Pinto Monteiro abre dois processos disciplinares a Cândida Almeida
Um deles devido aos submarinos. Caso que vai ficar sem duas procuradoras
É uma notícia TVI. A directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal tem dois processos disciplinares instaurados pelo Procurador-Geral da República. Um deles por causa dos submarinos.
A investigação em curso há vários anos a eventuais crimes de corrupção relacionada com financiamento partidário vai perder as duas procuradoras titulares. Cândida Almeida, numa reacção exclusiva à TVI, afirma que a decisão do juiz de instrução é uma prova de que são grandes magistradas:
«Eu sirvo a justiça, por isso acredito na justiça e obviamente que considero a magistratura portuguesa corajosa, independente, sem medo, e portanto, com muito orgulho e alguma vaidade, os magistrados com os quais trabalho são excelentes».
As procuradoras do processo, Auristela Pereira e Carla Dias, podem ser excelentes, mas foram alvo de um processo disciplinar instaurado pelo Procurador-Geral da República. Em causa, a relação afectiva de Carla Dias com Rui Felizardo, presidente da Inteli, empresa que forneceu peritos ao processo.
O juiz Carlos Alexandre, na sentença, escreve que esse tipo de relação por si só não serve para pôr em causa a perícia, que validou contra a vontade da maioria das defesas.
Pinto Monteiro parece ter entendimento diferente e abriu mesmo dois processos disciplinares à própria Cândida Almeida, um deles por causa deste processo afectivo com submarinos. Mas sobre isso, Cândida Almeida não quis falar, pois «são assuntos privados». Em todo o caso, confirmou que as magistradas já tenham manifestado intenção em abandonar a investigação do processo principal: «Sim, elas pediram».
O processo que hoje foi objecto de decisão é o mais pequeno do dossier Submarinos. Diz respeito a 34 milhões de euros de contrapartidas que o Ministério Público considera falsas. Mas há outra investigação em curso, o chamado processo nº 56, por suspeitas de corrupção, abuso de poder e branqueamento de capitais, que o Ministério Público admite relacionarem-se com o financiamento ilegal ao CDS/PP.
Essa investigação, que já leva quatro anos, vai ficar sem as duas procuradoras titulares.
Por: Redacção / Carlos Enes 25- 1- 2011 20: 16
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/submarinos-tvi24-candida-almeida-pinto-monteiro-dciap-pgr/1228546-4071.html
Um deles devido aos submarinos. Caso que vai ficar sem duas procuradoras
É uma notícia TVI. A directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal tem dois processos disciplinares instaurados pelo Procurador-Geral da República. Um deles por causa dos submarinos.
A investigação em curso há vários anos a eventuais crimes de corrupção relacionada com financiamento partidário vai perder as duas procuradoras titulares. Cândida Almeida, numa reacção exclusiva à TVI, afirma que a decisão do juiz de instrução é uma prova de que são grandes magistradas:
«Eu sirvo a justiça, por isso acredito na justiça e obviamente que considero a magistratura portuguesa corajosa, independente, sem medo, e portanto, com muito orgulho e alguma vaidade, os magistrados com os quais trabalho são excelentes».
As procuradoras do processo, Auristela Pereira e Carla Dias, podem ser excelentes, mas foram alvo de um processo disciplinar instaurado pelo Procurador-Geral da República. Em causa, a relação afectiva de Carla Dias com Rui Felizardo, presidente da Inteli, empresa que forneceu peritos ao processo.
O juiz Carlos Alexandre, na sentença, escreve que esse tipo de relação por si só não serve para pôr em causa a perícia, que validou contra a vontade da maioria das defesas.
Pinto Monteiro parece ter entendimento diferente e abriu mesmo dois processos disciplinares à própria Cândida Almeida, um deles por causa deste processo afectivo com submarinos. Mas sobre isso, Cândida Almeida não quis falar, pois «são assuntos privados». Em todo o caso, confirmou que as magistradas já tenham manifestado intenção em abandonar a investigação do processo principal: «Sim, elas pediram».
O processo que hoje foi objecto de decisão é o mais pequeno do dossier Submarinos. Diz respeito a 34 milhões de euros de contrapartidas que o Ministério Público considera falsas. Mas há outra investigação em curso, o chamado processo nº 56, por suspeitas de corrupção, abuso de poder e branqueamento de capitais, que o Ministério Público admite relacionarem-se com o financiamento ilegal ao CDS/PP.
Essa investigação, que já leva quatro anos, vai ficar sem as duas procuradoras titulares.
Por: Redacção / Carlos Enes 25- 1- 2011 20: 16
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/submarinos-tvi24-candida-almeida-pinto-monteiro-dciap-pgr/1228546-4071.html