Wednesday, 27 October 2010

MARIA DAS DORES JULGADA EM ALMEIDA

Maria das Dores diz-se inocente

Almeida

Socialite nega ter mandado cortar pomar

A socialite Maria das Dores negou ontem, no Tribunal de Almeida, ter praticado os crimes de burla, furto e crime tentado de dano de que está acusada. "Juro que estou a dizer a verdade, por Deus e pela justiça dos homens", disse, no final da audiência.

A mulher, condenada a 23 anos de prisão por ter mandado matar o marido, terá telefonado da cadeia a ordenar ao caseiro que destruísse o pomar da família da vítima – Paulo Cruz – e doasse os móveis à população. José Vieira confirmou ao tribunal que recebeu a ordem de Maria das Dores, que se fez passar por uma ex-cunhada.

Os pais de Paulo Cruz pedem uma indemnização de 20 mil euros, por danos morais e patrimoniais. A leitura da sentença ficou marcada para 25 de Novembro.

CORREIO DA MANHÃ 27-10-2010

http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=BEC07404-3C0C-4772-8D2D-9ED9DEF55BF7&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010

BPN DEU 80 MILHÕES SEM GARANTIAS


Investigação: Suspeitos são hoje ouvidos pelo juiz

BPN deu 80 milhões sem garantias

Luís Duque, advogado, actual vereador da Câmara de Sintra e ex-presidente da SAD do Sporting, foi ontem constituído arguido pela PJ e notificado para ser ouvido no Tribunal Central de Instrução Criminal, por suspeita de burla qualificada, corrupção e fraude na obtenção de empréstimo.

Além do antigo dirigente leonino também outros três advogados, um empresário dos ramos imobiliário e automóvel e mais cinco pessoas foram alvo da visita das autoridades. O empresário é Carlos Marques, sócio do genro de Oliveira e Costa, e um dos advogados é Filipe Baião Nascimento, representante do ex-patrão do BPN. Foram ainda visados pelas buscas dois escritórios algarvios, um em Loulé e outro em Portimão, bem como numa casa em Vilamoura, onde também foi apreendido um iate.

Nas buscas foram genericamente procuradas escrituras públicas e outros documentos relativos à titularidade de bens. A operação foi desencadeada pela Unidade Central de Combate ao Crime Económico e Financeiro da Polícia Judiciária e o processo tem como magistrado responsável o procurador Rosário Teixeira, do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

Hoje, os suspeitos serão todos levados ao juiz Carlos Alexandre, para lhes serem aplicadas medidas de coacção. As autoridades detectaram avultados empréstimos bancários - num total de 80 milhões - que passaram pela entrega de falsas garantias bancárias. Luís Duque surge no processo porque, enquanto vereador e vice-presidente da autarquia de Sintra, atestou o valor de alguns dos bens dados como garantia dos empréstimos.

A PJ acredita que Oliveira e Costa tinha conhecimento do esquema, podendo ter beneficiado com estes empréstimos, feitos com o objectivo de dissipar o património do banco. O lesado foi o BPN que nunca conseguiu cobrar, quando os beneficiários deixaram de pagar.

NOVA LEI EVITOU DETENÇÃO

A última reforma penal evitou que Luís Duque e os restantes suspeitos fossem detidos pela Polícia Judiciária até serem apresentados a primeiro interrogatório judicial. Isso não é agora possível, mesmo que as autoridades defendam a prisão preventiva dos suspeitos. Quando as autoridades não conseguem justificar o perigo de fuga, independentemente da gravidade dos crimes, os arguidos têm de ser notificados para comparecerem em primeiro interrogatório.

OS PROCESSOS DE ROSÁRIO TEIXEIRA

A investigação ao BPN, banco nacionalizado em Novembro de 2008, já deu origem à abertura de mais de dez processos autónomos.

Do processo principal ao BPN, Rosário Teixeira, procurador do DCIAP que investiga o banco desde o início, mandou retirar várias certidões, das quais a compra de uma empresa tecnológica em Porto Rico que é o processo mais emblemático. No caso principal já foram constituídos vários arguidos.

