Saturday, 21 August 2010

JOSÉ CARLOS PEREIRA VAI PARA RECUPERAÇÃO

Zeca: Recuperação solitária no estrangeiro

Falta pouco mais de uma semana para José Carlos Pereira iniciar o tratamento que prometeu à família, amigos e fãs para se curar da dependência de álcool e drogas. Ao contrário do que tem sido noticiado, Zeca, como é carinhosamente tratado pelos amigos, está prestes a rumar para a Indonésia, não para férias, mas sim para se tratar durante os próximos três meses.

O actor, de 31 anos, escolheu as paisagens idílicas daquele país, localizado entre a Ásia e a Oceânia, para se "refugiar", como já tinha explicado à ‘Vidas’.
"Neste momento, estou a aproveitar ao máximo para estar com a minha família e com os meus amigos. Depois, vou--me embora. Vou refugiar-me longe daqui para depois voltar em Novembro", revelou, confiante na sua cura.

Empenhado em não desiludir, mais uma vez, os seus fãs e todas as pessoas que o rodeiam, José Carlos Pereira preferiu deixar Portugal, onde facilmente poderia cair em tentação. "Apesar de não ter tocado em álcool nos últimos tempos, o Zeca não consegue desligar-se da vida boémia. É sempre desafiado por amigos para sair à noite e não consegue dizer que não. Assim é difícil conseguir uma cura à séria. Todos acreditamos que isto tudo vai ser o melhor para ele", revelou um amigo do actor que prefere manter o anonimato.

O tratamento vai ser intensivo e José Carlos Pereira terá pouco contacto com o exterior. A utilização de telemóvel e de internet é limitada, o que não preocupa o actor, que quer apostar definitivamente na sua recuperação e não deitar por terra a oportunidade que André Cerqueira, director de programas da TVI, e Júlia Pinheiro, directora de formatação de conteúdos do canal, lhe deram. Este não é, no entanto, o primeiro tratamento do actor. E os amigos mais próximos temem que o "retiro espiritual" volte a não resultar. "Ele devia internar-se numa clínica como já fez. Talvez agora, com mais força de vontade que demostra ter, resultasse", refere à ‘Vidas’ uma amiga.

VIDAS A FERVER - CORREIO DA MANHÃ - 21-8-2010

FETEIRA: AS TRANSFERÊNCIAS PARA AS CONTAS DOS ADVOGADOS E O NEGÓCIO COM CINTRA

Justiça

Colaborador de Tomé Feteira compromete Duarte Lima

Judiciária fez buscas a duas residências da amante do milionário e apreendeu agenda com contactos manuscritos de bancos nacionais e internacionais. Resposta às cartas rogatórias enviadas em 2007 chegou em 2009.

Um mediador imobiliário que colaborou com Lúcio Tomé Feteira, falecido a 15 de Dezembro de 2000, durante quase 30 anos, afirmou aos investigadores da Polícia Judiciária (PJ) que não tinha dúvidas de que Rosalina Ribeiro – 74 anos e assassinada, no Brasil, a 7 de Dezembro de 2009 – tinha desviado milhões de euros da fortuna do milionário com a ajuda dos seus advogados.

A quatro de Novembro de 2005 – no âmbito do processo-crime de Olímpia Feteira de Menezes, filha do milionário, contra a amante do pai por falsificação de documentos e abuso de confiança – Manuel Silva, disse que 'nessas transferências terá existido uma forte intervenção de Rosalina'. E que 'para o efeito terá contado com o apoio dos seus advogados Valentim Rodrigues e Duarte Lima e de funcionários altamente colocados no BCP'.

O colaborador do milionário contou ainda que Rosalina Ribeiro, que viveu uma relação extraconjugal com Tomé Feteira, teria colocado o dinheiro e outros bens em contas off-shore nas ilhas Caimão. Segundo a mesma testemunha, Tomé Feteira tinha quadros de pintores famosos (Renoir, Matisse, Rembrandt e outros) guardados na 'cave' de um banco em Nova Iorque, o Chase Manhattan Bank. Contou que Rosalina fazia questão de aparecer ao lado dele e de figuras públicas internacionais. Em 1987 viu fotografias dos dois com o ex-presidente francês, Jacques Chirac, e George H. Bush, ex-presidente dos EUA. Feteira terá dado um milhão de euros para a campanha de Bush às presidenciais de 1988.

