Thursday, 10 February 2011

LABIRINTO VIRTUAL ESCONDE CENTENAS DE OFFSHORES


Sem armários ou funcionários extra, juiz do BPN descobriu apenso virtual"Mais de 200 gigas" de documentação estão num arquivo informático.

80_07.08. Este é o número "mágico" que promete dar acesso a um dos documentos que mostram que algumas das "centenas" de "offshores" que terão sido usadas por José de Oliveira Costa e colaboradores para esconder prejuízos no BPN eram, de facto, do grupo. Não se trata de um código secreto. É apenas o nome da pasta informática onde estão os documentos apreendidos em buscas à instituição.

A partir daqui, para descobrir o documento desejado, é necessário abrir mais 11 pastas. Um verdadeiro labirinto, como se depreende da descrição de Paulo Silva, um dos investigadores do processo, que ontem, na terceira sessão do julgamento, prosseguiu o testemunho.

10 Fevereiro 2011 00:01
Maria João Gago - mjgago@negocios.pt
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=467739

BPN: CODIFICAÇÃO INFORMÁTICA DOS DOCUMENTOS


Documentos apreendidos no BPN estavam codificados informaticamente
Um inspector tributário ouvido hoje como testemunha no processo BPN revelou que havia documentos no banco que estavam codificados para não serem visíveis nos computadores comuns.

Paulo Jorge Silva, inspector tributário de Braga, referiu que o conjunto de documentos apreendidos durante as buscas feitas no âmbito do caso BPN foi armazenado num disco externo denominado "apenso 33" que contém 260 gigabites de informação.

Explicou depois que estes documentos estavam codificados, pelo que só com ajuda de perícia forense foi possível proceder à sua leitura.

Durante a manhã, os advogados de defesa manifestaram preocupação com o facto de a testemunha citar documentos que os advogados não sabiam exactamente onde estavam devido à extensão da documentação electrónica. Por isso, Paulo Jorge Silva indicou perante o juiz as várias pastas e subpastas que tinham de ser abertas até chegar aos documentos que ia citando.

A testemunha, que vai recomeçar a ser ouvida após a pausa para almoço, explicou como foram formadas as várias sociedades 'offshore' ligadas ao grupo SLN - Sociedade Lusa de Negócios, antiga dona do BPN, dizendo que a grande maioria destas sociedades tinha os mesmos sócios e era representada pelos mesmo advogados.

Acrescentou que algumas destas sociedades usavam contas de clientes particulares para tapar descobertos derivados de transferências que faziam entre si.

O antigo presidente do BPN, José Oliveira e Costa, está a ser julgado por crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, infidelidade, fraude fiscal qualificada e aquisição ilícita de acções.

São também julgadas outras 14 pessoas e a empresa Labicer por crimes diversos, desde abuso de confiança a burla qualificada, passando por fraude fiscal e falsificação de documentos, entre outros ilícitos.

Desde que o Banco Português de Negócios (BPN) foi nacionalizado, o Estado já teve de injectar cerca de 4,7 mil milhões de euros para cobrir o "buraco financeiro" deixado na instituição por Oliveira e Costa e restantes arguidos.

O processo BPN está em julgamento nas Varas Criminais de Lisboa, no Campus da Justiça.

09 Fevereiro 2011 15:37
Lusa
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=467669

Wednesday, 9 February 2011

REGRAS DE ACESSO À ADVOCACIA AS MESMAS DE ENTRADA NO CEJ

O propósito vai constar de uma nova proposta de alteração ao Estatuto da OA, liderada por Marinho e Pinto, visando restringir a profissão aos juristas que tenham concluído mestrado ou sejam licenciados pré-Bolonha.
O aceso ao estágio irá obedecer aos mesmos requisitos de entrada no Centro de Estudo Judiciários (CEJ), onde os juízes e magistrados do Ministério Público recebem formação inicial.

Trata-se de uma resposta do bastonário, Marinho e Pinto, a uma decisão do Tribunal Constitucional (TC), que considerou o exame de acesso ao estágio uma forma de restringir a liberdade de escolha de profissão.

Marinho e Pinto tem justificado esta necessidade de argumentando que a redução do número de anos de formação universitária proporcionada pelas licenciaturas de Direito, três ou quatro anos, é insuficiente. O bastonário diz que a Ordem “não tem que ensinar Direito” mas, sim, “deontologia, práticas forenses e direitos humanos”.