CASO JOÃO PINTO ENVOLVEU DUQUE

A compra do passe de João Pinto, que levou a PJ a investigar José Veiga e o ex-avançado sportinguista, acabou também por bater à porta de Luís Duque. Foi o então dirigente do Sporting que mediou o negócio, mas na altura as autoridades nada encontraram que o incriminasse. O clube de Alvalade garantiu ter pago o passe ao jogador e recusou qualquer comissão a José Veiga. A acusação ainda não foi deduzida, mas o CM sabe que Duque apenas aparecerá como testemunha.

APREENDIDOS MILHÕES EM CARROS, DINHEIRO E UM IATE

As buscas ocorreram em vários pontos do País e foram apreendidos muitos milhares de euros em carros de luxo e até um iate ancorado em Vilamoura. Na zona de Sintra foram apreendidos um Porsche e também viaturas de outras marcas, como Mercedes e um Lamborghini. A recuperação de bens é central nesta investigação que está centrada no desfalque de 80 milhões ao BPN. Alguns dos bens em causa são terrenos sobrevalorizados, na zona de Lisboa mas também noutros pontos do País.

CORREIO DA MANHÃ 27-10-2010

Por:Eduardo Dâmaso/Tânia Laranjo/P.M.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/bpn-deu-80--milhoes-sem-garantias

PORTUGAL À BEIRA DO INCUMPRIMENTO

Contas públicas: Negociações para viabilizar documento estão na fase final

Dívida à beira do incumprimento

A subida da taxa de juro da dívida pública ao longo de 2010 colocou Portugal à beira do abismo do incumprimento dos seus compromissos.

Esta é a realidade apresentada com precisão no relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), sediada na Assembleia da República, quando indica que as despesas com os juros representarão nove por cento das receitas do Estado em 2010.

Mesmo com a descida das taxas de juro após a apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2011 e o início das negociações entre o Governo e o PSD, o documento deixa claro que, em termos de capacidade de pagamento dos encargos com juros da dívida pública, "medida pela proporção da receita total das administrações públicas destinada a suportar o pagamento dos juros da dívida, verificar-se-á uma deterioração em 2011". O peso dos juros representa menos de dez por cento da receita total.

As negociações entre Governo e PSD para o Orçamento podem chegar hoje ao fim, com a resposta do Executivo a uma última contraproposta dos sociais-democratas, que resultou dos pontos de convergência de ambos. O documento foi ontem entregue, por volta das 12h00, por Eduardo Catroga ao ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que terá dado alguns sinais positivos.

O governante seguiu para São Bento para falar com o primeiro--ministro. Catroga aguardou até às 16h00. Hoje, há nova ronda negocial, e espera-se um acordo. Mas a direcção do PSD avisa que não se absterá sem alterações ao OE.

CORTE NO SUBSÍDIO DE REFEIÇÃO

O Governo está a estudar a convergência dos valores de subsídio de refeição para todos os trabalhadores da Administração Pública e do Sector Empresarial do Estado, o que poderá levar ao congelamento dos montantes mais elevados.

Segundo fonte ligada ao processo, como há casos em que o subsídio de refeição é o dobro do que é aplicado em grande parte dos serviços da Administração Pública (4,27 euros), o corte destes montantes levaria a uma redução imediata de 50 a 60 por cento do benefício em causa, o que nos salários inferiores a 1500 euros poderia ter um impacto significativo de redução, acima dos 15 por cento. Em causa estão cerca de 600 mil trabalhadores.

"O ABONO AJUDAVA A PAGAR A ALIMENTAÇÃO E O INFANTÁRIO"

Márcia Madeira, de 33 anos, já fez as contas ao rendimento. Juntamente com o marido, leva para casa mais de 1500 €, o que coloca o casal no universo de famílias que vão sofrer um corte nas ajudas do Estado. O abono de 180 euros que recebe pelos três filhos, entre os 9 anos e os 15 meses, é gasto no dia-a-dia. "Paga-se alimentação e até o infantário dos miúdos. Agora vamos sofrer o corte", diz a assistente na área da Educação que recentemente aprendeu a lidar com a doença crónica que foi diagnosticada à filha. "A Mafalda é alérgica ao glúten, lactose e soja, e isso obriga a um esforço financeiro para comprar outros produtos. Mas o Estado está também a tirar apoios a casos ainda mais graves", lamentou.

