Espanha: Juiz da audiência nacional acusado de prevaricação
Novas ‘provas’ contra Garzón
Uma carta escrita em papel timbrado do gabinete do juiz espanhol Baltasar Garzón, dirigida à Endesa, em que se pede uma total de 250 mil dólares para o patrocínio do curso ‘Terrorismo e Segurança’, coordenado pelo magistrado numa universidade de Nova Iorque, foi ontem entregue ao Supremo Tribunal de Espanha, que investiga se o juiz, que está suspenso de funções, recebeu subornos.
A missiva, entregue ao tribunal pelo director da Assessoria Jurídica da Endesa, Francisco Borja Acha, está assinada pela representante da Universidade de Nova Iorque, Karen Greenberg, que pede à Endesa duas prestações de 125 mil dólares para o patrocínio do curso. O facto de a carta ter sido escrita em papel timbrado do gabinete da Garzón prova, segundo a acusação, que este esteve directamente envolvido na solicitação do referido patrocínio.
O juiz Manuel Marchena, do Supremo, pretende apurar se Garzón recebeu subornos, nomeadamente do Banco Santander. Isto porque Garzón arquivou um caso contra o ex-presidente e vários directores daquele banco meses depois de o curso por si coordenado ter recebido da instituição um patrocínio de 302 mil dólares.
APONTAMENTOS
SUBORNOS
Baltasar Garzón enfrenta três processos. Num deles é acusado de receber subornos do Banco Santander para arquivar um processo contra responsáveis da instituição.
FRANQUISMO
Noutro processo é acusado de investigar crimes do Franquismo sem ter competência para tal.
CASO GÜRTEL
Noutro caso, o juiz é acusado de prevaricação e escutas ilegais a presos do caso de corrupção Gürtel.
JUANA CHAOS TERÁ FUGIDO PARA A VENEZUELA
O ex-membro da ETA Juana Chaos terá fugido com a sua companheira da Irlanda do Norte para a Venezuela com a ajuda do IRA, noticiou ontem a rádio Cadena Ser. Chaos vivia na Irlanda do Norte desde a sua libertação, em Agosto de 2008, e enfrentava um processo de extradição para Espanha. A informação sobre a fuga de Chaos surge no mesmo dia em que o ex--chefe militar da ETA Javier García Gaztelu ‘Txapote’ insultou os juízes do tribunal em que está a ser julgado. Primeiro, o etarra lançou um beijo à juíza e depois mandou o colectivo de juízes 'para o c...'
CORREIO DA MANHÃ 6-07-2010
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