O exame de acesso ao estágio foi declarado inconstitucional, na sequência de um pedido do provedor de Justiça para o TC se pronunciar sobre o assunto. A prova criada pela Ordem foi realizada em Março de 2010 e dos 275 candidatos apenas 65 foram aprovados. Na sequência destes resultados, várias dezenas de licenciados em Direito recorreram aos tribunais e apresentaram queixa junto ao Provedor de Justiça.

http://www.advocatus.pt/content/view/3845/11/

ORDEM DOS ADVOGADOS: LEI DA ROLHA

Godinho Matos contesta "lei da rolha" na OA

O advogado classificou o comunicado conjunto dos presidentes do Conselho Distrital e do Conselho de Deontologia de Lisboa da Ordem dos Advogados (OA) como uma tentativa de "mordaça" para calar os colegas.

Em declarações à Lusa, o jurista afirmou: "Pessoalmente, é um erro gravíssimo. Todos os dias somos confrontados com fugas de informações dos processos intelegimente seleccionadas para crucificar arguidos e nós temos o dever de os defender. Não devemos abdicar desse direito". Na origem da reacção do advogado esteve um comunicado em que os dois dirigentes da OA apelam ao respeito pelo dever de reserva sobre processos pendentes. Lembram que as intervenções mediáticas de advogados "têm sido realizadas por uma ínfima minoria (...) que se pronunciou publicamente sobre processos pendentes" - Casa Pia, BPN, contrapartidas dos submarinos, entre outros. E revelam que "apenas uma pequena parte das intervenções foi objecto de pedido prévio de autorização para pronúncia formulado pelos advogados em causa".

Vasco Marques Correia (CDL) e Rui Santos (CD) salientam que os estatutos da OA impedem os advogados de se pronunciarem publicamente sobre processos pendentes. "Em nenhum dos casos", acrescentam, "esteve recentemente em causa qualquer violação profissional do segredo de justiça". "O mandato forense exercita-se dentro do processo e não fora dele", frisam os dois presidentes. Salientam que o tempo da justiça não é o dos media "que realizam julgamentos populares que duram um dia, raramente uma semana". Marques Correia e Rui Santos alertam: "Os advogados não podem contribuir com mais lenha na fogueira".

Fonte: Público

09-Fev-2011

http://www.advocatus.pt/content/view/3840/11/

Monday, 7 February 2011

BARREIRO: ALUGUER DE BARCOS ESCONDIA TRÁFICO DE DROGA

Traficantes tinham frota de "lanchas voadoras"

Duas empresas que simulavam o aluguer de barcos para esconder o tráfico de drogas tinham 11 lanchas-voadoras, dois armazéns arrendados, carros e telefones por satélite. A rede está agora a responder em tribunal, no Barreiro. Dos 12 arguidos um é português.

Lanchas seriam usadas para transportar haxixe

O processo começou a ser julgado no Tribunal do Barreiro, mas apenas quatro dos arguidos, que se encontram em prisão preventiva, estão sentados no banco dos réus. Os outros estão fugidos ou não foram localizados pelas autoridades para serem notificados.

Os 12 arguidos integravam uma das mais importantes redes detectadas em Portugal, tendo-lhes sido apreendidas sete toneladas de haxixe, pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ), num trabalho conjunto com a Polícia Nacional espanhola.

A "Operação Tridente" foi desencadeada em Março de 2009, mas ao longo do inquérito e até à acusação, cerca de um ano depois, a PJ e o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), do Ministério Público (MP), que tutelou a investigação, ficaram com uma ideia exacta da capacidade financeira do grupo e da originalidade da forma como este actuava.

As conclusões da investigação foram enviadas pela PJ para as suas congéneres europeias, uma vez que se trata de métodos criminosos ainda muito pouco comuns e, por isso, mal conhecidos. É que as embarcações usadas para o tráfico de Marrocos para Portugal operavam sob a cobertura de uma empresa, fundada no Barreiro em 2008, a Espectaculause, por um indivíduo belga, de nome Steven, tido pelas autoridades como o principal arguido e agora a responder em julgamento.