CORTE NO SUBSÍDIO DE REFEIÇÃO

O Governo está a estudar a convergência dos valores de subsídio de refeição para todos os trabalhadores da Administração Pública e do Sector Empresarial do Estado, o que poderá levar ao congelamento dos montantes mais elevados.

Segundo fonte ligada ao processo, como há casos em que o subsídio de refeição é o dobro do que é aplicado em grande parte dos serviços da Administração Pública (4,27 euros), o corte destes montantes levaria a uma redução imediata de 50 a 60 por cento do benefício em causa, o que nos salários inferiores a 1500 euros poderia ter um impacto significativo de redução, acima dos 15 por cento. Em causa estão cerca de 600 mil trabalhadores.

MESMO COM OE PODE SER PRECISO FMI NA ECONOMIA

Portugal poderá ser alvo de uma intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) mesmo com o Orçamento de Estado aprovado, alertou ontem José Poças Esteves director da Saer. "Não estamos livres disso", sublinhou, na apresentação do relatório de Setembro da Saer. Esta percepção do exterior, que pode resultar na necessidade de uma intervenção, resultará da "incapacidade que nós possamos demonstrar de que não nos conseguimos entender", concluiu.
CORREIO DA MANHÃ 27-10-2010

Por:António Sérgio Azenha/Cristina Rita

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/divida-a-beira-do-incumprimento

EX-DEPUTADO DO PS ACUSADO DE CORRUPÇÃO



Crimes relacionados com a campanha eleitoral de 2005

Ex-deputado contesta acusações de corrupção

O ex-deputado do PS pelo círculo de Leiria acusado de 19 crimes de corrupção passiva por alegadas promessas a empreiteiros a troco de ajudas financeiras para as autárquicas de 2005 disse ontem ao CM que vai contestar a acusação formulada pelo Ministério Público.

"Acredito na Justiça, mas também acredito na minha inocência, e por isso repudio por inteiro quer a investigação quer a acusação", afirmou Carlos Lopes. Segundo o ex--deputado, actual chefe de gabinete do governador civil de Leiria, "não se diz que houve corrupção deliberada, apenas que terá havido promessas". "E quem conhece o funcionamento das instituições sabe que não estava em condições de prometer o que quer que fosse", acrescenta.

As suspeitas referem-se à campanha do PS para a Câmara de Figueiró dos Vinhos.

CORREIO DA MANHÃ 27-10-2010

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/ex-deputado-contesta-acusacoes-de-corrupcao

Tuesday, 26 October 2010

CASO BPN: LUÍS DUQUE CONSTITUÍDO ARGUIDO


A Polícia Judiciária ainda está no terreno a fazer dezenas de buscas em concelhos de Norte a Sul de Portugal.

Empréstimo de 80 milhões trama ex-presidente da SAD do Sporting

Luís Duque, ex-presidente da sociedade anónima desportiva do Sporting, e dois conhecidos advogados lisboetas foram hoje constituídos arguidos e notificados para serem ouvidos por um juiz de instrução criminal por suspeita de fraude na obtenção de créditos bancários. Estão em causa 80 milhões de euros concedidos pelo BPN com a conivência do conselho de administração, designadamente de Oliveira e Costa.

Por:Tânia Laranjo

CORREIO DA MANHÃ 26-10-2010

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/emprestimo-de-80-milhoes-trama-ex-presidente-da-sad-do-sporting

CASO BPN: LUÍS DUQUE NOTIFICADO

Justiça

Caso BPN: Judiciária e MP fazem dezenas de buscas pelo país

Fernando Seara confirmou à SIC ter sido abordado pela Polícia Judiciária

A Polícia Judiciária e o Ministério Público estão a levar a cabo uma mega operação, com dezenas de buscas espalhadas por todo o país, no âmbito da investigação do caso BPN, segundo avança a SIC online.