Com base nos testemunhos, a PJ pediu para que fossem feitas buscas às residências de Rosalina. Já em Maio de 2005 os investigadores apreenderam uma agenda com contactos bancários manuscritos e cheques emitidos por vários bancos em nome de Rosalina Ribeiro.

Em Agosto de 2007 foram enviadas cartas rogatórias para a Suíça, Brasil, Estados Unidos e Inglaterra para pedir uma relação de todas as contas de Rosalina e de Tomé Feteira. Foram devolvidas por falta de documentação que fundamente o crime. Com estes atrasos as respostas só chegaram em Agosto de 2009. Entretanto, já o processo tinha sido arquivado por falta de indícios de crime e prescrição de prazos de investigação. Olímpia recorreu e com a chegada das cartas o juiz reabriu o processo, mas Rosalina morreu e foi decidido encerrar o caso, sem se apurar onde foram parar mais de 10 milhões desviados da herança de Feteira.

MAIS DE METADE DO DINHEIRO DESVIADO FOI PARA CONTA DE DUARTE LIMA

No processo que Olímpia, filha de Tomé Feteira, moveu contra Rosalina, a secretária é acusada de se ter apropriado, de forma indevida, de 10 587 000 euros, de contas do milionário respeitantes a três bancos diferentes. Mais de metade, cerca de 5.5 milhões, foram para Duarte Lima.

Do Banco de Boston, no Rio de Janeiro, levantou 533 mil euros; do Union Banque Suisse, 8.935 milhões de euros; e do BCP, em Portugal, fez duas movimentações, uma primeira de 444 mil euros e uma segunda de 674 mil. Durante a investigação, Rosalina Ribeiro não escondeu que fez as referidas movimentações bancárias.

Desse montante, cerca de 5.5 milhões de euros foram depositados numa conta de Duarte Lima entre Março e Maio de 2001: 1.8 milhões de euros a 13/03; 680 mil a 21/03; 664 mil a 27/03; 2.137 milhões a 24/04 e 181 mil a 22 de Maio.

Em alguns destes casos, Rosalina era co-titular das contas de Tomé Feteira, mas isso não lhe permitia apropriar-se do dinheiro.

CINTRA COMPRA FAZENDA

A 24 de Março de 2000, nove meses antes da morte de Tomé Feteira, este vendeu um dos ex-líbris do seu património: a fazenda São Bento da Lagoa, em Maricá – perto de onde foi encontrado o corpo de Rosalina Ribeiro –, que se estende ao longo de sete milhões de metros quadrados numa das áreas mais cobiçadas a nível imobiliário. A seu lado, no cartório, Tomé Feteira tinha a mulher, Adelaide, e à frente o comprador: Sousa Cintra. O conhecido empresário português, amigo de longa data de Tomé Feteira, foi quem adquiriu o terreno, como sócio-gerente da Terra Ouro – Terrenos e Investimentos Lda. Para tal, comprometeu-se a desembolsar 6,1 milhões de euros, pagos em cinco tranches. Em vida, Tomé Feteira recebeu apenas a primeira, no valor de 380 mil euros. As restantes foram pagas até 2002.

'Fui eu que fiz o negócio com o senhor Feteira no notário, mas acabei por vender o terreno pouco depois. Foi tudo pago e depois vendi', disse ontem ao CM o empresário.

Sousa Cintra planeava erguer ali um complexo turístico, mas acabou por desfazer-se do terreno alguns anos mais tarde devido aos imensos problemas que enfrentou, uma vez que aquela é uma área protegida a nível ambiental. Vendeu o terreno ao consórcio luso-espanhol Madrilisboa que, em 2007, anunciou que ia investir no local três mil milhões de euros para fazer um empreendimento de luxo.

Esta empresa anunciou que pretende ali criar 40 mil postos de trabalho e que prevê que a obra esteja concluída em 2017. Ali será erguido um resort com spa, campos de golfe, complexos turísticos e uma zona de moradias de luxo.

PROCESSO NO DIAP PODE REABRIR PARA QUESTIONAR ADVOGADO

Ao que o CM apurou, o processo-crime por falsificação de documentos e abuso de confiança foi colocado por Olímpia Feteira de Menezes contra Rosalina Ribeiro e outros. O processo foi arquivado quando esta foi assassinada no Brasil por extinção da responsabilidade criminal, mas pode ser reaberto. Ou seja, Olímpia pode requerer a reabertura do processo com base nas respostas das cartas rogatórias que chegaram, mas que não foram analisadas. Do banco da Suíça chegaram vários extractos onde estão as transferências feitas para o português Duarte Lima. Há um outro nome, que não está bem visível, mas que se crê ser o advogado brasileiro Normando Ventura.