A empresa tinha como actividade oficial o aluguer de barcos de recreio para pesca, dispondo de 11 embarcações, do tipo lanchas voadoras, enquanto os indivíduos contratados para as pilotar - sempre estrangeiros - dispunham de documentos passados pela empresa para o efeito, o que permitia dissimular a verdadeira actividade, o tráfico de haxixe.

A Espectaculause tinha, por sua vez, ligações a uma empresa belga, a Play Well Games, também oficialmente dedicada a actividades marítimas e de que é sócio-gerente Richard Gils, igualmente belga, e bem conhecido nos meandros do tráfico de droga. A existência das duas empresas permitia o intercâmbio comercial de embarcações, para facilitar o registo e importação.

Gils chegou a operar em Portugal "alugando" um iate de 14 metros, o "Freddie Rocks", propriedade da Espectaculause, e que era usado nas operações de tráfico para, colocado a meio do percurso entre Marrocos e Portugal, dar apoio logístico às embarcações mais pequenas.

Gils conseguiu escapar à PJ e fugiu para Marrocos, onde acabou por ser detido, e deverá ser extraditado para Espanha, onde decorre um processo contra ele, precisamente por tráfico de drogas.

Carlos Varela

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1777447&page=-1

Sunday, 6 February 2011

MESSAGE FROM THE KING OF EGYPT





















His Majesty King Fouad II of Egypt has released a statement

In the name of Allah the benevolent and the merciful.
"We Ahmed Fouad II of Egypt, deeply saddened by the tragic events experienced by our beloved country, wish wholeheartedly for a swift solution to the present crisis.

"Our prayers accompany families who have suffered losses of dear ones.

"Our best wishes for a prompt recovery are extended to those who have been injured.

"We hope most sincerely that these unfortunate victims will be truly the last and that there will be no more bloodshed.

"Let us hope that the whole Nation and its people will recover peace and well being and take the path of democracy. Social and economic development can only come through peaceful dialogue.

"May Allah protect my beloved Egypt and the Egyptian people."

His Majesty, Fu'ād II, King of Egypt and the Sudan – Aḥmad Fu'ād (Arabic: الملك أحمد فؤاد الثاني Aḥmad Fu'ād) – was born on 16th January 1952. He ascended the throne on 26th July 1952 upon the abdication of his father, His Majesty King Fārūq I, who was forced by the putsch of army officers to leave the country. His Majesty, King Fu'ad II reigned for less than a year until 18th June 1953, when Egypt was declared a republic and he joined the rest of his family in exile in Switzerland, where he has continued to live to this day.



Saturday, 5 February 2011

http://radicalroyalist.blogspot.com/

CHARLENE SWIMS FOR CHARITY


Charlene Giving Back

When word first came that Charlene would be the next Princess of Monaco there was talk about what charitable causes she would champion. This, of course, is something not required but widely expected and, given her background, it was assumed that for Charlene the former Olympian something in the area of sports could be expected. It turns out that such predictions were pretty much spot-on. Next Saturday Charlene will be visiting South Africa to swim the Midmar Mile to benefit charity and make a few other appearances. The proceeds will go to benefit the South African Special Olympics. Many disabled swimmers will themselves also be participating in the event. Charlene said she was very excited to be returning to South Africa, looking forward to seeing friends and so on but also warned that she is not exactly in Olympic-quality shape anymore. It has been reported that Charlene has already raised some 60,000 euros for the Special Olympics. She first started considering swimming the Midmar Mile when she happened to meet the director of the event in Monaco. It seems a very good way for Charlene to do what she does best and to benefit a very worthy charity.

Sunday, February 6, 2011

http://madmonaco.blogspot.com/2011/02/charlene-giving-back.html

EMBRIÕES SEM DESTINO

Alberto Barros, um dos precursores da procriação medicamente assistida em Portugal, e director de uma das maiores clínicas do sector, fala de "embriões abandonados" e reclama "um destino mais útil e digno do que estarem a 196 graus negativos no azoto líquido". Para isso, é preciso que a lei seja clarificada, diz.

Os números são fornecidos pelo presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, Calhaz Jorge, que refere que, em 18 clínicas privadas e nove centros públicos de procriação medicamente assistida do país, há pelo menos 11.092 embriões criopreservados, números da última contagem, feita em final de 2009. "São o resultado de muitos anos de prática clínica. Estes têm que ter um destino. Não podem acumular-se eternamente", reclama também.

