Saturday, 24 July 2010

EURO TREME COM FALTA DE CREDIBILIDADE DOS TESTES

Banca

O euro subiu, desceu e voltou a subir. Durante as primeiras horas da manhã, a moeda única atingia o valor mais alto da sessão. Avançava 0,57% até aos 1,2966 dólares. Uma performance em parte sustentada pelo índice de confiança dos empresários alemães que registou, em Julho, a maior subida em 20 anos, para o valor mais alto desde Julho de 2007, nos primórdios da crise do ‘subprime'.

Mas o euro não tardaria a tremer. Cerca de quatro horas antes de os resultados dos ‘stress tests' serem divulgados, a moeda europeia passava a negociar em terreno negativo, por receio ou por desconfiança dos investidores, e caía 0,77%, para os mínimos da sessão. Precisamente à "hora D", o euro saiu do vermelho, num movimento que durou apenas alguns segundos. Os resultados dos ‘stress tests' não conseguiram suportar a moeda da zona euro em terreno positivo, não porque não tenham sido bons, mas porque foram bons demais. "Os detalhes dos testes ainda terão de ser escrutinados mas a dúvida que persiste é se os testes terão sido demasiado brandos com os bancos europeus", comentava à Reuters Vassilli Serebriakov, responsável pela área de câmbios do Wells Fargo, em Nova Iorque.

O euro é assim o primeiro activo a revelar que os ‘stress tests' terão falhado um dos principais objectivos: trazer a confiança dos investidores de volta ao mercado europeu. O grande teste de fogo está reservado para segunda-feira, ao toque do sino nas bolsas do Velho Continente

DIÁRIO ECONÓMICO

Marta Marques Silva
24/07/10 00:05

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