'FICO INDIGNADO COM ESTA GUERRA': Sousa Cintra, empresário e amigo de Tomé Feteira

Correio da Manhã – Qual era a sua relação com Tomé Feteira?

Sousa Cintra – Eu conheci o senhor Tomé Feteira por altura do 25 de Abril. Convivíamos bastante, almoçávamos muitas vezes. Era um grande homem.

– Como o definia?

– Admirava imenso Tomé Feteira, era um homem bom. Ele também dizia que eu era um grande empreendedor.

– Conheceu Rosalina Ribeiro?

– Claro que sim. Era a secretária e amiga dele. Não havia um passo que o Tomé Feteira desse que ela não soubesse. Ela estava a par de tudo.

– E o dr. Duarte Lima? Conhece-o?

– Conheço-o tanto como a maior parte das pessoas, de ter sido político, de ser advogado, de aparecer nas notícias. Ele não é meu amigo, nem nunca tomámos café juntos.

– Como vê o assassinato de Rosalina Ribeiro?

– Esta história faz-me uma grande confusão. Fico indignado com a morte dela e esta guerra por causa do dinheiro.


Por:João Tavares/Sónia Trigueirão

CORREIO DA MANHÃ 21-08-2010

PRINCESS MARGARET: A REMEMBRANCE


80th Birthday
of Her Royal Highness
The Princess Margaret Rose
Countess of Snowdon
1930 - 2002

When Princess Margaret Rose was born on 21st August 1930 at Glamis Castle in Perthshire, younger sister to Princess Elizabeth, (HM Queen Elizabeth II, Queen of Australia) she was fourth in line of succession to the throne. Princess Margaret died in London on 9th February 2002. She was the younger daughter of The Duke and Duchess of York, later to become King George VI and Queen Elizabeth The Queen Mother following the Abdication Crisis of 1936. Glamis was the Scottish home of her grandparents, the Earl and Countess of Strathmore.

Princess Margaret was the first royal baby in direct line to the throne to have been born in Scotland for 300 years. Her grandfather, King George V, was still very much alive, as was his eldest son, Margaret's Uncle David, destined to be King Edward VIII. Her father, King George VI was proud of his elder girl, because Margaret "brought delight into his life".

Though there were four years between them, the sisters were almost like twins - an exclusive and indissoluble team. But that rapidly began to change. At their father's coronation, Elizabeth had a train and Margaret did not.

Her first overseas engagement on behalf of her father, led Princess Margaret 1948 to the Netherlands, where she attended the proclamation of the new Dutch Queen Juliana. Male students from the local university were so smitten that they serenaded her from a boat on the canal beneath her hotel-room windows.

By 1948, her sister Elizabeth was not only a married woman but a mother, too. For the first time in her life, Margaret was like an only child, racketing around that great Palace at the end of the Mall, with no very obvious task and with no companion of roughly her own age. It seemed, she followed Time magazine's suggestion and became "the party animal she remained for most of her life".

She regularly danced the night away with the so-called Princess Margaret Set. She loved to sing at the piano in nightclubs, surrounded by laughing friends. During the day, she did her work, and generally did it well. Like others of her generation, she had a strongly developed sense of duty, though her official duties were not always glamorous or exciting.

Photographs from the time show an almost impossibly glamorous figure. Hats, bouquets, handbags are all apparently permanent fixtures, as is a wide seductive smile. Around her, elderly gentlemen, mayors and the like, dance attendance. All wear an expression of adulation and the Princess gives every indication of much enjoying centre-stage.

Aneurin Bevan, the Labour Minister for Health, noticed that every time she visited a hospital, recruitment of nurses - a particular problem for his new National Health Service - soared. He pressed her office with more invitations.

Then, just as she was spreading her wings, her life changed abruptly. The shy and stammering King George VI had not been in good health for some time, but his death on 6th February 1952, aged 56, was wholly unexpected.

