Em Abril de 1995, quando José Esteves foi testemunhar perante a V Comissão de Camarate, afirmou que fora aliciado com 80 mil contos - 400 mil euros em números actuais - para incriminar o general Ramalho Eanes. De acordo com o suspeito do fabrico da bomba que, a 4 de Dezembro de 1980, derrubou o Cesnna onde seguiam, entre outros, o primeiro-ministro Sá Carneiro e o ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, a oferta terá sido feita pelo seu antigo patrão, Francisco Pessoa, que afirmou estar a agir em nome de um grupo de pessoas que incluía o cartoonista e principal defensor da tese de atentado, Augusto Cid. À saída da audiência, e numa atitude até então inédita, visto que a comissão funcionava à porta fechada e estava obrigada ao segredo de Justiça, Augusto Cid anunciou aos jornalistas que iria processar José Esteves, tendo acrescentado que, por terem sido ainda mencionados os nomes de Francisco Pinto Balsemão e Freitas do Amaral como sendo amigos de Francisco Pessoa, estes estariam igualmente na lista dos suspeitos da tentativa de aliciamento a José Esteves. O advogado de José Esteves, Rui Santana, esclareceu depois os jornalista que eram falsas as declarações de Augusto Cid, pois o seu cliente só nunca dissera que o ex-primeiro-ministro Pinto Balsemão e o ex-ministro da Defesa, Freitas do Amaral, constariam do grupo que o tentara aliciar. Mais tarde, durante as investigações da TVI, foram revelados documentos de movimentos bancários de José Esteves, através de uma conta sua em Espanha, onde teria cerca de 60 mil contos - 300 mil euros. Para além desta violação do sigilo bancário, a TVI revelou ainda, em notícia de abertura do "Novo Jornal", os passaportes angolanos e portugueses de José Esteves e mostrou documentos de identificação para circulação no aeroporto de Lisboa, em 1990, altura em que José Esteves poderia ter tido acesso directo ao local onde estavam depositados os destroços do Cessna de Camarate."
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"Publicado em 19/05/2012 por joseestevestv
Em Abril de 1995, quando José Esteves foi testemunhar perante a V Comissão de Camarate, afirmou que fora aliciado com 80 mil contos - 400 mil euros em números actuais - para incriminar o general Ramalho Eanes. De acordo com o suspeito do fabrico da bomba que, a 4 de Dezembro de 1980, derrubou o Cesnna onde seguiam, entre outros, o primeiro-ministro Sá Carneiro e o ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, a oferta terá sido feita pelo seu antigo patrão, Francisco Pessoa, que afirmou estar a agir em nome de um grupo de pessoas que incluía o cartoonista e principal defensor da tese de atentado, Augusto Cid. À saída da audiência, e numa atitude até então inédita, visto que a comissão funcionava à porta fechada e estava obrigada ao segredo de Justiça, Augusto Cid anunciou aos jornalistas que iria processar José Esteves, tendo acrescentado que, por terem sido ainda mencionados os nomes de Francisco Pinto Balsemão e Freitas do Amaral como sendo amigos de Francisco Pessoa, estes estariam igualmente na lista dos suspeitos da tentativa de aliciamento a José Esteves. O advogado de José Esteves, Rui Santana, esclareceu depois os jornalista que eram falsas as declarações de Augusto Cid, pois o seu cliente só nunca dissera que o ex-primeiro-ministro Pinto Balsemão e o ex-ministro da Defesa, Freitas do Amaral, constariam do grupo que o tentara aliciar. Mais tarde, durante as investigações da TVI, foram revelados documentos de movimentos bancários de José Esteves, através de uma conta sua em Espanha, onde teria cerca de 60 mil contos - 300 mil euros. Para além desta violação do sigilo bancário, a TVI revelou ainda, em notícia de abertura do "Novo Jornal", os passaportes angolanos e portugueses de José Esteves e mostrou documentos de identificação para circulação no aeroporto de Lisboa, em 1990, altura em que José Esteves poderia ter tido acesso directo ao local onde estavam depositados os destroços do Cessna de Camarate."
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