Escândalo das orgias revelado pelo Ministério Público
VÍDEO: Berlusconi à beira do abismo
O relatório dos procuradores de Milão resume as acusações que podem significar até 15 anos de prisão para o chefe de Governo italiano
Íris e Rubi são duas jovens que participaram nas festas privadas na mansão de Sílvio Berlusconi quando ainda não tinham completado 18 anos. O escândalo faz todos os dias as manchetes dos jornais. O primeiro-ministro defende-se afirmando que é um ataque político. As 389 páginas do processo do caso Ruby, a jovem marroquina de 18 anos que, segundo o Ministério Público de Milão, se prostituiu pelo menos uma dezena de vezes em casa do primeiro-ministro italiano. Ninguém ri, ninguém goza, ninguém parece desfrutar, realmente, nas 17 noites de bunga bunga (o código privado da casa para dizer orgia) organizadas em Arcore, durante 2010. As 389 folhas são resumidas nas acusações que podem significar até 15 anos de prisão para Sílvio Berlusconi (prostituição de menores e abuso de poder), e em mais uma acusação, pelo primeiro crime, para os presumíveis (e enfraquecidos) proxenetas. Segundo o La Reppublica, somando os diferentes registos de despesas incluídos no processo, Berlusconi desembolsou 2,5 milhões de euros em apenas uns meses para financiar as suas festas de Arcore (quase sempre em dinheiro vivo, segundo os investigadores, pelo que não parece descartável um delito fiscal).
A imensa riqueza do sultão, dono de um império mediático, editorial, bancário, imobiliário e financeiro que vale cerca de 6 600 milhões de euros, de acordo com a revista Forbes. Até que, um dia, a 27 de maio passado, Ruby foi presa pela polícia, acusada de ter roubado dinheiro e joias a outra prostituta. Quando estava detida, dizem os magistrados, uma conhecida brasileira que também tinha o telemóvel de Berlusconi, ligou-lhe para o avisar. Passava da meia--noite, quando o chefe do Governo cometeu um erro fatal: ligou para o comando e disse ao chefe de serviço que a rapariga, que não tinha documentos, era "familiar ou sobrinha de Hosni Mubarak" [o Presidente do Egito] e devia ser "confiada à conselheira da presidência Minetti", que iria recolhê-la.
17:48 Sábado, 29 de Jan de 2011
http://aeiou.visao.pt/video-berlusconi-a-beira-do-abismo=f587891
VÍDEO: Berlusconi à beira do abismo
O relatório dos procuradores de Milão resume as acusações que podem significar até 15 anos de prisão para o chefe de Governo italiano
Íris e Rubi são duas jovens que participaram nas festas privadas na mansão de Sílvio Berlusconi quando ainda não tinham completado 18 anos. O escândalo faz todos os dias as manchetes dos jornais. O primeiro-ministro defende-se afirmando que é um ataque político. As 389 páginas do processo do caso Ruby, a jovem marroquina de 18 anos que, segundo o Ministério Público de Milão, se prostituiu pelo menos uma dezena de vezes em casa do primeiro-ministro italiano. Ninguém ri, ninguém goza, ninguém parece desfrutar, realmente, nas 17 noites de bunga bunga (o código privado da casa para dizer orgia) organizadas em Arcore, durante 2010. As 389 folhas são resumidas nas acusações que podem significar até 15 anos de prisão para Sílvio Berlusconi (prostituição de menores e abuso de poder), e em mais uma acusação, pelo primeiro crime, para os presumíveis (e enfraquecidos) proxenetas. Segundo o La Reppublica, somando os diferentes registos de despesas incluídos no processo, Berlusconi desembolsou 2,5 milhões de euros em apenas uns meses para financiar as suas festas de Arcore (quase sempre em dinheiro vivo, segundo os investigadores, pelo que não parece descartável um delito fiscal).
A imensa riqueza do sultão, dono de um império mediático, editorial, bancário, imobiliário e financeiro que vale cerca de 6 600 milhões de euros, de acordo com a revista Forbes. Até que, um dia, a 27 de maio passado, Ruby foi presa pela polícia, acusada de ter roubado dinheiro e joias a outra prostituta. Quando estava detida, dizem os magistrados, uma conhecida brasileira que também tinha o telemóvel de Berlusconi, ligou-lhe para o avisar. Passava da meia--noite, quando o chefe do Governo cometeu um erro fatal: ligou para o comando e disse ao chefe de serviço que a rapariga, que não tinha documentos, era "familiar ou sobrinha de Hosni Mubarak" [o Presidente do Egito] e devia ser "confiada à conselheira da presidência Minetti", que iria recolhê-la.
17:48 Sábado, 29 de Jan de 2011
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