The Earl of Snowdon’s engagement to Princess Margaret in February 1960 was a surprise, as some considered she was still on the "rebound" from her ill-fated relationship with Group Captain Peter Townsend. The couple married in May 1960 and, in the "swinging sixties", they mixed with actors, artists and pop stars. They were divorced in 1978.
The older she became, the more the Princess seemed to attract disapproving comment. The Princess performed most of her official visits on her own. Whereas her sister was often accompanied by the Duke of Edinburgh, Princess Margaret cut an increasingly lonely-looking figure. Her once glamorous solitude had come to seem sad.

Early in 1985, she had a serious lung operation and was photographed looking drawn and wan. She appeared to make a good recovery, but was felled nine years later by a stroke. Again, she bounced back and seemed to be on the mend. The Queen's children, meanwhile, were taking on more and more of her duties. When Prince Edward came of age, he took his place on the list of members of the Royal Family eligible to be Counsellors of State (those with powers to act on behalf of the Queen) - and Margaret was simply removed. Yet she had carried out this role for decades, and enjoyed it.

The rules could have been amended to let her continue, but the idea seems not to have been contemplated. Not for the first time, the Princess was underemployed and under-appreciated.

She who had once been the cynosure of the Royal Family - the cleverest, the most artistic and effervescent - was slipping inexorably towards the wings.

She eventually died in her sleep on 9th February 2002 with her son and daughter at her bedside. The funeral of Princess Margaret has been held at St George's Chapel, Windsor, on Friday 15th February at 3.00pm, 50 years to the day since the funeral of her father, King George VI. HM Queen Elizabeth, The Queen Mother, was present although she was not in the best of health. The Queen Mother had been staying at Sandringham but travelled by helicopter to Royal Lodge in Windsor Great Park on Thursday, 14th February. Seven weeks later The Queen Mother was to die at Royal Lodge, on March 30th 2002.

The heirlooms that was put up for auction in June 2006 by the Princess' two children, Viscount Linley and Lady Sarah Chatto had been estimated to fetch some £3 million but they raised £13,658,728. Lord Linley and Lady Sarah needed to meet death duties on their mother's estate.

The final tally for the auction exceeded all expectations, but more than £410,000 of that total went to charities like The Stroke Association and SOS Children's Villages. In 2006 Jon Barrick, Chief Executive of The Stroke Association said: "Any donation received from the auction will be added to The Stroke Association's Princess Margaret Fund which provides medical research into the condition that causes over 65,000 deaths each year and has left around 300,000 people living with moderate to severe disabilities." Another charity bonus came from the chain-smoking princess's gem-set cigarette case, inscribed: "To Margaret from her very devoted Papa GR Christmas 1949". It was expected to fetch upwards of £3,000. It went for £102,000.

On her 80th birthday Princess Margaret is missed by more people than the media let us believe. Even the German daily Frankfurter Neue Presse commemorated the late Princess Margaret.

RADICAL ROYALIST 21-08-2010

DECO FAZ QUEIXA AO BANCO DE PORTUGAL

Banca: Contratos de crédito com cláusulas que revêem juros

Guerra entre Deco e Banco de Portugal

Está instalada a guerra entre o Banco de Portugal e a Deco. O regulador nega ter recebido qualquer queixa da associação de defesa do consumidor sobre a inclusão pelos bancos de cláusulas que revêem de forma unilateral os juros acordados nos contratos à habitação. A Deco reafirma que a participação foi encaminhada em Junho.

"O Banco de Portugal não recebeu, até ao momento, qualquer comunicação da Deco (...), pelo que não se pode pronunciar sobre o seu conteúdo", respondeu a autoridade monetária ao CM. Rita Rodrigues, do departamento de relações institucionais da associação, reafirma a posição da Deco: "Garantidamente, mandámos uma participação não só ao Banco de Portugal, mas também à secretaria de Estado da Defesa do Consumidor, procedimento normal neste tipo de situações." A técnica da Deco garante que a queixa foi encaminhada "no final do mês de Junho", com a "cláusula transcrita".

O Montepio, um dos bancos onde a Deco detectou este tipo de casos, garante ao CM que, "na presente data, não tem nos contratos de crédito à habitação cláusulas que permitam o agravamento unilateral do spread".

DIANA RAMOS 21-08-2010

CORREIO DA MANHÃ

Friday, 20 August 2010

VAI DE EMAIL A PIOR!


Revista de Hélder Freire Costa já está em ensaios no Maria Vitória

Paulo Vasco é primeira figura ao lado de Florbela Queirós

‘Vai de em@il a pior’, título do novo espectáculo do produtor Hélder Freire Costa, já está em ensaios no Teatro Maria Vitória e, para além de Florbela Queirós conta ainda com o nome de Paulo Vasco como cabeça de cartaz.