De acordo com a estação de televisão, três advogados foram já detidos no âmbito das buscas de hoje. A SIC avança também que a investigação está relacionada com uma burla que pode chegar aos 80 milhões de euros. Em causa estará a obtenção de créditos bancários com garantias fictícias, com a condescendência da administração do banco.

Além dos três detidos - um dos quais os investigadores acreditam ser o testa de ferro de Oliveira Costa - outras pessoas foram notificadas: um deles é Luís Duque, vereador da câmara de Sintra e responsável pelo pelouro das obras municipais.

“Não vou falar sobre esse assunto, até porque pode ter a ver com clientes meus (…), pode ter ligações enquanto advogado”, disse Luís Duque, contactado pela agência Lusa, depois de a SIC ter avançado que o vereador foi notificado para comparecer a interrogatório judicial.

Também Fernando Seara, presidente da câmara de Sintra, terá confirmado à SIC ter sido abordado pela PJ na sequência do pedido de um alvará de bombas de gasolina.

De acordo com o Diário de Notícias, as autoridades deverão constituir novos arguidos do processo que serão presentes ao juiz Carlos Alexandre, do Tribunal de Investigação Criminal, esta quarta-feira.

por Mariana de Araújo Barbosa , Publicado em 26 de Outubro de 2010

http://www.ionline.pt/conteudo/85273-caso-bpn-judiciaria-e-mp-fazem-dezenas-buscas-pelo-pais-

DR. MIGUEL COSTA MARQUES: 100 ANOS SEM MONARQUIA

Quarta-feira, 6 de Outubro de 2010

100 Anos Sem Monarquia

Passaram-se ontem precisamente 100 anos em que Portugal deixou de viver em Monarquia, na sequência de uma funesta Revolução levada a cabo por meia dúzia de insurrectos, que, diga-se, só a conseguiram levar a bom termo porque dois anos antes dois energúmenos, de seus nomes Costa e Buiça, cobardemente assassinaram o Rei D. Carlos I e o Princípe Herdeiro D. Luís Filipe. E porque D. Manuel II, fruto da sua tenra idade (tinha 18 anos quando ocorreu o Regicídio) ainda não estava devidamente preparado para assumir a chefia da Nação.

O balanço que se faz destes 100 anos sem Monarquia não pode deixar de ser negativo. Portugal tem a maior dívida pública de sempre, a maior taxa de desemprego de sempre, vive a maior crise económica e financeira de sempre, há o maior número de insolvências de sempre, a maior carga fiscal de sempre. O País tem uma agricultura paupérrima, que mais parece uma agricultura de jardinagem, tem um mar que não o aproveita devidamente, uma industria que definha e que não é competitiva, um povo com um fraco desenvolvimento cultural. E, fruto de uma desastrada adesão à União Europeia, alienou uma parte significativa da sua soberania.

Vive-se hoje em fim de regime, para o que muito contribuiram os vários (des)governos chefiados por um bando de incompetentes e de inimputáveis políticos que, em vez de zelarem pelos interesses do País, zelam pelos seus próprios interesses, bem como pelos interesses dos seus amigos e apaniguados. O País definha a cada segundo que passa e o Portugal de hoje é bem pior do Portugal do tempo da I República. E não se vislumbra uma salvação à vista para Portugal.

Viver sem Monarquia teve e tem consequências bem graves para o País, consequências essas que as estamos a pagar a um preço elevado, e que as gerações vindouras continuarão a pagar se não se proceder a uma urgente mudança de regime.

É pois a altura de todos aqueles que se encontram desiludidos com a situação em que o País se encontra, para a qual muito contribuiu o facto de termos deixado de viver em Monarquia, se unirem e congregarem esforços no sentido de se proceder à mudança de regime, correndo o País de Norte a Sul, dizendo ao povo que o País ainda tem uma hipótese de se salvar se a Monarquia for restaurada. É um trabalho árduo, que irá exigir um grande esforço de todos nós, bem como muitos sacrifícios, mas que vale a pena fazer. E que exige a colaboração e a intervenção de todos os Monárquicos, seja o mais ilustre nobre, ou o mais humilde homem do povo, porque o Ideal Monárquico não é um Ideal de meia dúzia de cidadãos. É um ideal do povo e para o povo.