Os embriões foram congelados por reunirem boas condições para dar origem a novas gravidezes, mas não chegaram a ser precisos pelo casal. Um número não contabilizado tem menos de três anos e ainda pode ser usado pelo casal. Resultam da aplicação de duas técnicas usadas para ajudar casais inférteis - que, em Portugal, se estima serem cerca de 500 mil - a conceber: a fertilização in vitro ou a microinjecção intracitoplasmática de espermatozóides. Esta consiste na introdução de um espermatozóide em cada ovócito para permitir a fertilização.

Deliberação não é lei

A lei que regula o sector é de 2006, embora os primeiros tratamentos datem de 1985, mas só desde 2008 é que existem formulários de consentimento para que os casais escolham o que querem que façam aos seus embriões passados os três anos. Podem doá-los a casais inférteis ou para a investigação. O problema, dizem muitos centros, é que a lei é omissa quanto à terceira hipótese, a destruição.

O Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida pede, desde 2009, ao Parlamento que altere a lei, sublinha o seu presidente, o magistrado Eurico Reis. Enquanto isso, o conselho emitiu uma deliberação, na tentativa de clarificar a situação. Aí se diz que, na carta enviada aos casais que não assinaram consentimentos informados, "a falta de resposta será entendida como uma não oposição à eliminação".

Mas uma deliberação não tem força de lei, admite o juiz, e há directores de centros "que têm medo de ser responsabilizados judicialmente [pela destruição]". Por isso, eternizam a congelação. O conselho esteve no Parlamento, no mês passado, de novo a pedir clarificação da lei. "O problema é premente". O conselho propõe que, aos três anos iniciais, o casal possa ter mais três para usar os embriões. Findos os seis anos, poderão ser destruídos, o que incluiria mesmo situações em que houve autorização para doação a outros casais e para a investigação que nunca se concretizaram.

"Lamento, como médico, que nada tenha sido feito", desabafa Alberto Barros. "É desconfortável ver embriões com dez, 12 anos". Mas diz: "Sinto que devo ser prudente e não fazer nada que não esteja previsto na lei". Resultado: na sua clínica, no Porto, tem 1147 embriões à espera de destino. A maioria tem menos de três anos, mas os mais antigos são de 1998.

"Casais em parte incerta"

A maioria dos embriões é anterior à existência dos consentimentos informados. O médico explica que tem tentado contactar os casais para lhes pedir uma autorização escrita que permita a destruição. Em média, cada casal terá cerca de três embriões congelados, o que significa que estarão em causa cerca de 380 casais. "Já me aconteceu ligar para casais que ficam surpreendidos quando são informados que têm embriões congelados. É absurdo, mas acontece. São embriões abandonados", afirma.

Depois "há casais que estão em parte incerta, porque não actualizaram os seus contactos". Embora esteja previsto um valor para a congelação, "a maior parte não paga, nem aparece". As pessoas que aparecem para autorizar a doação ou a destruição "são uma minoria".

Além "do plano médico e éticofilosófico", há questões práticas de ocupação de espaço e "de gastos de manutenção". Os embriões estão em azoto líquido que tem que ser comprado semanalmente, informa.Calhaz Jorge, também director da unidade de reprodução do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, tem uma experiência semelhante e o mesmo problema entre mãos. Concorda que, para os casais que não escolhem nenhum dos destinos, "não há clarificação sobre o que fazer" e a responsabilidade fica com os directores. Nem todos os casais respondem após os três anos e "há casais que conseguem esquecer que ficaram com embriões". Dos que respondem, uma pequena percentagem quer tentar nova gravidez. "É mais fácil a indefinição".

Mas há centros que têm um entendimento diferente da lei. António Pereira Coelho, director da Clifer, em Lisboa, e outros dos pioneiros da área em Portugal, diz que nunca sentiu "nenhum constrangimento" e que, mesmo antes de a lei existir, destrói embriões, considerando que o mais importante "é o acordo entre as pessoas. As condições de base são aceites pelo casal por escrito".

http://www.publico.pt/Sociedade/ha-mais-de-dez-mil-embrioes-a-espera-de-destino_1478831?all=1