Com textos de Mário Rainho e Francisco Nicholson e encenação deste último, o espectáculo – que deverá estrear no início da próxima temporada teatral – conta ainda com as presenças de Carlos Queirós (irmão de Florbela Queirós), Vanessa e Joana Alvarenga no elenco.

A título de atracção, a jovem Joana Baeta, de 21 anos, fará as honras da casa. “É uma jovem de grande talento, que temos a certeza que vai agradar muito ao público”, garante Hélder Freire Costa, sempre atento aos novos valores do fado.

A música do espectáculo tem assinatura de José Cabeleira e de Pedro Lima, os figurinos serão de Magda Cardoso e a coreografia de Marco De Camillis. Moniz Ribeiro assegurará a montagem.

O elenco fica completo com os nomes de Cristina Aurélio, David Ventura (que o público conhece das produções de Filipe La Féria), Mara Galinha (uma cara conhecida da televisão), João Duarte Costa e Hélia Gonçalves.


CORREIO DA MANHÃ 19-08-2010

VILAMOURA: INGLÊS FOTOGRAVA CRIANÇAS NA PRAIA




Vilamoura


Detido inglês que fotografava crianças na praia

Pais apresentaram queixa. Turista foi detido e tinha na máquina várias imagens de crianças entre os oito e os 15 anos

Um homem suspeito de fotografar menores na praia do Marinotel, em Vilamoura, foi ontem à tarde detido pela Polícia Marítima (PM). Na base da intervenção policial estiveram as denúncias levadas a cabo por três casais de pais que estranharam a atitude do indivíduo, um cidadão inglês de 48 anos. Segundo fonte do Comando da Zona Marítima do Sul, os queixosos testemunharam que "o homem apontou por várias vezes a câmara fotográfica aos filhos que brincavam na areia, junto à água".

Sem falarem com o suspeito, por volta das 15.00, os pais das crianças visadas pela objectiva acharam por bem chamar a Polícia Marítima para o identificar e confirmar se o desconhecido estava mesmo a tirar fotografias aos menores, sem autorização dos progenitores.

"Quando a Polícia Marítima chegou ao areal, ainda pôde observar o homem a tirar algumas fotos", disse ao DN um veraneante português que se encontrava na praia. Quando foi abordado, o cidadão inglês, de 49 anos, não resistiu ao pedido das autoridades, no sentido de visionarem os registos fotográficos que continha o cartão de memória da máquina que tinha em mãos.

"Pudemos verificar a existência de muitas fotografias de crianças, com idades compreendidas entre os oito e os 15 anos" no referido cartão de memória, confirmou ao DN Comandante da Zona Marítima do Sul Marques Ferreira.

Posto isto, o indivíduo foi levado sob detenção pelos agentes da Polícia Marítima. De acordo com o que a PM apurou junto da Polícia Judiciária, o cidadão inglês não tem cadastro e foi presente ao Ministério Público de Loulé.

Foi constituído arguido, mas saiu em liberdade com termo de identidade e residência. Deverá ser hoje ouvido por um juiz, às 10.00, novamente no Tribunal Judicial de Loulé.

Na praia, para além dos pais que apresentaram queixa, poucos foram os que se aperceberam da atitude do turista e da intervenção da polícia.

Este é o segundo caso registado de um adulto a fotografar menores em praias algarvias registado em cinco dias.

MIGUEL FERREIRA

DIÁRIO DE NOTÍCIAS 20-08-2010

Thursday, 19 August 2010

HOMICIDAS INIMPUTÁVEIS PODEM SAIR AO FIM DE TRÊS ANOS

Hospitais-prisões



Homicidas inimputáveis podem sair ao fim de três anos



Maioria dos 255 presos psiquiátricos internados até Agosto de 2010 cometeu crimes violentos

Actualmente existem 255 inimputáveis presos nas alas psiquiátricas das cadeias portuguesas que, independentemente da gravidade do crime que cometeram, podem sair em liberdade em três anos.

Deste número, segundo a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, 70% dos casos - 177 - estão internados por crimes violentos como homicídio (100 casos registados ), abusos sexuais, agressões físicas, violação ou violência doméstica. Na maioria dos casos do sexo masculino: 241 casos de homens internados e apenas 14 mulheres. Segundo os juízes, esta é uma estratégia cada vez mais seguidas pelas defesas.