Também é a altura de Sua Alteza Real, o Senhor Dom Duarte de Bragança, legítimo herdeiro da Coroa Portuguesa assumir as suas responsabilidades inerentes à sua condição e ter uma maior e mais ampla intervenção, para que os Portugueses percebam de uma vez por todas que há uma alternativa a este regime podre em que vivemos, e que o País ainda se pode salvar se a Monarquia for restaurada.

Eu estou disponível para o combate que se avizinha. Espero que os restantes Monárquicos deste País, e que não são tão poucos assim, também o estejam. A bem de Portugal

http://novadireita.blogs.sapo.pt/49929.html

AS CASAS PRÉ-FABRICADAS QUE CHÁVEZ COMPROU

Avanços e recuos

Hugo Chávez só comprou uma parte daquilo que já tinha prometido comprar

As 50 mil casas anunciadas estavam no contrato-promessa. O contrato final ficou-se pelos 12.512 fogos.

Chávez foi às compras a Viana

Desde o primeiro acordo, em Maio de 2008, até àquele que foi assinado este fim-de-semana, em Viana do Castelo, entre o grupo Lena e o Governo de Hugo Chávez, foram muitos os avanços e recuos da encomenda de casas pré-fabricadas que haveria de sair de Portugal rumo à Venezuela. Foi quase um baralhar e voltar a dar que, no final, culminou numa encomenda bem menor do que aquela que havia sido anunciada - mas ainda assim, sempre bem-vinda, quer para os empresários portugueses, quer para o contributo para a balança de exportações.

Fonte do gabinete do primeiro-ministro explicou que o que foi assinado este fim-de-semana "é o contrato final", aquele que estabelece pagamentos e prazos de entrega, ou seja, o contrato definitivo que vincula as partes. No passado, e dos anúncios feitos aquando de outras visitas de Chávez a Portugal, ou de Sócrates à Venezuela, falava-se, afinal, de protocolos de intenção, memorandos de entendimento ou de contratos-promessa.

Nesses documentos e encontros, a encomenda da Venezuela a empresas portuguesas em matéria de habitação social começou pelas cinco mil casas, que depois passaram para 15 mil, mais tarde ampliaram-se até às 50 mil (com a obrigação de que passassem a ser construídas na Venezuela e não em Portugal) e agora, afinal, as compras do Governo de Chávez irão ficar-se pelos 12.512 fogos, e ainda a construção de três fábricas. O volume de negócios anunciado atinge os 682 milhões de euros.

Contactada pelo PÚBLICO, fonte do grupo Lena remeteu para um comunicado a divulgar posteriormente alguns detalhes deste negócio, comunicado esse que, à hora de fecho desta edição, ainda não era conhecido.

O anúncio da intenção de comprar 50 mil casas pré-fabricadas à empresa de construção de Leiria surgiu na altura em que foi noticiada a encomenda de computadores Magalhães. As primeiras 15 mil casas seriam construídas em Portugal e, numa segunda fase, as outras 35 mil seriam feitas já em território venezuelano. Tratava-se de encomendas de dois mil milhões de euros, apresentadas com pompa como as jóias da coroa dos esforços da diplomacia económica.

Mais de um ano depois, ainda nada havia saído do papel e surgiram as notícias de que a baixa do preço de petróleo havia obrigado o Governo de Chávez a rever o seu orçamento.

O grupo Lena dizia desconhecer o cancelamento da encomenda, e recordou que se tratava de um projecto a longo prazo, e que mantinha uma equipa de profissionais a trabalhar nele.

26.10.2010 - 08:57 Por Luísa Pinto

http://www.publico.pt/Política/hugo-chavez-so-comprou-uma-parte-daquilo-que-ja-tinha-prometido-comprar_1462804