegeram os autores dos abusos.
I ONLINE 17-07-2010