A lei penal diz que inimputável é aquele que comete um crime sem ter consciência do mal que praticou. "O suspeito em causa não sabia que o que estava a fazer estava errado", defende Fernando Vieira, director do serviço de clínica forense do Instituto de Medicina Legal (INML). O INML é a entidade responsável pela avaliação deste tipo de casos para que um juiz decida a medida de segurança a aplicar: ou internamento se for inimputável ou pena de prisão se for responsável criminalmente.

Para estes casos, a nossa lei prevê que a "medida de segurança" aplicada - já que aqui não se fala em pena de prisão mas sim de internamento - tem validade de apenas dois a três anos. Sujeita a uma revisão pelo juiz ao fim desses dois anos (ver texto ao lado). Para os casos dos crimes mais graves - com pena de prisão superior a cinco anos - a medida nunca pode ser menor do que três anos.

Ou seja: um inimputável pode ser internado apenas por três anos numa instituição psiquiátrica prisional, seja por homicídio, por violação, por consumo de droga, ou por emissão de um cheque sem provisão. O que faz com que o tempo de internamento no caso dos crimes mais graves possa ser muito inferior às penas de prisão aplicadas e previstas no Código Penal. Só no caso de homicídio culposo, a pena pode ir de 12 a 25 anos de cadeia.

"A análise que é feita é se a culpa é da pessoa ou da doença", explica o médico. "Se o arguido em causa tem responsabilidade criminal ou não. Se não a tem, é considerado não culpado, mas como pode representar perigo para a sociedade é aplicada na mesma uma privação da liberdade", explica o médico. A maioria dos casos de internados presos em Portugal é de esquizofrenia. "Em muitos casos podem ser detectados delírios episódicos em que à partida não é possível diagnosticar uma doença concreta sem uma investigação mais apurada", diz o médico.

"Ou podem existir ainda casos de pessoas doentes e que, no entanto, sabem que estão a cometer um crime." E nesses casos os juízes e Ministério Público tratam- -nos como uma pessoa imputável, mesmo que sofra de uma doença psicótica.

O juiz desembargador António João Latas, do Tribunal da Relação de Évora, autor da obra Notas e comentários à saúde mental, explicou ao DN que, porém, a inimputabilidade não pode ser vista "como uma porta dourada por onde passam os criminosos, porque em muitos casos a medida de segurança pode ser mais gravosa e vigorar por tempo indeterminado, se o juiz, cada vez que fizer a avaliação de dois em dois anos, perceber que o arguido ainda constitui perigo para a sociedade". E concluiu ainda: "E temos de perceber que a inimputabilidade não é um estatuto que acompanha o arguido, mas sim uma análise que se faz no caso concreto." No ano de 2009 foram 274 os casos de inimputáveis internados: mais 19 que o número registado até Agosto deste ano.

por FILIPA AMBRÓSIO DE SOUSA

DIÁRIO DE NOTÍCIAS 19-08-2010

THE DUKE OF PARMA PASSED AWAY

His Royal Highness Duke Carlos Hugo of Parma and Piacenza, Prince of Bourbon-Parma passed away yesterday morning in Barcelona, aged 80. He was suffering of cancer since February 2008, and early this month was hospitalized after his health condition deteriorated.

Prince Hugues Xavier of Bourbon-Parma was born in Paris on 8 April 1930, the second of the six children of Prince Xavier (son of the last reigning Duke Roberto I of Parma and his second wife Duchess Maria Antonia, née Infanta of Portugal) and Princess Madeleine, née Countess of Bourbon-Busset. At the time his parents’ marriage was considered as morganatic, because Princess Madeleine wasn’t born into a Royal House; only in 1961 Duke Roberto II, Head of the Ducal House, recognized the marriage as dynastic and the succession rights of Xavier’s children.

Prince Xavier became in 1936 the main Carlist claimant to the Spanish Throne (being the others Infante Jaime, Duke of Segovia and Archduke Carl Pius of Austria) and leader of Carlism, a Spanish political movement, supportive of legitimism and traditionalism, whose aim is the establishment to the throne of a different line of the Spanish Royal Family (the descendants of Infante Carlos, younger brother of King Fernando VII); Carlism was traditionally supported by the political party Traditionalist Communion.

Prince Hugues Xavier attended during the 1950s the university firstly at the Sorbonne in Paris, where he studied Law, and at Oxford as a student of economics. During the same period he got involved in political activities at his father’s side; in particular during the 1960s he approached the Spanish Caudillo Francisco Franco with the aim of being appointed as successor of Franco (thus becoming King of Spain at the restoration of the Monarchy in Spain once Franco had died) instead of the other Spanish Dynasts, in particular Juan Carlos, Prince of Asturias, and Infante Jaime, Duke of Segovia. The negotiations turned out to be a double failure: on a side because Franco didn’t appoint Carlos Hugo as his heir, and on the other side because many Carlists disapproved the negotiations and ceased to support Carlism and the Bourbon-Parma claimants.

In 1963 a French Court allowed the Prince to officially change his name from Hugues Xavier to Charles Hugues (but the most used form was the Spanish Carlos Hugo). In the same year the same period he got engaged to Princess Irene of the Netherlands, the second daughter of Queen Juliana and Prince Bernhard and second in the line of succession to the Dutch throne. The engagement caused a constitutional crisis in the Netherlands: the secret conversion of Irene to Catholicism, the support of Irene to Carlism and the ties between her fiancé and General Franco – who had supported Nazi Germany during World War II – were highly criticized in the Netherlands, and the Dutch parliament refused to give its permission to the marriage – permission necessary to Irene for maintaining her rights to the throne. Nevertheless their marriage took place in Rome in the Borghese Chapel at the Basilica of Santa Maria Maggiore, on 29 April 1964, marked by the absence of all the members of Irene’s family and the Dutch authorities, as well as of the Head of Bourbon-Parma Family who disagreed with Xavier and Carlos’ political activities.

After the wedding the couple moved to Spain; they had four children: Prince Carlos, Prince of Piacenza and now Duke of Parma and Piacenza, born in 1970; Princess Margarita, Countess of Colorno, and Prince Jaime, Count of Bardi, twins born in 1972; and Princess Maria Carolina, Marchioness of Sala, born in 1974.

Carlos Hugo and Irene divorced in 1981.

In 1971 Prince Carlos Hugo founded a new Carlist Party; this party was very distant from the conservative and traditionalist views of Traditionalist Communion, because it supported leftist self-managed socialist politics. The establishment of this party lead to a deep rift inside Carlism, as many remained faithful to the traditional Carlist ideals and supportive towards Traditionalist Communion; even the Ducal family split, because Carlos Hugo’s mother, elder sister and brother refused his new party and considered it as a betrayal towards the true Carlist ideals, while his three younger sisters supported him; the position of Prince Xavier is unclear, since in the last days of his life he issued several contrasting declarations, once supporting the new Carlist Party, once supporting Comunion Tradicionalista.

The rift culminated in the Montejurra Incidents, on 9 may 1976, when during the annual Carlist Party meeting in Montejurra, attended by Carlos Hugo and Irene, far-right gunmen shot on the Carlist supporters, killing two of them; it is believed that the attack was organized with the help of Carlos Hugo’s brother and rival claimant Sixte-Henri.

In 1974, at the death of Duke Roberto II, Prince Xavier became Duke of Parma; the following year he abdicated as Carlist King of Spain in favor of Carlos Hugo. In 1977 Xavier died, and Carlos Hugo became also Duke of Parma and Piacenza. After Xavier’s death, Sixte Henri publicly claimed to be the Carlist successor of his father instead of Carlos Hugo and proclaimed himself Standard-bearer of Tradition.

In 1978-9 Carlos Hugo left politics; he resigned as head of the Carlist Party (and even ceased to be a member of the Party), publicly acknowledged Juan Carlos I as King of Spain and acquired Spanish citizenship.

He no longer asserted his Carlist claims until September 2003, when during a Carlist meeting in France announced that since that moment he and his children Carlos, Jaime and Maria Carolina would be known by their Carlist titles.

The remains of Duke Carlos Hugo will be moved to The Hague, Netherlands, on 20 August; there the Duke will lie in state for relatives and friends in the Fagel Dome, in the estate of Noordeinde Palace; then on 23 his remains will be brought to Piacenza, where they will lie in state in the church of Santa Maria di Campagna, and the following day they’ll be moved to Parma, where the funeral will be celebrated at the Sanctuary of Santa Maria della Steccata on 28 August; the Duke will be buried in the crypt of the sanctuary.


THE ROYAL FORUMS 19-08-2010